segunda-feira, 22 de março de 2010

Novo parque tecnológico de S.Carlos visa a sustentabilidade

REVISTA SUSTENTABILIDADE

Escrito por Alexandre Spatuzza — Publicado em 22/03/2010

Foi lançado em São Carlos, com 70% do espaço vendido, o Eco Parque Tecnológico que não só abrigará empresas tecnológicas de baixo impacto ambiental, mas também adotará tecnologias de construção que reduzam o uso de recursos naturais e energia das unidades fabris.

"Todas as candidatas terão que passar por uma avaliação de desempenho que no futuro incluirá medição de pegada de carbono", disse José Octávio Paschoal, presidente do Instituto Inova que gerenciará o parque. "No final, o enfrentamento das questões ambientais só vai dar mais competitividade às empresas instaladas."

O empreendimento, estimado em R$28 milhões, será o segundo parque tecnológico da cidade que se auto-entitulada Capital da Tecnologia por causa da presença da Universidade Federal de São Carlos, do campus da USP, da Unesp e da Embrapa.

O novo parque de 400 mil metros quadrados já está pré-aprovado no sistema paulista de parques tecnológicos.

"É a vocação da cidade", disse o prefeito Oswaldo Barba (PT) que concluiu um projeto desenhado desde 2006 pelo seu antecessor.

A articulação entre a prefeitura, o governo do estado e o governo federal permitiu que o projeto fosse montado com um centro de pesquisa tecnológica para a saúde de R$12 milhões, o Citesc que será financiado pelo governo federal, uma incubadora com espaço para 54 empresas e um laboratório que certificará e testará a viabilidade dos produtos dos membros do parque e incubadas e tecnologias de energias renováveis e rejeitos .

Das empresas que já compraram ou reservaram 70% dos 143 lotes no local, um número significativo são empresas locais, muitas das quais oriundas dos laboratórios das universidades na cidade, disse Paschoal.

O parque vai mais do que triplicar a capacidade de incubação do Instituto Inova, atualmente em 16 empresas, e vai aumentar as chances de fechar o ciclo de geração de novas empresas de base tecnológica.

As empresas que devem se instalar no parque virão, segundo o executivo, dos setores de equipamentos de saúde, tecnologia da informação (TI), novos materiais contendo nanotecnologia, biotecnologia e energias renováveis.

Para Paulo Almeida, diretor da Agência de Inovação da Ufscar, o parque vai ser mais um incentivo à inovação para os 4.000 doutorando e mestrandos e para os 900 pesquisadores professores da instituição.

"Estamos num momento de transição entre uma boa produção científica e técnica e a cultura da inovação", disse. "O parque vai ajudar a estimular isso ainda mais."

Para ele investimento público parafomentar a inovação dá um retorno importante para a economia local. Segundo ele, de cada R$1 investido para encubar empresas, geram R$4 em impostos devido ao crescimento da atividade econômica.

URBANIZÇÃO

Para a incorporadora paulistana Damha, o parque é a consolidação de um projeto que transformou uma antiga fazenda de gado de 12 milhões de metros quadrados em um projeto residencial e comercial.

Deixando uma área de 3,6 milhões de metros quadrados como área verde, o projeto inteiro inclui quatro condomínios residenciais, haras e campo de golf.

Na área industrial, os projetos arquitetônicos devem prever uso de energia solar, iluminação LED (diodos emissores de luz), ventilação natural, coleta e reuso da água da chuva, permeabilização do solo e gerenciamento de resíduos.

"Estamos em conversação para adotar um sistema de certificação de construção," disse Paschoal.

As obras começam este ano e devem permitir a instalação das primeiras empresas pelo fim do primeiro semestre de 2011.

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