quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Kahlil Gibran

"Árvores são poemas que a terra escreve para o céu.
Nós a derrubamos e as transformamos em papel para registrar todo nosso vazio".

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Natura, Petrobras e Bradesco figuram entre as cem empresas mais sustentáveis do mundo

O ranking anual das cem empresas mais sustentáveis do mundo, feito pela canadense Corporate Knights teve recentemente a sua 7º edição publicada. Três empresas brasileiras foram ranqueadas: a Natura, na 66ª posição, a Petrobras, na 88ª e o Bradesco em 91º.

Conforme informações publicadas na revista americana Forbes, os critérios utilizados na avaliação empresarial foram: questões ambientais, como o cuidado com a energia, situação financeira, transparência, relações sociais, pagamento de impostos e liderança empresarial.

A empresa considerada pela pesquisa como a mais sustentável foi a norueguesa Statoil, do setor energético, que se dedica à exploração de óleo e gás. Mesmo exercendo uma atividade que pode ter muitos impactos ambientais negativos a empresa conseguiu se redimir graças à sua eficiência na produtividade hídrica e também por possuir uma liderança compartilhada que traz benefícios financeiros ao país.

Em segundo lugar ficou a americana Johnson & Johnson. A quarta colocação foi ocupada pela finlandesa Nokia. Outros destaques ficaram por conta da Intel (EUA) e General Eletric, que um há um ano liderava a lista, mas teve uma queda brusca no relatório de 2011. Seus investimentos resultaram em produção de carbono e energia e o resultado disso foi uma amarga 11ª colocação.

A Natura, com a melhor colocação entre as brasileiras é exemplo nacional por sua preocupação com as causas ambientais e também sociais, que são refletidas em suas ações empresariais. A Petrobras, assim como a líder do ranking, pode despertar dúvidas por trabalhar na extração de petróleo e, mais recentemente, com o pré-sal. No entanto, a estatal brasileira também investe em diversas ações socioambientais que demonstram a procura pela sustentabilidade por parte da empresa.

O Bradesco, que carrega consigo o slogan “banco do planeta”, foi a única instituição financeira brasileira a figurar entre as empresas mais sustentáveis do mundo. A companhia possui fortes investimentos educacionais e esportivos, além de ações socioambientais e voltados à inclusão social em todas as regiões do Brasil.

O ranking teve empresas de 22 países e o Japão foi o que mais se destacou com 19 instituições ranqueadas, 14 a mais do que em 2010. Com informações da Época Negócios.

Fonte: CICLO VIVO

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Brasil é o quinto país em construção sustentável

Fonte: MSN Verde

Vinte e três selos verdes emitidos pela Green Building Council Brasil foram suficientes para deixar o Brasil como o quinto no mundo em construções sustentáveis.A lista de certificados brasileiros inclui o Centro de Cultura Max Feffer, o Ecopatio Bracor Imigrantes e o Building the Future da Boehringer Ingelheim.

O ranking produzido pela Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental) contou o número de certificações com selo verde para construções sustentáveis em 2010 como forma de premiação para os países mais bem colocados. O Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China, respectivamente.

Os selos verdes são certificados que propõem atestar características socioambientais a empresas, melhorando a aplicabilidade das construções e dos serviços. É por isso que o Brasil, que será sede de grandes competições internacionais nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em 2016, espera certificar com o selo verde várias outras construções.

Ainda em 2010, o país já possuía cerca de 211 construções em processo de certificação, incluindo estádios de futebol, shoppings centers, bairros e escolas. Para 2011, a expectativa é de aumentar esse número de 23 construções sustentáveis para 58 edificações com selos verdes, além de listar mais 300 empreendimentos em processo de certificação.

A evolução mundial de empreendimentos sustentáveis é nítida nos últimos anos. Até 2006, só haviam 500 empreendimentos sustentáveis no mundo e hoje já são registrados cerca de 10 mil edifícios e mais de 1 milhão de residências sustentáveis.

Nas construções certificadas pelo Leed o consumo de energia requerido é 30% menor, em média, e o de água cai entre 30 e 50%.Além disso, estes empreendimentos reutilizam água, usam tecnologias de aquecimento e geração de energia, reduzem a quantidade de lixo gerado e usam materiais ecologicamente corretos nas obras.

Arquitetos constróem vila sustentável de bambú para refugiados na Tailândia


A TYIN Tegnestue é uma organização sem fins lucrativos de ajuda humanitária que atua por meio da arquitetura, através de seis estudantes da NTNU (Norwegian University of Science and Technology), Pasi Aalto, Andreas Grøntvedt Gjertsen, Yashar Hanstad, Magnus Henriksen, Line Ramstad e Erlend Bauck Sole - Os projetos colocados em prática pelo grupo são financiados por mais de 60 empresas norueguesas e também por contribuições pessoais.

Os arquitetos trabalharam com planejamento e construção de projetos de pequena escala na Tailândia. O objetivo do grupo, desde o começo, sempre foi construir projetos estratégicos que pudessem melhorar a vida das pessoas em situações difíceis. Através da extensa colaboração com os locais e aprendizagem mútua, eles esperam que os projetos possam ter impactos maiores além das estruturas físicas.

No outono de 2008 a TYIN viajou para Noh Bo, uma pequena aldeia na fronteira entre a Tailândia e a Birmânia. Lá a maioria dos habitantes são refugiados de Karen, muitos deles crianças que ficam hospedadas em orfanatos.

Foi em uma dessas instituições que o sexteto norueguês conheceu Ole Jørgen Edna de Levanger, que desde 2006 atende crianças nessa situação em seu orfanato. O local abrigava 24 crianças, mas esse número iria aumentar para 50 e a estrutura não suportaria acomodar todas elas. Para ajudar Edna, os arquitetos deram início ao projeto Soe Ker Tie, que foi concluído em 2009.



O principal motivador do projeto era conseguir proporcionar às crianças uma estrutura parecida com a que elas teriam morando em uma casa com uma família tradicional. Eles queriam que cada criança tivesse seu próprio espaço privado, uma casa para morar em um bairro e onde eles pudessem interagir e brincar. Os seis dormitórios criados no local são a concretização disso.

Por causada da aparência dos telhados, os edifícios foram nomeados de Soe Ker Tie Hias pelos trabalhadores locais, que em português significa“A Casa das Borboletas”. A técnica de tecelagem de bambu usada na lateral e fachadas é a mesma utilizada nas casas de artesanato local. A maioria do bambu é colhida a poucos quilômetros do local. A forma especial do telhado das casas permite uma ventilação natural eficaz, ao mesmo tempo que recolhe a água da chuva. Isso torna as áreas do torno dos edifícios mais úteis durante a estação chuvosa, e dá a possibilidade de coleta da água em períodos mais secos.

Ao construir os edifícios em quatro fundações feitas em pneus velhos; problemas como umidade e podridão na construção são impedidos. Após seis meses de um processo de aprendizagem mútuo com os moradores em Noh Bo, os arquitetos esperam ter deixado para trás algo de útil. Princípios importantes como bandagem, economia de material e prevenção de umidade podem eventualmente levar a uma tradição de construção mais sustentável no futuro.

Fonte: CicloVivo

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Centro esportivo do Bradesco conquista selo internacional de sustentabilidade

Construção tem sistema com eficiência energética, preservação e reaproveitamento de recursos naturais

Fonte: Instituto Akatu
O Centro de Desenvolvimento Esportivo do Bradesco em Osasco, na Grande São Paulo, está funcionando desde o dia 28 de janeiro com a certificação internacional de Liderança em Energia e Design Ambiental (Leed, sigla em inglês). No país, a distinção, também conhecida como “Selo Verde”, é concedida pela Green Building Council Brasil a edifícios com sistemas de eficiência energética, preservação e reaproveitamento de recursos naturais, entre outras ações que contribuem para a sustentabilidade do planeta.

Entre as aplicações que permitiram a conquista da certificação, destacam-se o sistema do uso racional de água, que contempla a coleta e aproveitamento da água de chuva para utilização em banheiros, jardinagem e limpeza; a utilização de placas solares para aquecimento da piscina, dos chuveiros e das torneiras; o sistema de ventilação natural, que permite a renovação constante do ar natural nos ambientes internos; as janelas de vidro transparente, que possibilitam a iluminação natural dos ambientes e uma economia de 28% no consumo de energia; ampla estrutura para coleta seletiva de resíduos; além de acessibilidade às pessoas com deficiência.

O presidente do Programa Bradesco Esportes e Educação, Mario Helio de Souza Ramos, destacou que por exigências da certificação, ainda na fase da construção do complexo, vários cuidados foram observados. “Os caminhões usados durante a construção tiveram seus pneus lavados com água de reuso antes de saírem da obra, para não sujar as ruas, e foram instalados tapumes para minimizar a poluição sonora. Esse conjunto de ações faz deste prédio uma referência de construção sustentável no Brasil.”

Inaugurado em junho de 2010, o Centro tem 9.000 m2 de área construída e atende gratuitamente cerca de 2.000 crianças do Programa Bradesco Esportes e Educação e tem capacidade para acolher, ao mesmo tempo, 500 atletas e mais 50 profissionais entre técnicos, professores de educação física, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e médicos. O complexo dispõe de cinco quadras poliesportivas cobertas, todas com vestiários; uma piscina, uma pista de cooper, uma sala de musculação, um consultório médico, um auditório, uma cozinha semi-industrial, um restaurante, uma lavanderia, salas de troféus, fisioterapia, reuniões, informática e de estudo, além de um alojamento composto de 14 apartamentos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Educação do consumidor é a chave para o sucesso da nova lei do lixo



Em debate, representantes de governos e da sociedade civil destacaram participação do cidadão na Política Nacional de Resíduos Sólidos
Rogério Ferro, da equipe Akatu

Sem a coleta seletiva de resíduos dentro de casa, a logística reversa – uma das principais determinações da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a recolher as embalagens recicláveis, depois de usados pelo consumidor final – não pode ser plena. Por isso, é fundamental levar a educação ambiental ao consumidor, para que ele possa contribuir, efetivamente, para o sucesso da PNRS, regulamentada em dezembro pelo ex-presidente Lula da Silva.

Essa foi a conclusão do debate que reuniu, na sede Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), na terça-feira (01/02), representantes dos governos (federal e municipal), da sociedade civil organizada, além de empresários, para discutir a implementação da nova lei.

Para Lisa Gunn, coordenadora executiva do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a logística reversa representa uma mudança de paradigma para o consumidor. "Ela pressupõe a responsabilidade compartilhada e isso é tão claro que hoje o Idec não fala mais apenas dos direitos do consumidor, mas também de seus deveres e responsabilidades”, explica. “Por isso enxergamos que informar e educar o consumidor deve ser o primeiro passo a ser dado para o sucesso desta lei”.

É que para os responsáveis pela recolha dos resíduos façam seu trabalho, o consumidor final deve realizar a coleta seletiva dos materiais dentro de casa, separando e disponibilizando materiais recicláveis como eletroeletrônicos velhos e seus componentes, além de diversos tipos de embalagem.

“Sem essa participação dos cidadãos, pode ser que a lei perca seu efeito, afinal, a não geração, a redução, a reutilização dos resíduos recicláveis são etapas que antecedem a reciclagem e sua execução é da responsabilidade do consumidor”, explica Silvano Silvério da Costa, secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA). “E o governo não pode abrir mão de elucidar o cidadão sobre sua participação nesse processo, por isso, a nova lei prevê o acesso a esse tipo de informação em forma de campanhas”, disse.

Dráusio Barreto, secretário de Serviços do Município de São Paulo, enfatizou a opinião de Costa. “Em São Paulo, por exemplo, 10.400 toneladas de lixo de um total de 17.500 toneladas recolhidas diariamente, é domiciliar. Por isso, esse setor deve ser o foco da política que trata dos resíduos”.

AS CIDADES SOMOS NÓS


A vernissage de abertura da exposição ‘As Cidades Somos Nós’ que aconteceu dia 2 de fevereiro, contou com a presença de quase 500 pessoas. No imponente Centro Cultural dos Correios no centro do Rio de Janeiro, entre bicicletas de todos os tipos penduradas no teto, os visitantes interagiram com os painéis, vídeos e informações espalhados pelo espaço. Os projetos das dez cidades do mundo, assim como os 10 princípios que os inspiraram, conviviam com estudos e dados sobre transporte urbano. Entre oportunidades e desafios, o tema despertou nas pessoas a reflexão sobre a cidade em que vivem e a experiência pela qual irão passar – a copa do mundo em 2014 e as olimpíadas em 2016.

O evento contou com a presença de ilustres convidados como Sergio Besserman, importante economista brasileiro e membro do Conselho Consultivo do ITDP, que destacou a relevância do ITDP para o desenvolvimento da cidade em face destes desafios. Alexandre Sansão Fontes, Secretário do Transporte, também esteve presente e enfatizou o importante e estratégico papel que a organização desempenha na parceria com a prefeitura do Rio. O primeiro sistema de BRT (Bus Rapid Transit) do Rio é resultado desta parceria de sucesso e deve ser inaugurado em 2012. Ainda, Rosiska Darcy, Presidente da ONG Rio Como Vamos que monitora o progresso do governo, comentou: “Nós compartilhamos o mesmo comprometimento de colocar as pessoas no centro das tomadas de decisões políticas”.

Ainda estiveram presentes o ex-Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, o arquiteto-urbanista Luiz Fernando Janot, Sergio Magalhães (Presidente IAB), Rômulo Orrico (subsecretario de transporte PCRJ) e Altamirando Fernandes Moraes (Subsecretário de Meio Ambiente, cidade do RJ).

A exposição, que fica no CCC até 13 de março, inclui ainda quatro dias de seminários com arquitetos e urbanistas renomados. O primeiro ocorrerá no próximo dia 10 de fevereiro e terá como tema ‘Renovação Urbana’. Entre os palestrantes estão Oren Tatcher – Consultor em Estações Multimodais, Hong Kong, Mauro Osório – Economista, Professor UFRJ e representante IAB-RJ e Helia Nacif Xavier – Arquiteta, Ex-Secretaria de Urbanismo, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

10 princípios da mobilidade urbana sustentável!

Conheça os 10 princípios básicos das cidades do futuro

1. Ande a pé!
Crie ambientes que privilegiem os pedestres.

2. Propulsão Humana!
Crie bons ambientes para bicicletas e outros veículos não motorizados.

3. Vá de ônibus!
Forneça transporte público de qualidade com bom custo benefício.

4. Estabeleça Limites!
Permita o acesso de veículos em velocidades seguras e em números significativamente reduzidos.

5. Entregue as Mercadorias!
Sirva a cidade de maneira limpa e segura ao fazer entregas de mercadorias.

6. Misture!
Integre pessoas e atividades diferentes, edifícios e espaços.

7. Preencha os espaços!
Aproveite os vazios para criar bairros compactos e atraentes, orientados para as pessoas e para o transporte público.

8. Fique Ligado!
Respeite e valorize o patrimônio natural, cultural e histórico do seu lugar.

9. Conecte as quadras!
Proporcione caminhadas diretas e produtivas, com quadras e edifícios de pequeno porte.

10. Faça durar!
Construa para o longo prazo.

Pyramid City

Pyramid City projetada para ser auto-suficiente, neutra em carbono e abrigar um milhão de pessoas (Imagem:Divulgação)






Prédio em forma de pirâmide é auto-sustentável e pode abrigar um milhão de pessoas

A Pyramid City é um edifício de 2,3 km², projetado para ser auto-suficiente e neutro em carbono. Segundo os designers responsáveis pelo projeto, a estrutura pode atender a uma comunidade de um milhão de pessoas e toda a energia necessária será gerada através tecnologias renováveis, como turbinas eólicas e energia a vapor.

A "Zigurate", nome dado à pirâmide, foi inspirada pelas torres do templo do antigo vale da Mesopotâmia. A empresa de design ambiental de Dubai, Timelinks, escolheu este projeto para descrever como seria uma cidade sustentável do futuro.

Ridas Matonis, diretor da Timelinks, disse que "a comunidade de Zigurate pode ser quase que inteiramente auto-suficiente energeticamente, além de usar energia a vapor no edifício, que também irá empregar tecnologia de turbinas eólicas para aproveitar os recursos energéticos naturais".

A empresa diz que o projeto não trata apenas de reduzir a pegada de carbono. Os 2,3 km² de pirâmide abriga muitos outros benefícios. Eles propõem que cidades inteiras possam ser acomodadas em complexos que ocupam menos de 10% da superfície original. Paisagens públicas e privadas serão utilizadas para atividades de lazer ou irrigação em terras agrícolas.

O projeto também terá como objetivo melhorar a qualidade de vida dos habitantes. O transporte de todo o complexo seria ligado por uma rede integrada de 360 graus (horizontal e vertical) assim, dispensando o uso de carros. A biometria proporcionaria segurança através da utilização de tecnologia de reconhecimento facial.

Martijn Kramer, diretor do Instituto Internacional para o Meio Ambiente Urbano disse que “o Projeto Zigurate pode ser viável do ponto de vista técnico. No entanto refletindo a partir de uma abordagem holística sustentável, quero saber se o abastecimento de alimentos e sistema de resíduos serão atendidos, já que o conceito parece bastante baseado em economia de neutralidade em carbono e energia”.

A empresa já patenteou o design e as tecnologias incorporadas ao projeto e solicitou à União Europeia uma bolsa para projetos técnicos.

Redação CicloVivo