terça-feira, 17 de junho de 2008

Sonho, memória do futuro

Planeta Terra, casa perfeita, lindas formas, harmonia de cores.

Sempre insatisfeito, o ser humano quer mais. Mais conforto, mais sabor, mais velocidade, mais informação. Sonhou o futuro. Não apenas sonhou, construiu o futuro que queria.

Inconsciente de sua força, arrogante e orgulhoso, destruiu a natureza. Dissolvido no consumo, desumanizou-se. Amedrontado, afundou no lodo espesso do trabalho sem fim. Ignorante de seus limites, perdeu-se de si próprio.

Humanamente, esqueceu-se da busca da felicidade. Hedonista, escravizado pelo mestre ilusionista que acenava com a satisfação imediata, buscou a felicidade onde não poderia encontrá-la. Surpreso, não a encontrou.

Pouco a pouco, foi tragado pela areia movediça dos desejos insatisfeitos, pleonasmo do qual não se deu conta. Órfão de sentido de vida, buscou-o em vão nas pílulas da felicidade.

Pasmo, indaga-se: progresso?

Busca reinventar-se longe das coisas, no acolhimento dos afetos, no calor das amizades, na expressão dos sentimentos, no cuidar dos amores, no revelar do mundo pela arte.

Reinventa seu consumo, apenas instrumento de bem estar. Consome para viver, não vive para consumir.

Emociona-se. Consciente de sua frágil mortalidade, aperfeiçoa-se pelo exercício do espírito. Convive respeitosamente com a natureza, seu semelhante. Vive simplesmente e deixa simplesmente viver, longe da inesgotável ansiedade do querer material.

Apenas o humano, o genuinamente humano, oferece-lhe saída.

Sussurro para que escutem: utopia do renascer humano. Mais sábio por se saber natureza, renasce “akatu”, semente boa e mundo melhor, eternizando-se bom.

E vive intensa, aventurosa e apaixonadamente sua reconciliação, ser humano, com a sua humanidade e com a natureza. Finalmente livre.

Texto de Helio Mattar, Diretor Presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente

Casa mínima

Você já parou para pensar há quanto tempo não visita o quartinho da bagunça em sua casa? Ou quantos meses sua piscina não vê a sua sunga?

Por Camila Lisboa
Revista Vida Simples - 06/2008


A discussão sobre o espaço que o homem realmente necessita para viver inquieta arquitetos, urbanistas e filósofos há tempos. E, ainda hoje, o estilo de vida mais minimalista continua fazendo adeptos. Em 1997, o americano George Johnson conheceu a minúscula residência que o construtor Jay Shafer fez para si e, alguns anos depois, deram início ao Small House Society.

O site é o principal difusor do movimento que defende que com uma casa menor e adaptada às suas necessidades, as pessoas têm uma rotina mais balanceada. Sobra tempo e dinheiro para outras áreas da vida, como família, casamento, educação, corpo e trabalho. Por abrir mão de espaços ociosos, mas que custam muito em manutenção, elas ainda evitam o desperdício de recursos do planeta.

Conforto deixa de ser espaço para virar localização: assim, a praça arborizada do bairro pode ser o seu jardim, o café da esquina o lugar de encontro com os amigos e o banco da rua a sua sala de leitura. Como diz Jay Shafer em seu site:, “Quando o mundo todo é a sua sala de estar, uma pequena casa parece suficiente”.

O Símbolo da Reciclagem


A menos que você tenha saído ontem da clausura de algum mosteiro por aí, com certeza já viu o símbolo da reciclagem, com as três flechas, uma na cola da outra.

Em 1970, época em que as questões ambientais começaram a ganhar força na mídia, a fabricante de papelão reciclado Conteiner Corporation of America patrocinou um concurso nacional para estudantes de arte e design com o objetivo de encontrar o símbolo definitivo para o movimento.

Quem levou a melhor foi Gary Anderson, que na época tinha apenas 23 anos e estudava design na Universidade do Sul da Califórnia.

A grande sacada das três flechas, ou do anel que nunca termina, é que ele foi criado sobre a faixa Möbius, um signo conceitual matemático que revela duas faces e sugere eterna continuidade.

E o mais legal é que o Anel Möbius - como é chamado o símbolo universal da reciclagem - é um elemento de domínio público e não uma marca registrada, o que permite que ele seja reproduzido nas mais diversas circunstâncias.

Foi a partir do surgimento do símbolo que a reciclagem começou a realmente ser colocada em prática. Confira as seguintes variações do círculo e se oriente.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Manual de Etiqueta Sustentável




Na hora de comprar um carro, faça um cálculo simples de qual o tamanho ideal para suas necessidades. Veículos maiores consomem e poluem mais. Modelos do tipo flex fuel estão adequados às normas de proteção ao meio ambiente. Lembre-se: prefira abastecer com etanol.



Carro não é o meio de transporte ecologicamente mais correto. Use-o com moderação, em especial se tiver um enorme 4x4 a diesel. Ande mais em transporte coletivo ou reabilite sua magrela.



Carro requer manutenção, não tem jeito. Faça uma regulagem periódica, sempre que possível. Troque o óleo nos prazos indicados pelo fabricante, verifique filtros de óleo e de ar. Todas essas medidas economizam combustível e ajudam a despejar menos CO2 no ar.



Compartilhe seu carro. “Pratique a carona solidária e diminua a emissão de poluentes, levando pessoas que fariam o mesmo trajeto separadamente”, recomenda o ambientalista Fábio Feldmann. Você vai se tornar o cara mais simpático da cidade.



Que tal lavar o carro a seco? Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a tradicional, que consome centenas de litros do precioso líquido. Pense também em lavar menos seu carro.



Tem atitude mais grosseira que atirar lata ou outros dejetos pela janela do carro? O castigo para essa gafe é garantido: os resíduos despejados na rua são arrastados pela chuva, entopem bueiros, chegam aos rios e represas, causam enchentes e prejudicam a qualidade da água que consumimos.



Texto e figuras: Planeta Sustentável