terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

11ª Conferencia Internacional do Instituto Ethos


Uma nova economia global é necessária
Já não é mais possível imaginar o mundo, após a crise financeira, funcionando da mesma maneira. Novos paradigmas devem ser adotados e a sustentabilidade, certamente, estará entre eles. Saiba o que Ricardo Young pensa sobre o assunto, que será tema da 11ª Conferencia Internacional do Instituto Ethos


A crise financeira ainda não chegou ao fim e pouco se pode prever sobre o futuro da economia mundial. Entre as diversas opiniões sobre a continuidade ou não do sistema capitalista, é certo, ao menos, que uma nova ordem econômica será necessária e que dela devem fazer parte outra gama de valores, o que inclui mudanças na noção de tempo e de ritmo.

Para Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos e conselheiro do Planeta Sustentável, o fim do neoliberalismo foi decretado no final de 2008 e o novo sistema deve contar com grande participação do Estado – o que soluciona a questão do descolamento entre o mundo financeiro e a economia real, mas pode criar outros impasses relacionados a protecionismo exacerbado, conflitos geopolíticos e até aumento da xenofobia.

De todo modo, a retomada do crescimento da economia depende de inovações e deve se basear em novas riquezas, entre elas as energias renováveis. Pelo menos, é o que os Estados Unidos, país que consome cerca de 40% da energia do mundo, vêm sinalizando com a administração Obama, que tem feito um “esforço de guerra” nesse sentido.

Young diz que outra mudança fundamental será em relação à noção de resultados. Não será mais possível ansiar pelos retornos trimestrais, como as grandes empresas estavam habituadas, eles virão a mais longo prazo. A própria sustentabilidade tem um ritmo bem menos frenético e a implementação da responsabilidade social e a criação de sinergia no diálogo entre os multistakeholders levam tempo para acontecer.

Todos os atores sociais terão de repensar seus papéis nesta nova economia:

Pessoas – no plano individual, cada um deve rediscutir valores, rever seus parâmetros de carreirismo, suas referências de sucesso individual versus desigualdade social, seus padrões de consumo e incluir a solidariedade em suas escolhas, em vez de continuar alimentando um capitalismo predatório.

Empresas – caberá às organizações ir além da discussão sobre ser ou não socialmente responsáveis e começar a verificar de que maneira seus pressupostos de responsabilidade social podem fazer avançar uma nova economia e descobrir como otimizar os impactos de suas ações nessa direção. Um exemplo seria o monitoramento dos recursos transferidos aos governos, com o intuito de garantir que a gestão desse dinheiro seja feita em favor da população.

Sociedade – é papel das partes interessadas e competentes da sociedade elaborar o programa de governo que deve ser colocado em prática, indo além dos saberes de cada partido. Assim, a candidatura não ficaria concentrada em uma pessoa, mas em um plano de governo, e seria escolhido o político com mais competência para atuar da maneira pretendida pelo coletivo. Cabe à sociedade refletir de que maneira se organizar para a criação de programas que visem ao desenvolvimento sustentável e tenham força e legitimidade. “A nova economia não será feita só pelo governo, que deve participar de acordo com o que for determinado pela sociedade”, afirma Ricardo Young.

A Conferência Internacional do Ethos, este ano, vai abordar esses e outros assuntos com o tema “Rumo a uma Nova Economia Global: A transformação das pessoas, das empresas e da sociedade”. O evento acontece no Hotel Transamerica em São Paulo, de 15 a 18 de junho.

Por Thays Prado - Planeta Sustentável

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Um Oceano de Plástico

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.
No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos.
Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.
Não só recicle, substitua produtos plásticos por outros que se decompõe.
Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes...E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes,qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Não só recicle, substitua produtos plásticos por outros que se decompõe.

Por Renata Santana em "UM OCEANO DE PLÁSTICOS"

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A Eco-Lógica do dia-a-dia

Ao comprar uma bebida no supermercado, deve-se escolher as garrafas PET, lata, garrafa de vidro retornável, garrafa de vidro descartável ou Tetra Pak?

Todas as embalagens tem impacto em seu processo de fabricação e no descarte. Entretanto, é preferível utilizar as garrafas de vidro e alumínio por serem recicláveis. Para o consumidor, o mais importante é fazer a separação do lixo em sua casa e encaminhar os materiais para a coleta seletiva.

Fonte: Revista Bons Fluidos - Fev/2009

ECO POWER



Quem tem consciência admite: a atual matriz energética, baseada principalmente no petróleo e em outros combustíveis fósseis, vai se tornando insustentável. Seja pelo esgotamento dos recursos. Seja pelos danos provocados aos ecossistemas. Os sinais são evidentes, no efeito estufa, no degelo polar, nas ondas de calor, nas inundações, nas secas. As conseqüências já atingem a humanidade. A luta por uma nova mentalidade na questão energética não é mais uma reivindicação de ativistas da questão ambiental: agora, é preciso que cada habitante do planeta esteja envolvido.
A resposta é energia limpa e renovável. Uma energia que construa o desenvolvimento, mas que não destrua o meio ambiente. Uma posição que pode ser tomada já. A começar por um grande encontro, com as maiores autoridades internacionais em energia alternativa e meio ambiente. A Eco Power Conference se propõe a ser um grande fórum internacional sobre o tema. Com a presença de lideranças mundiais, cientistas, políticos, economistas e ativistas. representantes de governos, de empresas e de organizações não-governamentais apresentaram propostas, caminhos e soluções, baseados nos mais recentes estudos científicos.