sábado, 28 de novembro de 2009

Pesquisa Akatu-UNEP revela avanços na percepção dos jovens brasileiros sobre sustentabilidade


Jovens precisam de mais informações sobre o que fazer para adotar hábitos de vida mais sustentáveis

Os jovens brasileiros estão dispostos a receber mais informações sobre sustentabilidade e propensos a adotar hábitos de vida mais sustentáveis. Mas, apesar do avanço nos últimos anos na conscientização e na adoção de atitudes para a preservação ambiental, ainda há muito espaço para divulgação, conscientização e ação dos jovens. “Quando mostramos ao jovem o que ele pode fazer no seu cotidiano, apontando os benefícios econômicos e os impactos na preservação ambiental daquelas ações, a probabilidade de ele mudar de comportamento é alta”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu.

Essas são algumas das principais conclusões da pesquisa Estilos Sustentáveis de Vida – Resultados de uma pesquisa com jovens brasileiros. Aplicada no Brasil pelo Instituto Akatu em parceria com o Ipsos Public Affairs, a pesquisa mapeia a maneira como os jovens percebem, imaginam e compartilham as práticas sustentáveis, além de buscar identificar como incorporar práticas sustentáveis ao estilo de vida deste público.

A pesquisa faz parte do mapeamento mundial Global Survey on Sustainable Lifestyles, coordenado pelo PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) por meio de seu escritório central em Paris (UNEP — United Nations Environment Programme). O material está sendo desenvolvido no contexto do Processo de Marrakesh, que engloba um esforço intergovernamental global, coordenado pelo PNUMA/UNEP para articular iniciativas locais e regionais de promoção da produção e do consumo sustentáveis.

Em cada um dos países em que o estudo foi desenvolvido, a UNEP escolheu uma entidade parceira, que foi responsável pela aplicação local dos questionários definidos de forma única para a pesquisa global. No Brasil, o Instituto Akatu foi convidado para liderar o estudo, cujo campo foi realizado em abril de 2009. Ao todo, foram entrevistados 1000 jovens de 18 a 35 anos nas nove principais regiões metropolitanas do país e no Distrito Federal.

Combater a violência e erradicar a pobreza são prioridades

Temas políticos, sociais, econômicos, culturais e ambientais foram apresentados aos jovens, que deveriam indicar os mais importantes em sua opinião. Os resultados revelaram que os jovens dão prioridade a “combater o crime, combater conflitos” (32%), “reduzir e erradicar a pobreza, reduzir a diferença entre ricos e pobres” (27%), “melhorar condições econômicas” (18%) e “combater a degradação ambiental e a poluição” (11%).

Se contextualizados apenas os desafios sociais, os mais citados pelos jovens foram “reduzir a poluição (ar, água, solo)” (72%); “melhorar a saúde da população” (72%); “reduzir o desemprego” (70%), “diminuir a diferença entre ricos e pobres” (61%), “reduzir o trabalho infantil” (61%) e “as mudanças climáticas” (61%). Este último item apresentou significativo aumento se comparado ao índice aferido em pesquisa semelhante — Os jovens e o consumo sustentável — realizada pelo Instituto Akatu e pela UNESCO-UNEP em 2001. Naquele ano, apenas 24% dos jovens disseram preocupar-se com as mudanças climáticas. A preocupação com a redução da poluição no ar, na água e no solo cresceu de 60% em 2001 para 72% este ano.

Em um recorte específico sobre as alterações climáticas, perguntou-se aos jovens se, de posse de mais informações sobre o tema, eles adotariam novos hábitos em suas vidas. O cenário aferido foi positivo, com 40% dos entrevistados afirmando que gostariam de ter mais informações e que acreditam que isto contribuiria para que adotassem práticas sustentáveis. Na opinião de 78% dos jovens, as pessoas em geral mudariam de comportamento se estivessem mais informadas sobre os danos ambientais causados pelas mudanças climáticas. Os jovens também concordaram com as afirmações de que “as pessoas deveriam ser mais conscientes sobre o meio ambiente” (45%) e “as pessoas deveriam espalhar informações sobre este tema” (35%).

Cenários mais sustentáveis em Casa, Alimentação e Transporte

O estudo propôs aos entrevistados a análise de contextos cotidianos relativos aos temas “Casa”, “Alimentação” e “Transporte” para, em um primeiro momento, aferir o perfil de comportamento dos jovens quanto a estes temas e, em seguida, propor questões relacionadas à sustentabilidade para detectar o nível de compreensão dos jovens sobre as questões e de aceitação às soluções propostas.

Para cada quesito da vida cotidiana, foram sugeridos três diferentes cenários:

Casa — cenário 1: compostagem urbana; cenário 2: lavanderias coletivas
Alimentação — cenário 1: jardins urbanos; cenário 2: embalagens de legumes e verduras
Transporte — cenário 1: rede de bicicletas; cenário 2: compartilhar o carro

No quesito “Casa”, o cenário de “compostagem urbana” como solução ao desperdício de lixo orgânico, passível de ser implementada em áreas residenciais, foi aceito por 78% dos entrevistados. Já o cenário “lavanderias coletivas”, como solução ao desperdício de energia pelo uso individual de máquinas de lavar, obteve adesão de apenas 22% dos jovens.

Em “Alimentação”, o cenário “jardins urbanos” como proposta alternativa ao cultivo de alimentos em grandes áreas de produção, longe do consumidor final, recebeu a adesão de 52% dos entrevistados, enquanto “embalagens de legumes e verduras”, proposta para que supermercados comprem de produtores locais de maneira mais fácil e conveniente, teve a aceitação de 48% dos jovens.

Por fim, em “Transporte”, 53% dos entrevistados manifestaram adesão ao cenário “rede de bicicletas” como alternativa para o uso de bicicletas na cidade e 47% aceitariam o cenário “compartilhar o carro” para reduzir a poluição gerada pelos veículos automotores.

A partir da análise de dados, percebeu-se que a maioria dos jovens brasileiros ainda não tem incorporado em suas práticas cotidianas ações sustentáveis, embora grande parte deles tenha mostrado uma elevada abertura para praticá-las.

Para Paulo Cidade, diretor da Ipsos Public Affairs, há uma “janela de receptividade” entre os jovens para os temas da sustentabilidade colocados em discussão por esses cenários. “Quando as pessoas eram apresentadas aos cenários mais sustentáveis, procuravam refletir sobre ele”, avalia. Para que os jovens transformem a intenção de mudar em um novo comportamento na prática, ele recomenda que se mostre às pessoas o que elas podem fazer no seu cotidiano: “precisamos falar aos jovens como agir”.

Paulo Cidade destaca ainda um dado importante da pesquisa: 20% dos entrevistados trabalham em empresas com mais de 100 funcionários. Nessas empresas, a porcentagem de funcionários que já ouviu falar em sustentabilidade, responsabilidade social empresarial e mudanças climáticas é maior do que em empresas com menos de 100 funcionários. Isso indica, segundo o diretor da Ipsos, um importante papel pedagógico das grandes empresas em relação a esses temas: “esses funcionários podem ser indutores desses temas nas suas famílias e nas suas comunidades”.

O Livro Verde


Ecologia é coisa séria, mas o tratamento solene que se dá ao assunto muitas vezes assusta ou entedia as pessoas. A proposta inovadora deste livro é mostrar com leveza que a preservação ambiental não é uma missão impossível, não requer abrir mão dos confortos da vida moderna nem voltar ao tempo das cavernas.

Salvar o planeta é uma simples escolha que está ao alcance de todos nós. O primeiro passo é a conscientização de que nossos atos têm consequências e de que precisamos usar os recursos ao nosso dispor de forma mais proveitosa e saudável.

Com anos de experiência na área ambiental, Elizabeth Rogers e Thomas M. Kostigen reuniram dicas fáceis e práticas para reciclar, reutilizar, reduzir o consumo e economizar dinheiro em casa, no trabalho, em viagens, nos esportes e em outras áreas, que vão do entretenimento à construção civil, passando pela tecnologia e as cosmética.

Com apresentação de Cameron Diaz e William McDonough, O livro verde traz ainda depoimentos divertidos de personalidades que abraçaram a causa verde, como Robert Redford, Jennifer Aniston, Owen Wilson e Justin Timberlake.

Pequenas mudanças de hábito podem provocar um grande impacto positivo no meio ambiente. Comece agora.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Vote pelo Planeta

Acordo climático: queremos um futuro sustentável
A mudança para uma economia com baixa dependência de carbono é uma oportunidade de gerar empregos e criar uma sociedade mais saudável, cujo desenvolvimento possa ser mantido por longos períodos. Para isso, precisamos de um novo acordo global de clima que, entre outros pontos, garanta:
• que o aquecimento global fique bem abaixo
do limiar de 2°C;
• que os países industrializados se comprometam
a reduzir suas emissões em 40% até 2020;
• que os países em desenvolvimento concordem
em agir significativamente para que suas
emissões fiquem menores em pelo menos
30% do que a tendência atual de crescimento
em 2020;
• que os países com florestas tropicais reduzam
75% das emissões por desmatamento até 2020.

A Rede WWF acredita que o acordo de Copenhague deve exigir que todos os governos assumam compromissos com a mudança. Isso dará a milhões de pessoas e outras espécies vivas uma oportunidade de sobrevivência.

Precisamos de você para atingir esses objetivos. Vote pelo Planeta, deixe a sua mensagem e divulgue para seus amigos e familiares.

WWF Brasil - O que é desenvolvimento sustentável?


Até hoje, a humanidade vem explorando os recursos naturais como se eles fossem ilimitados. Várias espécies animais foram caçadas até a extinção. Ecossistemas inteiros praticamente desapareceram, como as florestas europeias, por exemplo. O uso maciço do petróleo para gerar energia e as atividades como a agropecuária reduziram bastante as reservas minerais e vegetais. E vêm gerando emissões de carbono que superaram a capacidade do planeta de absorvê-las, causando o temido aquecimento global.

O desenvolvimento sustentável, pelo qual o WWF-Brasil luta, é o oposto disso. É adotar métodos, processos e tecnologias, além da mudança de hábitos das populações, que possam sustentar o progresso por longos períodos, ao mesmo tempo em que permitem a renovação dos recursos naturais.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Emissão de poluentes aumenta 62% em 15 anos no País

Por João Domingos, Agencia Estado

As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram 62% entre 1990 e 2005, passando de 1,36 bilhão do toneladas para 2,2 bilhões, de acordo com os dados preliminares do segundo inventário brasileiro sobre mudanças climáticas. Os números foram apresentados hoje à Comissão do Meio Ambiente do Senado pelo ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende. Como em 2005 o mundo emitiu cerca de 50 bilhões de toneladas, a participação brasileira no total global é de cerca de 4% a 4,5%, com média de 4,2%.


Rezende disse que não considera grave o aumento de 62% nas emissões de gases na atmosfera. "Comparado com o que é emitido pela China e pela Índia, é um índice pequeno", disse. Os dois países em desenvolvimento, segundo informações dos cientistas ligados ao estudo do aquecimento global, dobraram suas emissões de gases no período de quinze anos. Além do mais, os relatórios que fazem não são confiáveis. "Há grandes questionamentos internacionais quanto ao trabalho destes países", disse Sérgio Rezende.


O setor que mais emitiu dióxido de carbono (CO2) no Brasil nos últimos 15 anos foi o que tecnicamente é chamado de "mudança no uso da terra e florestas", que inclui o desmatamento na Amazônia e nos outros biomas brasileiros (cerrado, caatinga, pantanal, mata atlântica e pampas). O setor passou de 746 milhões de toneladas em 1990 para 1,268 bilhão em 2005 - em 2004 foi verificado um pico no desmatamento da Amazônia, com 27.423 quilômetros quadrados. Em seguida, houve queda acentuada no desmatamento da região.


Dois setores reduziram proporcionalmente suas emissões nos quinze anos entre 1990 e 2005: industrial e agrícola. De acordo com cientistas que participaram das pesquisas para o inventário, duas são as razões: ou por conseguirem melhorar seus índices ou porque outros passaram a emitir mais. As indústrias jogaram na atmosfera 26 mil toneladas de gases de efeito estufa em 1990 e 37 mil em 2005, caindo de uma participação de 2% para 1,7% no total brasileiro. E a agricultura, que em 1990 jogou na atmosfera 346 mil toneladas, contribuiu com 487 mil em 2005, numa participação que caiu de 25,4% para 22,1%.

Supermercados ecoeficientes procuram disseminar práticas de consumo consciente

Conceito de loja verde vai muito além de prédios que economizam água ou energia

Por Rogério Ferro, do Instituto Akatu

Uma construção cujos impactos negativos sobre a natureza são minimizados, que use material proveniente de cadeias produtivas limpas e, sempre que possível, reciclado, além de possuir sistemas de uso racional de água e de otimização no consumo de energia proveniente de fontes renováveis. Esses são os principais critérios que precisam ser atendidos para que um edifício seja considerado ambientalmente correto, causando o menor impacto possível durante sua construção e seu uso.

No entanto, para uma loja de varejo, cumprir essas exigências é apenas a primeira de uma série de ações que podem contribuir para a preservação ambiental e para o desenvolvimento social. No Brasil, iniciativas que vão além da estrutura física dos prédios começam a ser incorporadas pelos grandes grupos de varejo, transformando as lojas verdes em lugares de disseminação de conceitos e práticas do consumo consciente.

“Por serem locais em que as tomadas de decisões de consumo se dão de forma mais direta e imediata, os pontos de varejo têm possibilidades enormes na formação da consciência do consumidor para os problemas ambientais derivados dos padrões de consumo que temos hoje”, defende Aron Belinky, consultor do Akatu e especialista em responsabilidade social, sustentabilidade e consumo sustentável.

Em junho de 2008, o Grupo Pão de Açúcar inaugurou, na cidade paulista de Indaiatuba, a primeira loja verde do Brasil. Além das características que permitem, por exemplo, menor gasto de água e energia, há iniciativas como uma seção de produtos orgânicos 50% maior do que existe habitualmente em lojas convencionais e um bicicletário para clientes e funcionários. O Walmart conta com duas lojas ecoeficientes — uma no Rio de Janeiro, outra em São Paulo — com mais de 60 itens que as diferenciam das lojas comuns, como maior economia de água e de energia e programas de gestão de resíduos sólidos. De acordo com rede, os novos hipermercados das bandeiras Walmart, Big, Bom Preço e Supercenter seguirão o modelo ecoeficiente.

Para as redes varejistas, o conceito de loja verde traz implícita a necessidade de ações de incentivo às práticas de consumo consciente e de sustentabilidade. “O que buscamos é um padrão que atenda a complexidade do conceito de sustentabilidade e não simplesmente a certificação do edifício como loja verde”, afirma Hugo Bethlem, vice-presidente do Grupo Pão de Açúcar.

Essa intenção se reflete no comportamento de consumidores, caso da dentista Maria Estela, cliente da loja ecoeficiente do Walmart no bairro paulistano do Morumbi. Depois que descobriu a Estação de Reciclagem da loja, ela dirige pouco mais de 2 km, duas a três vezes por semana, para depositar lá o material reciclável que separa em casa. “Como moro em apartamento não muito espaçoso, era difícil separar lixo para reciclagem. Agora, essa loja é praticamente uma extensão da minha casa”, conta. O analista de sistemas Douglas Xavier, que mora mais próximo, aproveita duplamente a viagem: “venho a pé depositar o lixo e volto para casa correndo para manter a forma.”

Recicláveis nem saem da loja
Os pontos de recolha de material reciclável são a iniciativa mais comum de incentivo e auxílio aos consumidores para a prática do descarte correto dos resíduos. Nesses pontos, é possível descartar materiais feitos de plástico, papel, vidro e alumínio. Em geral, as embalagens constituem a maioria dos resíduos gerados no cotidiano doméstico. Por isso, começam a aparecer soluções que livram o consumidor brasileiro de verdadeiras gincanas para o acondicionamento de lixo dentro de casa.

A mais nova iniciativa propõe a reciclagem pré-consumo dentro das lojas. Na prática, o consumidor tem a possibilidade de descartar ainda no supermercado as embalagens desnecessárias, diminuindo significativamente o volume dos resíduos gerados dentro de casa.

No Grupo Pão de Açúcar, o programa foi lançado em março de 2008 e hoje está presente em 21 lojas. “Essa inovação auxilia a rentabilidade da indústria de reciclagem, porque ela recebe o material em condições ótimas de higiene e conservação, o que às vezes não acontece quando o material vem de casa”, afirma Hugo Bethlem. “São mais de 30 mil toneladas de resíduos que, desse modo, recebem a destinação correta, beneficiando as cooperativas de catadores”, contabiliza. “O mais importante, porém, é a conscientização das pessoas para o devido descarte de materiais recicláveis, poupando os aterros sanitários desse material.”

Na rede Carrefour, o programa de reciclagem pré-consumo da rede, aplicado somente na unidade de Piracicaba, interior de São Paulo, ajudou a elevar significativamente o volume do material recolhido, que hoje é de 3200 kg mensais. “Sempre buscamos fazer das nossas lojas agentes de promoção do consumo consciente”, explica Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour.

Menos sacos plásticos, mais sacolas retornáveis
A necessidade de reduzir o consumo de sacos plásticos no Brasil, que atualmente chega a 12 bilhões de unidades por ano, tem levado as redes de varejo a estimular os clientes a substituí-los por outras alternativas. O Carrefour e o Walmart, por exemplo, são parceiros do Ministério do Meio Ambiente na campanha Saco é um Saco.

O uso de sacolas retornáveis é uma das principais alternativas para o consumidor abandonar os sacos plásticos. Desde o lançamento, em maio de 2008, o Walmart comemora a marca de mais de 2 milhões de sacolas retornáveis vendidas, número que dá boas perspectivas para meta estabelecida pela rede de reduzir uso de sacolas plásticas em 50% até 2013.


Para que esse objetivo seja atingido, o Walmart lançou no final de 2008 um programa que dá ao cliente o crédito por sacola plástica não utilizada. O valor que o supermercado pagaria pela sacola (R$0,03) volta em crédito para o consumidor que deixar de usá-la. “Essa iniciativa nos possibilitou tirar do meio ambiente 12 milhões de sacolas e concedeu mais de R$ 360 mil em descontos para clientes” comemora Christiane Canavero, diretora de sustentabilidade do Walmart.

Educação para o consumo consciente
Os grupos de varejo têm apostado também na formação de funcionários para desempenharem o papel de multiplicadores dos conceitos do consumo consciente para os clientes. Paulo Pianez, do Carrefour, evidencia o papel protagonista dos centros de varejo e a importância de fazer investimentos em programas de educação dos funcionários como meio de levar informações para o consumidor. “Temos e assumimos essa responsabilidade. São mais de 1,5 milhão de pessoas que visitam nossas lojas por dia. Se formos eficientes com nossas práticas de abordagem ao consumidores, podemos considerar que, a cada quatro meses, chegamos a uma população equivalente à do Brasil”, analisa.

Entre junho a setembro de 2009, o Instituto Akatu realizou oficinas de capacitação de multiplicadores sobre o conceito e as práticas do consumo consciente para colaboradores da loja do Carrefour em Piracicaba. Desde 2007, o Akatu desenvolve com o Walmart o projeto “Educação para o Consumo Consciente”, voltado para os funcionários das lojas em todo o Brasil. Em 2008, foi realizado também o projeto “Cliente Consciente Walmart”, que disseminou conceitos e práticas de consumo consciente entre clientes da rede.

Para o consultor Aron Belinky, na caminhada para estabelecer padrões sustentáveis de oferta de produtos e serviços, é fundamental que o varejo assuma a responsabilidade de dar informações ao consumidor sobre o que ele está comprando. “Isso se faz oferecendo ao consumidor informações sobre a procedência dos produtos e dando a ele opções de diferentes de marca e em formato diversificado para cada produto vendido”, afirma. “As empresas dificilmente vão abandonar as práticas de estímulo ao consumo. Entretanto, já é um passo à frente se elas fizerem isso criando um ambiente que proporcione ao consumidor a possibilidade de escolha de acordo com a sua consciência de consumo, e não por impulso”.

Belinky conclui declarando que o ideal é que, para cada produto vendido na loja, esteja disponível ao consumidor o maior número de marcas e em vários formatos — como a possibilidade de comprar um produto a granel, por exemplo. “Assim, ele pode escolher os produtos baseado na qualidade, premiando marcas socialmente e ambientalmente responsáveis, ou então considerando a possibilidade de gerar menos resíduos”.

O Carrefour e o Walmart são parceiros estratégicos do Akatu e o Grupo Pão de Açucar, associado ouro.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Cal em Questão

Integrante da cesta básica de materiais de construção, a cal entra na composição de argamassas e misturas para pintura. O material provém da extração de calcário, atividade mineradora que requer licenças, gerenciamento e mitigação de impactos ambientais. Há 15 anos, o grande desafio do setor era aumentar a qualidade dos produtos. Em 1995, quando teve início o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade de Habitat (PBQP-H), o índice de não conformidade beirava os 90%. De lá pra cá, caiu para 15%. Agora, grandes consumidores passaram a exigir mais: compromisso com boas práticas de produção, gestão ambiental e saúde do trabalhador. Por isso, este ano a Associação Brasileira dos Produtores de Cal (ABPC) e o Instituto Totum lançaram o Programa Selo ABPC de Responsabilidade Sócio Ambiental. "Vamos valorizar as empresas que atendem a esses critérios e incentivar as outras a incorporá-los", diz Mauro Adamo Seabra, secretário executivo da entidade. "É uma medida útil, que ajuda o consumidor", avalia Vanderley John, do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).

Fonte: Arquitetura e Construção - Novembro/2009
Reportagem: Giuliana Capello

SP é o 1º Estado a aprovar meta de mudança climática

Texto prevê reduzir emissões de CO2 em 20%; projeto segue para sanção.
Por Afra Balazina e Alexandre Gonçalves

A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou ontem à noite a Política Estadual de Mudanças Climáticas. A lei prevê que o Estado reduza em 20% suas emissões de gás carbônico (CO2) até 2020, em relação aos níveis de 2005. A cada cinco anos, até 2020, o governo poderá fixar metas intermediárias para atingir o objetivo. O projeto segue para sanção do governador José Serra (PSDB).

Essa é a primeira lei estadual com meta de corte de gases de efeito estufa aprovada no País. A lei municipal de mudança climática, aprovada em junho na capital paulista, tem meta mais ambiciosa: cortar, até 2012, em 30% as emissões de gases-estufa, em relação aos valores verificados em inventário concluído em 2005.

O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, considerou a aprovação uma vitória e ressaltou que houve oposição do setor industrial à lei, em razão da imposição do corte de CO2, principal gás causador do aquecimento global. Para ele, o Estado saiu na frente dos demais e do governo federal na questão e pode agora ser "copiado". "Agora São Paulo tem uma lei moderna, com compromissos. O Estado não tem medo da agenda de mudança do clima. Entendemos o desafio como oportunidade para construir uma economia verde."

O maior foco do governo para a redução das emissões será o setor de transporte. A lei prevê, por exemplo, a adoção de metas para a implantação de rede metroferroviária, de corredores de ônibus e de um bilhete único para incentivar o uso do transporte público.

O deputado estadual Vaz de Lima (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, acredita que o Estado dá um exemplo para o Brasil de como atacar de forma efetiva o problema das emissões. "São Paulo vai levar essa experiência para Copenhague no início de dezembro", afirma Vaz de Lima. Lá acontecerá a conferência do clima da ONU, na qual os países industrializados precisam definir que metas de redução de emissão de gases de efeito estufa adotarão a partir de 2013. Países em desenvolvimento, como o Brasil, não precisam ter metas obrigatórias, mas devem agir para alterar a curva de crescimento das emissões.

A lei estadual também estipula que sejam adotadas metas de eficiência para os diversos setores da economia e que, a cada cinco anos, seja publicado um inventário de emissões discriminado por fontes de emissão. O primeiro deverá ser comunicado até dezembro de 2010.

CONVERSA MOLE

O deputado estadual Adriano Diogo (PT), que já foi secretário municipal do Meio Ambiente em São Paulo, chamou a legislação de clima do Estado de "lei chuchu". "É incolor, inodora e insípida - e muito vaga. Não fala na queima da palha da cana e não acena com a implantação da inspeção veicular nem com a redução da poluição dos combustíveis." Para ele, a lei não passa de "conversa mole". Em sua avaliação, pelo fato de o Estado ainda não ter inventário e não sabe quanto é sua emissão, a meta é vazia.

AÇOES PREVENTIVAS

Meta: Reduzir em 20% as emissões de CO2, relativas a 2005, em 2020. O Executivo pode fixar metas intermediárias a cada cinco anos

Inventário: O Estado deve publicar um inventário das emissões de gases-estufa em dezembro de 2010, que vai nortear as metas

Transporte: Um plano de transporte sustentável deve ser apresentado em até um ano

Licitação: Deve ser organizado um modelo de licitação pública sustentável em até um ano

Adaptação: Deve ser elaborado um plano participativo de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, contemplando catástrofes de origem climática, em até dois anos

Carros: O Estado tornará públicos, em até seis meses, os dados sobre emissões de gases-estufa e outros poluentes dos veículos homologados pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve)

Zoneamento: O governo tem até dois anos para implantar o Zoneamento Econômico Ecológico

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Casa Solar 100% Brasileira


Projetar, construir e habitar uma moradia que opere só com energia solar térmica e fotovoltaica-

Giuliana Capello
Revista Arquitetura & Construção – 06/2009

Esse é o desafio da equipe brasileira que disputará pela primeira vez, em junho de 2010, a Solar Decathlon, competição promovida pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos.

O Consórcio Brasil, que concorre com 19 participantes de nove países, é formado pelas universidades federais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além da Universidade Estadual de Campinas e da Universidade de São Paulo. “Será uma oportunidade para difundir tecnologias e tentar torná-las mais acessíveis”, diz o arquiteto José Kós, coordenador do projeto de arquitetura da equipe nacional, que conta com apoio dos ministérios da Educação, Relações Exteriores, Minas e Energia e Ciência e Tecnologia.

As casas serão construídas em Madri uma semana antes da competição. Então, o júri avaliará quesitos como arquitetura, sustentabilidade, eficiência energética e conforto. Um segundo protótipo será montado para percorrer o Brasil, com a intenção de despertar o interesse de construtoras.

BANHO DE SOL E TECNOLOGIA

A equipe do Brasil não revela muitos detalhes do projeto, que terá 70 m2. Mas conseguimos descobrir algumas das inovações que serão destaque na proposta:

- Ela irá gerar mais energia do que o necessário para consumo. O excedente será lançado na rede pública.
- Placas fotovoltaicas penduradas na estrutura da fachada poderão deslizar lateralmente, acompanhando a posição do Sol durante o dia e nas diferentes estações do ano.
- A iluminação terá mecanismos de automação para propiciar maior eficiência energética.
- Várias formas de monitoramento permitirão um maior entendimento sobre a energia solar e, assim, uma operação mais funcional.
- A montagem rápida facilitará o transporte e a construção da casa.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conheça melhor os biocombustíveis e suas diferenças

Por Ana Luiza Silveira • 30/07/2008 - MSN Verde

Um dos maiores desafios propostos pelo agravamento do aquecimento global tem sido o futuro da produção de energia. Assim como para a água e os alimentos, as previsões para o abastecimento energético do mundo nos próximos anos não são das mais animadoras. Isso porque os combustíveis fósseis - cuja combustão emite altas doses de gás carbônico, um dos causadores do efeito estufa - ainda são responsáveis pelo fornecimento de três quartos de toda a energia consumida no planeta. E o petróleo, além de caro, é finito. Além dessa dependência de combustíveis tão poluentes, há outro problema: as disputas geopolíticas que atingem a maioria dos países produtores de petróleo, que resultam em guerras, problemas diplomáticos e o fortalecimento de ditaduras. Sendo assim, tornou-se urgente a transição para o uso de fontes de energia limpas e renováveis, que não prejudiquem o planeta e nem coloquem as nações em pé de guerra. Em outras palavras, está lançada a corrida pela adoção eficiente de biocombustíveis e energias alternativas.

Os biocombustíveis são materiais biológicos renováveis que, quando colocados em combustão, conseguem gerar energia suficiente para gerar algum tipo de trabalho. São derivados de produtos agrícolas, como a cana-de-açúcar, e também de biomassa, matérias orgânicas e plantas oleaginosas. O álcool proveniente da cana-de-açúcar é o mais difundido e o preferido do governo brasileiro para ser usado nas próximas décadas, pois é bem menos poluente do que os combustíveis derivados do petróleo. Por mais que essas novas matrizes energéticas venham sendo apontadas como a salvação da nossa energia, elas não escapam de algumas polêmicas. Conheça os mais comentados biocombustíveis do momento:

Biomassa

É uma fonte limpa de energia, totalmente renovável, proveniente de variados materiais orgânicos. Cana-de-açúcar, restos de madeira, lenha, galhos, embalagens de papelão, papéis velhos, óleo vegetal, estrume de gado, pó de serra e casca de arroz, entre outros, podem ser utilizados na sua composição. Até parte do lixo urbano pode ser usado na produção de energia elétrica, e isso já vem sendo feito em algumas cidades do mundo.

O uso de biomassa é bastante vantajoso, pois os resíduos emitidos na sua queima não são poluentes e, conseqüentemente, não contribuem com o efeito estufa. Como são utilizados restos de produção ou de lixo, não são necessários altos custos de implementação e manutenção do processamento, o que facilita a produção. O único porém é que pode haver diminuição na produção de energia nos períodos de entressafra.

Biodiesel

É um combustível derivado de óleos vegetais extraídos de diversas matérias-primas, como mamona, soja, algodão, babaçu e dendê, entre outras. Também pode ser obtido no reaproveitamento do óleo usado em frituras ou por meio de gordura animal. Para transformá-los em fonte de energia, essas matérias-primas são moídas para a extração de seus óleos, que depois são misturados com álcool, preferencialmente o etanol. O biodiesel deverá substituir quase todos os derivados do petróleo, com a vantagem de não exigir modificação nos motores.

As vantagens do biodiesel são muitas. A principal delas é a redução das emissões poluentes dos derivados de petróleo em até 80%, o que já colabora bastante para a diminuição do efeito estufa. Por ser biodegradável, não-tóxico e não-explosivo, o biodiesel pode ser transportado e armazenado com segurança, sem causar danos ambientais. E, ao contrário dos combustíveis fósseis, que possuem enxofre em sua composição, o biodiesel não contribui para a ocorrência de chuva ácida - que é prejudicial às lavouras, às florestas e aos animais.

Etanol

É o famoso álcool etílico usado na fabricação de desodorantes, perfumes, produtos de limpeza, bebidas alcoólicas e medicamentos. Deriva de cana-de-açúcar, milho, mandioca, trigo e de outros cereais por meio da fermentação da sacarose (o açúcar presente nesses alimentos). Como possui vastas lavouras de cana-de-açúcar em seu território, o Brasil não só é o maior produtor e consumidor de etanol, como também o maior exportador do mundo, com mais de 2 bilhões de litros vendidos somente em 2005. Mas a produção também é grande em outros países, como Estados Unidos, Canadá, Índia e Colômbia.

Com tanta gente produzindo e com tantas matérias-primas disponíveis, o etanol tem toda a chance de se tornar o número 1 dos biocombustíveis do futuro. Porém, ele esbarra em uma grande polêmica ambiental. Vários países já se manifestaram junto à Organização das Nações Unidas contra sua produção, pois acreditam que esse combustível - tanto o feito à base de milho quanto o de cana-de-açúcar - possa afetar a produção de alimentos no mundo e também contribuir para o desmatamento. ONGs de vários cantos do mundo também acusam os produtores de utilizar a produção agrícola com fins energéticos em detrimento da alimentação. O impacto dessas queixas foi tão grande que, no ano passado, a ONU sugeriu uma moratória de cinco anos na produção de etanol, para os governos avaliarem os impactos sociais, ambientais e de direitos humanos gerados.

Biogás

É uma mistura de metano, gás carbônico e outros gases em pequenas quantidades produzida a partir de biomassa, como bagaço vegetal, lixo, esterco e outras matérias em decomposição. E quem é responsável pela decomposição são alguns tipos de bactérias, que transformam a matéria orgânica em substância química. Misturada com gases, essa substância dá origem a um combustível que pode ser usado em motores, aquecedores, geradores e eletrodomésticos, entre outros produtos que necessitam de energia para funcionar. Em alguns países, como a Suíça, o biogás já vem sendo usado com sucesso como combustível do transporte coletivo.

Aqui no Brasil, o biogás é visto como uma forma de realizar o tratamento adequado dos resíduos sólidos, com a valorização dos aterros sanitários e o resgate social dos catadores que atuam nos lixões. Também vem sendo apontado como uma solução para evitar os "apagões" no setor de energia e uma forma de reduzir as emissões do metano, produzido a partir dos aterros de lixo.

Combustíveis sintéticos

Na busca por fontes de energia mais eficientes e menos poluentes, cientistas vêm tentando desenvolver diesel e gasolina à base de gás natural, carvão ou biomassa. O gás natural já vem sendo usado em alguns países, mas a emissão de poluentes não é tão reduzida em comparação a combustíveis derivados do petróleo. Já os sintéticos à base de biomassa são mais vantajosos ambientalmente, pois representam uma redução de aproximadamente 90% na emissão de gases tóxicos. Ainda são necessários alguns estudos para colocar os sintéticos de biomassa no mercado, mas acredita-se que eles estarão disponíveis dentro de poucos anos.

Energia solar

É a mais disponível, mas também uma das mais caras, pois a captação é feita por enormes painéis feitos de vidro espelhado e células de silício. Quando incidem sobre uma camada de condutores instalados nesses painéis, os raios de sol fazem com que os elétrons ali presentes comecem a se movimentar, produzindo energia. Mesmo que já esteja sendo usada em alguns países, a energia solar não tem muita força para emplacar, devido ao alto custo e à possibilidade de sofrer com a baixa eficiência em dias nublados.

Energia eólica

É a energia obtida por meio da força dos ventos, muito popular em alguns países desenvolvidos, como a Dinamarca e a Alemanha - esta última possui o maior parque de moinhos de vento do mundo. Aqui no Brasil, existe um parque eólico na cidade de Osório, no Rio Grande do Sul, com capacidade para cobrir metade da necessidade de energia elétrica de Porto Alegre. Mesmo sendo uma tecnologia cara, diversos países vêm estudando a possibilidade de adotar os moinhos para substituir o uso de combustíveis fósseis, já que a energia é limpa e eficiente. Igualmente otimistas, alguns especialistas acreditam que ela possa vir a ser, a longo prazo, uma das maiores responsáveis pelo consumo mundial de energia.

Energia marinha

Alguns países da Europa, além da Austrália e do Japão, já possuem usinas para retirar energia do movimento das ondas do mar. Nelas, as ondas provocam um fluxo de ar que gira uma turbina e produz eletricidade. No Brasil, existem projetos de adotar bombas hidráulicas com o mesmo propósito, mas ainda deve levar mais uns cinco anos para que esse tipo de energia seja produzido. Por mais que seja uma energia limpa e barata, não substitui os combustíveis fósseis, pois só serve para a produção de eletricidade.

Hidrogênio

Como pode ser obtido diretamente do metano e da água, é uma fonte abundante de energia. Já existem tecnologias para produção do hidrogênio como combustível - como é o caso das experimentações em automóveis -, porém a idéia ainda não é economicamente viável. Além de caras tecnologias para a sua fabricação, o combustível de hidrogênio ainda é um pouco poluente, por causa do metano em sua composição. E tem preço cinco vezes superior ao da gasolina. Apesar disso, são uma boa alternativa, e as expectativas são de que os carros movidos a hidrogênio comecem a circular nas ruas de todo o mundo dentro de 15 anos.

Energia Geotérmica

Por ser expressivamente menos poluente, já é usada em 21 países, abastecendo 60 milhões de pessoas. Mas esse tipo de energia é o mais complicado de se obter, pois as usinas precisam ser construídas junto a acidentes geográficos, como vulcões ou gêiseres, que facilitam o acesso ao subsolo da Terra - cujo calor aumenta 3 graus a cada 100 metros de profundidade. Para complicar, as usinas são caras. Existem estudos para tentar construir essas usinas em locais onde não há acidentes geográficos, mas ainda assim a implantação exige altos investimentos. Ou seja, as chances de implantação em outros países são muito pequenas.

"Querosene" biológico

Em fevereiro de 2008, um boeing da companhia aérea inglesa Virgin fez seu primeiro vôo movido a biocombustível de óleo de côco e babaçu - uma mistura com efeitos energéticos bem semelhantes aos do querosene feito à base de petróleo. O avião foi de Londres até Amsterdam, na Holanda, sem apresentar problemas. Acredita-se que, em breve, essa mistura possa ser usada correntemente na indústria da aviação, fazendo com que os vôos sejam bem menos poluentes.

Energia do futuro


Energia do futuro
Biocombustíveis: uma solução ainda polêmica

Por Ana Luiza Silveira • 11/11/2009 - MSN Verde

O mundo já viveu muito bem sem energia elétrica ou combustíveis, numa era em que não dependíamos tanto da tecnologia. Hoje, fica difícil imaginar uma vida sem carro, sem aparelhos eletrônicos, sem industrialização. Estamos tão dependentes que nem paramos para pensar o quanto andamos abusando da natureza. Segundo previsões do governo dos Estados Unidos, o consumo energético global deverá aumentar 57% em 2030.

A saída, claro, é encontrar fontes alternativas que não poluam o planeta nem esgotem as fontes de combustíveis fósseis que ainda serão necessárias por muito tempo. Para entender melhor a questão dos biocombustíveis, o Bolsa de Mulher conversou com o Professor Ennio Peres da Silva, Coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Unicamp, em Campinas (SP).

Quais biocombustíveis têm maiores chances de substituir de forma eficiente os combustíveis fósseis nos próximos anos?

As principais aplicações de cada combustível dependem de suas características e disponibilidades. O carvão pode ser substituído de forma eficiente pela lenha, os derivados de petróleo pelo GLP (gás de cozinha), que vem sendo substituído por gás natural nos grandes centros urbanos e também pela energia elétrica. A gasolina pode ser substituída pelo etanol e o diesel, pelo biodiesel. No caso do gás natural, nos grandes centros urbanos tem sido usado o biogás e, futuramente, pensa-se no uso energético do hidrogênio, a ser produzido de inúmeras fontes de energia.

Existe alguma previsão de quanto tempo levará para que os combustíveis fósseis deixem de ser utilizados?

O que se pretende é reduzir o consumo desses combustíveis, mesclando seu uso com os biocombustíveis. Com isso, o tempo de duração das reservas dos combustíveis fósseis será ampliado, disponibilizando essa matéria-prima por muito mais tempo. Convém lembrar que os combustíveis fósseis não são exclusivamente utilizados como energéticos, mas também como insumo para muitos processos químicos, como produção de plásticos, materiais sintéticos e medicamentos, entre outros.

Green Building Council Brasil

O Green Building Council Brasil tem a missão de desenvolver a indústria da construção sustentável no país, utilizando as forças de mercado para conduzir a adoção de práticas de green building em um processo integrado de concepção, implantação, construção e operação de edificações e espaços construídos.

Tem uma visão de ser a principal referência em construção sustentável no país tendo liderado a efetiva e vasta aplicação de seus conceitos através da:

- Capacitação dos profissionais dos vários elos do setor

- Compilação e divulgação das melhores práticas incluindo tecnologias, materiais, processos e procedimentos operacionais

- Disseminação da certificação LEED ®, adaptada à nossa realidade

- Atuação pró-ativa junto a organizações, governamentais ou privadas, que possam nos apoiar na nossa Missão.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Boa Notícia

Cidades em Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná já aprovaram leis que exigem a sustituição das sacolas plásticas normais por modelos oxibiodegradáveis. Feitas de polietileno, elas custam o mesmo preço e são fabricadas no mesmo maquinário. A diferença é um aditivo que acelera sua degradação para 18 meses.

Fonte: funverde.wordpress.com

Potencial Eólico e Solar

Descobrir os potenciais eólico e solar do lugar onde você mora ficou mais fácil com o FirstLook, um site que mapeia as médias anuais de velocidade dos ventos e a quantidade de sol em todo o planeta. A ferramenta torna desnecessária a avaliação inicial dos técnicos, barateando os custos de instalação de fontes alternativas de energia.

http://firstlook.3tiergroup.com

Fonte: Revista Casa Claudia - Janeiro/2009

...

Essa pergunta foi a vencedora num congresso sobre vida sustentável.

"Todos pensam em deixar um planeta melhor para os nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o planeta?"

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro da própria casa e recebe o exemplo dos seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

sábado, 14 de novembro de 2009

Arquitetura Bioecológica

Promovidas pela Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica, as aulas são voltadas para empresas e gestores do mercado de construção civil e visam conscientizar e capacitar profissionais sobre a importância das políticas para o meio ambiente

Por Roberta Ávila
Planeta Sustentável - 23/09/2008

São três os cursos que a ANAB Brasil - Associação Nacional de Arquitetura Bioecológica montou para falar sobre sustentabilidade no setor construtivo. E todos estão com as inscrições abertas:

- Formação de Gestores para a Construção Sustentável;
- Sistema Integrado de Soluções Bioecológicas - SISB e
- EnergyPlus: Simulação de Desempenho Energético de Edificações.

O primeiro - Formação de Gestores para a Construção Sustentável - será ministrado nos dias 26 e 27 de setembro por Cristina Gailey, psicóloga e especialista em educação ambiental, que versará sobre gestão de pessoas com conceitos sustentáveis, focando a importância do comprometimento das organizações com políticas para o meio ambiente.

Já o SISB - oferecido a partir de 27 de setembro - reunirá conceitos da sustentabilidade na construção civil para abordar temas como Planejamento de Empreendimentos Sustentáveis, Sistemas de Avaliação e Certificação, Gestão Energética dos Sistemas no Edifício e Estratégias de Acústica e Acessibilidade, entre outros.

EnergyPlus proporá a simulação de desempenho energético de edificações e as maneiras de utilizar um software gratuito de simulação energética para avaliação de edificações, definindo estratégias para alcançar conforto térmico e economia nos projetos. Composto por três módulos - um básico (à distância, com 4 horas presenciais para esclarecimento de dúvidas) e dois avançados presenciais – irá de 30 de outubro a 1º de novembro.

Os interessados podem obter mais informações no site da ANAB, pelo telefone (11) 3466 9275 ou por email: contato@anabbrasil.org.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Embalagens Tetra Park






Você sabia que 40 mil toneladas da embalagens do tipo Tetra Park, cerca de 25% da produção, são recicladas por ano no Brasil?...Feitas de papel, polietileno e alumínio, elas são transformadas caixas, peças de plástico, parafinas, barras de alumínio e até telhas. Veja os pontos de coleta em www.rotadareciclagem.com.br

O Jogo Mudou



Ecologia deixou de ser um assunto restrito a
entusiastas e cientistas. O tema muitas vezes
visto como árduo, no passado, agora ocupa as
manchetes de jornais e, até, as colunas sociais.

O que era chato ficou chique. Empresas,
mídia, governos, bancos, astros de Hollywood
e do Brasil passaram a discutir – com urgência –
como fazer para salvar o homem do aquecimento
global e melhorar a qualidade de vida na Terra.
A noção de sustentabilidade – desenvolvimento que
não compromete o futuro – começa a ganhar as ruas.

O movimento Planeta Sustentável
faz parte dessa corrente que pretende amenizar
nosso impacto sobre o ambiente e tornar
a convivência social cada vez mais civilizada.

Este manual quer provar como é possível
promover pequenos gestos que conduzirão
a grandes mudanças se forem adotados por
todos nós. Um bom começo é praticar os
“três erres”: reduzir, reutilizar e reciclar.

As dicas e informações que você vai ler aqui
podem ser aplicadas no dia-a-dia agora mesmo,
em sua própria casa, no trabalho, circulando
pelas ruas e em sua vida pessoal.

A luta pela sustentabilidade será vencida em
diversas frentes – que vão da tecnologia à política.
Mas em todas elas será preciso promover a mudança
de hábitos pessoais. Este manual ensina como começar a modificar os seus.
É preciso fazer algo. E devemos fazer já.

Acesse o link: http://planetasustentavel.abril.com.br/manual/

O Movimento Planeta Sustentável

O Planeta Sustentável é um movimento de comunicação que promove a discussão de idéias inovadoras nas áreas de ambiente, urbanismo, políticas públicas e responsabilidade corporativa. Participam dele 36 revistas de grande circulação da Editora Abril e seus sites respectivos. O movimento elabora eventos e edita publicações próprias, como o Manual de Etiqueta 2.0, que tráz dicas de como incorporar a sustentabilidade a seu dia a dia. O site www.planetasustentavel.com.br recebe visita de mais de 200 mil internautas interessados em 3,5 mil reportagens, entrevistas, resenhas de livros e vídeos, planos de aula e mídias interativas, reunidas pelo movimento. O Planeta Sustentável entra agora em seu terceiro ano. Conta com o apoio de seis empresas parceiras e de um grupo de conselheiros. Nosso objetivo é levar discussão da sustentabilidade ao grande público. O futuro se faz agora.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

A indústria do plástico reage à campanha “Saco é um saco”

A indústria do plástico reage à campanha “Saco é um saco”
Plásticos podem ser bons, mas as sacolinhas plásticas não são, e significam um passivo ambiental que legamos para muitas gerações
Por Samyra Crespo*



Mudar hábitos e padrão de consumo não é tarefa fácil nem ocorre por “geração espontânea”, repentinamente, sem que algum fator novo surja no cenário e nos motive a agir de modo diferente. O fator novo é a crise ambiental, sem precedentes, e a consciência ecológica que vem aumentando no mundo inteiro, como mostram várias pesquisas. Como conseqüência, aumenta a disposição de todos os setores sociais de contribuírem para uma solução coletiva para os problemas criados pelo modelo atual de apropriação dos recursos naturais e dos bens ambientais.

Este modelo, baseado na falsa abundância de recursos e na energia fóssil, mostra-se totalmente descolado dos limites que a natureza apresenta seja para fornecer matéria prima ou “serviços ambientais”, seja para assimilar os dejetos e/ou resíduos que produzimos. Capacidade de reposição de estoques e assimilação “natural” de resíduos faz parte hoje da nossa alfabetização ecológica e dos necessários limites que devemos impor às nossas expectativas exageradas de consumo coletivo e individual.

Muitas vezes, resolvemos os problemas dos resíduos com algum tipo de tecnologia mitigadora, como foi o caso dos filtros que mudaram, a partir dos anos 70, a paisagem das chaminés e suas fumaças negras, emblemáticas de um capitalismo selvagem que pouco ligava para a contaminação que causavam as fábricas nas zonas industriais e depois nas grandes cidades, tornando o ar irrespirável para milhões de pessoas.

O caso das sacolas plásticas, hoje em dia, também é emblemático e característico de um consumo exacerbado e irresponsável. Não vou repetir aqui os conhecidos argumentos que temos contra o uso indiscriminado, excessivo, escandaloso de sacolas plásticas no mundo e no Brasil. Os números falam por si: 12 bilhões de sacolas são utilizadas anualmente pelos brasileiros. Uma única rede de varejo de grande porte distribui por mês cerca de 100 milhões de sacolas. Além dos supermercados, temos as abundantes e gratuitas sacolinhas distribuídas pelas farmácias, padarias, lojas diversas e até mesmo bancas de jornais. Acumuladas nos lixões ou nos “aterros sanitários”, ou voejando como morcegos anêmicos pelas ruas, calçadas e praças, redes elétricas, as sacolas plásticas nos vitimam pelo “efeito bumerangue”, se voltam contra nós, e imprimem uma presença nefasta em enchentes, matança de animais marinhos e danos à paisagem.

Assim que o Ministério do Meio Ambiente lançou em junho de 2009 a campanha “Saco é um Saco” alertando a população para o problema, convidou cada cidadão para usar seu poder de consumidor e fazer uso consciente das sacolinhas plásticas; a indústria do plástico reagiu imediatamente: colocou na televisão uma campanha simpática para dizer que “plástico é legal”, que a sua adoção significou um inegável progresso, que não podemos viver sem ele (o plástico).

Plástico é legal? Pode ser sim, mas sacolinha plástica definitivamente não é. Enquanto não houver— e não há no momento — solução para uma destinação correta do pós-consumo, as sacolinhas plásticas significam um flagelo, um passivo ambiental que legamos para muitas e muitas gerações.

Não podemos viver sem as sacolinhas plásticas? Eis uma sentença duvidosa, uma vez que cidades como a rica Toronto, no Canadá, e a pobre Daca, capital do Bangladesh, baniram o uso das sacolinhas; na África, a paupérrima Tanzânia também as proibiu. A China recentemente adotou a política de cobrar pelas sacolinhas, um contra-incentivo ao seu uso.

Supermercados, como é o caso do Carrefour, no Brasil, com mais de 500 pontos de venda, já não usam sacolas plásticas no seu país de origem, a França — e o Carrefour também definiu a meta de reduzir 50% do volume que distribui até 2013. Só não “zera” a distribuição agora porque “o consumidor quer o saco plástico”.

No “Dia do Consumidor Consciente”, o último 15 de Outubro, o Carrefour liderou, no setor, o movimento de adesões à campanha do MMA “Um dia sem sacolas plásticas”, oferecendo aos seus consumidores sacolas retornáveis. Outras redes igualmente grandes seguiram o mesmo tipo de atitude. Por que será que as grandes redes de supermercado, que compram essas sacolas com centavos de dólar o milheiro, quase sempre em países asiáticos, estão desistindo das sacolinhas?

A resposta é simples e tem lógica de mercado, além da ética: cada vez mais imperará a chamada logística reversa, ou seja, um tipo de regulamentação ambiental que responsabiliza o produtor ou o distribuidor pela coleta e destinação correta de embalagens e produtos cuja vida útil terminou. A Lei Nacional de Resíduos Sólidos (em vias de ser aprovada no Congresso) aponta claramente nessa direção. É uma tendência irreversível. Se os supermercados forem obrigados a recolher as sacolinhas plásticas, o que farão com elas? Além disso, será ético, sustentável, contribuir para o aumento desse passivo ambiental?

E como se posiciona o consumidor nesse contexto? Novamente, não é simples, pois sabemos que no nosso país é bastante comum a utilização da sacolinha plástica para acondicionar o lixo, sobretudo doméstico. É prático, confortável. Para quem, perguntamos? Como repetir diariamente esse comportamento sem nenhum questionamento? Tomamos, por acaso, remédio sem ligar para seus efeitos colaterais? O que fazer, perguntam os consumidores por meio dos sites de relacionamento que o MMA desenvolveu para a campanha? Como evitar o uso das sacolas?

Reduzir, recusar quando não for absolutamente necessário, é o primeiro passo.

Vamos debater, vamos ver se a sacolinha é mesmo necessária, ou apenas nos acostumamos a ela, sem fazer nenhuma conta das conseqüências. Vamos refletir sobre a quantidade de sacolinhas que utilizamos. Por que não exigir sacolas mais resistentes? Por que não separamos o lixo seco do molhado, facilitando a reciclagem das sacolas, hoje representando apenas 1%?
Gostaríamos de ter uma resposta confortável, definitiva, para cada consumidor aflito que nos consulta. Mas esta resposta não existe. Ela depende de decisão coletiva a favor de uma qualidade de vida que deveremos conquistar se desejamos um presente e futuro saudáveis.

* Samyra Crespo é Secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente.

O Instituto Akatu está promovendo o concurso cultural Saco de Idéias . Conte em um vídeo o que você faz para reciclar, reduzir, recusar ou reutilizar as sacolas plásticas e participe.

A Hora do Lula‏




Caros amigos brasileiros, O Brasil tem um papel importante em pressionar os países ricos nas negociações climáticas de Copenhague, porém isto só irá acontecer se tivermos metas nacionais ambiciosas. Assine a petição para o Lula pedindo para ele apoiar um tratado forte, justo e vinculante em Copenhague. Ela será entregue para o Lula em mãos próxima segunda!

O tempo está acabando para as negociações finais da ONU em Copenhague para evitar uma catástrofe climática. O mundo precisa que o Brasil lidere com metas fortes de controle de emissões, mas o Presidente Lula está fortemente dividido num impasse entre ministros.

Nós só temos 10 dias até o Lula tomar uma decisão. Nós já vimos como milhares de mensagens de brasileiros pode influenciar as decisões do Lula – vamos pressioná-lo novamente para garantir que o Brasil seja um líder das mudanças climáticas.

A petição sera entregue ao Lula em pessoa esta segunda-feira dia 9 de novembro e nós precisamos de uma grande quantidade para balancear a pressão do lobby contra as metas! Assine a petição e divulgue para seus amigos:

http://www.avaaz.org/po/peticao_tictac_lula

A Dilma Rousseff disse após a reunião com o Lula que o Brasil terá um “esforço voluntário” o que é um enorme retrocesso nos compromissos anteriores do Brasil e considerando a necessidade de metas concretas para Copenhague. Há interesses fortes contra as metas principalmente de alguns segmentos dos setores agropecuário, energético e industrial que atuam dentro do governo brasileiro. Porém, a falta falta de consenso mostra que o Lula ainda está dividido e a voz da opinião pública pode fazer a diferença.

Em todo encontro internacional de chefes de estado o Lula tem demonstrado liderança e a vontade de apoiar uma solução climática forte em Copenhague. Porém, ele ainda não colocou as suas palavras em prática. O Plano Nacional de Mudanças Climáticas com metas fortes é a oportunidade do Lula liderar como exemplo pressionando os países ricos a levarem Copenhague a sério.

Segunda-feira será a nossa oportunidade de dizer para o Lula que precisamos de um tratado forte, mas antes disso precisamos de um número massivo de assinaturas para não fazer feio e mostrar que a sociedade civil brasileira se preocupa com as mudanças climáticas e querem que ele tome as decisões certas. Apóie esta campanha, assine a petição no link:

http://www.avaaz.org/po/peticao_tictac_lula

Com esperança,

Graziela, Luis, Alice, Paula, Benjamin, Ricken, Iain, Pascal, Veronique e toda a equipe Avaaz

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ecofont

A agência holandesa Spranq criou a "Ecofont" - uma fonte desenvolvida para economizar a tinta que é utilizada quando imprimimos documentos em papel.

Após estudar várias formas buscando manter boa legibilidade, resolveram tirar pequenos círculos do interior da fonte Vera Sans, uma fonte open source que pode ser baixada gratuitamente e utilizada na sua casa, escritório ou empresa tanto no PC quanto no Mac. A fonte é capaz de economizar até 20% de tinta na impressão. Faça as contas e veja o quanto você consegue economizar.

Veja um exemplo da Ecofont abaixo:




Idéia compartilhada por Rafael Reinehr
Colméias, Idéias em Cooperação

Los Angeles

Desperdiçar água em Los Angeles, EUA, pode custar caro ao esbanjador. Na cidade americana, ninguém mais pode molhar os gramados entre 9 e 16 horas nem gastar mais do que 15 minutos diários de rega. Lavar calçadas com mangueira nem pensar. Carros? Só se a mangueira tiver fechamento automático. Quem não cumprir a lei pode pagar uma multa de até 300 dólares.

Fonte: Revista Casa Claudia / Dezembro de 2008

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Construção Sustentável

"Quando o Problema mora ao Lado"
Artigo extraido da revista Arquitetura e Construção - Janeiro de 2009
Reportagem de Giuliana Capello


As cidades crescem em um território limitado. A cada prédio construido, um bairro ganha mais moradores, carros e demanda por serviços e equipamentos públicos. Embora urbanistas concordem que o adensamento seja positivo, a falta de planejamento põe tudo a perder: a chegada desordenada de empreendimentos afeta a paisagem urbana, o tráfego e as áreas verdes. Por isso, em 2001, o Estatuto da Cidade, uma lei federal, criou o Estatuto de Impacto de Vizinhança - que deve ser encomendado pela construtora a uma empresa especializada e entregue à prefeitura. O EIV avalia os impactos da construção e, se necessário, aponta as sugestões para contorná-los", explica Paulo Henrique Coelho, sócio da consultoria de Gestão de Vizinhança. Para Kazuo Nakano, urbanista do Instituto Pólis, a questão é implantar o edifício da melhor forma possível. "Mas até agora, poucas cidades regulamentaram o instrumento no Plano Diretor ou em lei específica", diz.

Em municípios paulistas como Ribeirão Preto, Santo André e São Bernardo do Campo, onde o Estudo de Impacto de Vizinhança está regulamentado, a população tem mais condições de participar do processo (consulte a prefeitura de sua cidade para obter mais informações). "Se o cidadão entende que um novo prédio pode trazer transtornos para ele ou para um bairro, deve exigir que à prefeitura que se faça o EIV", reforça Kazuo Nakano.

Em conjunto com ações do poder público, atitudes como essa podem melhorar muito a qualidade de vida nas cidades. Outro instrumento forte para alcançar esse objetivo seria o selo LEED, que certifica edifícios sustentáveis. Afinal, a sustentabilidade de um empreendimento também diz respeito à interferência que ele provoca no seu entorno. Mas, por enquanto, as exigências no selo mantém o foco nos impactos causados durante a obra. "Apenas a seleção do local é realmente considerada e conta mais pontos quando ocorre em uma área já suprida de infra-estrutura urbana", afirma Marcos Casado, gerente técnico do Greenbuilding Council Brasil, responsável pela certificação LEED.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dia de Ação pelo Clima



Dia de Ação pelo Clima mobiliza pessoas em todo o planeta

Parte da campanha TicTacTicTac, manifestações em 181 países chamam a atenção para a necessidade de combater as mudanças climáticas

Deu no The New York Times : no dia 24 de outubro, a página principal do site de um dos jornais mais importantes do mundo trazia em destaque as várias manifestações ao redor do planeta do Dia de Ação pelo Clima, da campanha TckTckTck (que no Brasil tem o nome de TicTacTicTac. Foram mais de 5200 ações, realizadas em 181 países, em que pessoas comuns reuniram-se em torno de um objetivo: mandar um recado aos líderes mundiais que vão se reunir em Copenhaghe, em dezembro, na COP 15 (a Conferência das Partes entre os países membros da Convenção do Clima da ONU). A mensagem é para que os líderes negociem acordos que efetivamente contribuam para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, evitando assim o agravamento do aquecimento global e as conseqüentes mudanças climáticas.

Nesse dia, o movimento foi galvanizado pela ONG 350, que busca conscientizar as pessoas para esse número significativo no combate às mudanças climáticas. De acordo com vários estudos, 350 é a concentração (em partes por milhão, ou ppm) de carbono na atmosfera que deveria ser mantida para que a temperatura no planeta não subisse demais, a ponto de provocar mudanças climáticas que ameacem a vida humana e a natureza. Atualmente, a concentração é de 387 ppm.

As fotos das manifestações, registradas pelos próprios participantes e reunidas aqui, mostram o alcance planetário do movimento. Há registros como as faixas estendidas por apenas cinco pessoas em Qaqortoq, na Groenlândia, ou por dois alpinistas no topo do monte mais alto da Antártida, e de ações que envolviam dezenas ou centenas de manifestantes, como as crianças na Índia formando o número 350 com os próprios corpos.

As fotos das ações na América Latina estão aqui. Houve manifestações por todo o continente, como nos gelados andes bolivianos, a 5300 metros de altitude, ou à beira do mar em Cartagena, na Colômbia. Fotos brasileiras mostram ações em vários lugares do país, como em São Carlos (SP), Aracaju (SE), na pequena São Vicente de Minas (MG) e dentro da floresta amazônica, próximo a Manaus (AM).

Ao final da tarde desse Dia de Ação pelo Clima, Bill McKibben, fundador da ONG 350.org, fez um discurso na Times Square, em Nova York, que pode ser visto aqui. Ele lembrava que o 24 de outubro de 2009 representava a ação política de maior alcance mundial, em um único dia, em toda a história. Ao lado de um telão que mostrava as fotos das manifestações por todo o planeta, McKibben destacou: “quando você olhar para essas fotos, verá que não há estrelas de cinema, não há astros do rock, não há políticos carismáticos. Estas são pessoas em todos os países reunindo-se em torno de um argumento científico, em torno do mais importante número do mundo — 350”.

Fonte: INSTITUTO AKATU

domingo, 1 de novembro de 2009

Telhados Verdes



Na busca por melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos, o topo dos edifícios em vários pontos do planeta está ganhando vistosas camadas de vegetação. É o caso do prédio que abriga a Prefeitura de Chigaco, nos Estados Unidos (acima). A iniciativa traz uma série de vantagens: reduz os ruídos externos, aumenta o conforto térmico e melhora a eficiência energética da construção. "O lugar fica mais agradável", diz Paulo Renato Guimarães, diretor da Ecotelhado, empresa gaúcha especializada no assunto. Os benefícios se estendem ao meio ambiente. Os jardins suspensos impedem o surgimento de ilhas de calor na cidade e combatem as enchentes com redução da velocidade de escoamento das água da chuva. "Esse tratamento paisagístico repõe o verde perdido com as construções", afirma o paisagista Benedito Abbud de São Paulo. Prefira as plantas rústicas, que resistem melhor às intempéries.

Texto extraído da Revista Arquitetura e Construção / Outubro de 2007