quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Energia do futuro


Energia do futuro
Biocombustíveis: uma solução ainda polêmica

Por Ana Luiza Silveira • 11/11/2009 - MSN Verde

O mundo já viveu muito bem sem energia elétrica ou combustíveis, numa era em que não dependíamos tanto da tecnologia. Hoje, fica difícil imaginar uma vida sem carro, sem aparelhos eletrônicos, sem industrialização. Estamos tão dependentes que nem paramos para pensar o quanto andamos abusando da natureza. Segundo previsões do governo dos Estados Unidos, o consumo energético global deverá aumentar 57% em 2030.

A saída, claro, é encontrar fontes alternativas que não poluam o planeta nem esgotem as fontes de combustíveis fósseis que ainda serão necessárias por muito tempo. Para entender melhor a questão dos biocombustíveis, o Bolsa de Mulher conversou com o Professor Ennio Peres da Silva, Coordenador do Laboratório de Hidrogênio da Unicamp, em Campinas (SP).

Quais biocombustíveis têm maiores chances de substituir de forma eficiente os combustíveis fósseis nos próximos anos?

As principais aplicações de cada combustível dependem de suas características e disponibilidades. O carvão pode ser substituído de forma eficiente pela lenha, os derivados de petróleo pelo GLP (gás de cozinha), que vem sendo substituído por gás natural nos grandes centros urbanos e também pela energia elétrica. A gasolina pode ser substituída pelo etanol e o diesel, pelo biodiesel. No caso do gás natural, nos grandes centros urbanos tem sido usado o biogás e, futuramente, pensa-se no uso energético do hidrogênio, a ser produzido de inúmeras fontes de energia.

Existe alguma previsão de quanto tempo levará para que os combustíveis fósseis deixem de ser utilizados?

O que se pretende é reduzir o consumo desses combustíveis, mesclando seu uso com os biocombustíveis. Com isso, o tempo de duração das reservas dos combustíveis fósseis será ampliado, disponibilizando essa matéria-prima por muito mais tempo. Convém lembrar que os combustíveis fósseis não são exclusivamente utilizados como energéticos, mas também como insumo para muitos processos químicos, como produção de plásticos, materiais sintéticos e medicamentos, entre outros.

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