segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Empresa especializada desenvolve tratamento para lâmpadas queimadas


A empresa especializada em tratamento de resíduos sólidos e industriais, Cetric, desenvolveu um projeto conhecido como Papa Lâmpadas®, em que uma máquina recolhe os resíduos e consegue separar o mercúrio do vidro e ainda reaproveitá-los.

As lâmpadas, de diferentes tipos, são resíduos que precisam de um cuidado específico ao serem descartadas pelo fato de possuírem elementos químicos altamente perigosos em sua composição. Através da utilização da máquina separadora, a segurança, filtragem e acondicionamento adequado de partículas que poderiam causar danos ao solo e à saúde, são garantidos.

Com um sistema de unidades móveis a empresa leva o aparelho até a geradora de lâmpadas queimadas, que pode ser uma escola, um órgão público, uma instituição privada ou uma empresa e o descarte é realizado in loco. Quando as lâmpadas a serem descartadas se acumulam, é solicitada a vinda da equipe, que com aparato especial destrói as lâmpadas. O aparelho retira o mercúrio e o deposita em um reservatório especial, assim como o vidro, e realiza o transporte seguro dos resíduos.

A utilização de lâmpadas fluorescentes é uma boa alternativa para economia de energia elétrica, já que a vida útil dela é oito vezes superior às incandescentes. Além disso, o seu consumo energético pode ser reduzido em até 80%.

O equipamento Papa Lâmpadas® é o único aprovado pelas normas da ABNT. Ele é composto por um tambor metálico de 200 litros, com capacidade para compactar aproximadamente 850 lâmpadas, sem necessidade de descarte em local apropriado, com triplo sistema de filtragem: um para o pó fosfórico, um para partículas de vidro e outro para retenção dos gases venenosos.

O equipamento funciona como uma usina de tratamento. Quando inserida na máquina a lâmpada é quebrada, o material pesado deposita-se no fundo do tambor e o vapor de mercúrio é absorvido por um filtro de carvão ativado que, posteriormente é levado para uma máquina destiladora. Lá o resíduo é volatizado e em seguida resfriado, o que faz com que o mercúrio volte à sua forma metálica original e, assim como o vidro e o metal, torna-se matéria-prima novamente.

O descarte é feito na empresa contratante, porque o aparelho é móvel, o que exclui qualquer risco de quebra das lâmpadas durante o transporte, garantindo assim 100% de segurança à saúde e ao meio ambiente.

Fonte: CICLO VIVO

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Empresas em São Paulo são obrigadas a recolher o próprio lixo

Estabelecimentos que geram mais de 200 litros por dia têm de contratar coleta privada; prefeitura ameaça fechar quem não obedecer
Rogério Ferro, da equipe Akatu

Empresas localizadas no município de São Paulo e que geram mais de 200 litros – dois sacos pretos grandes – de lixo por dia são consideradas grandes geradoras e podem até ter o alvará cassado, caso não recolham seus próprios resíduos. A punição está em vigor desde sexta-feira (07/01). Aprovada como lei municipal em 2002, foi regulamentada em decreto pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), em novembro de 2010.

A regulamentação oficializa a possibilidade de caçar a licença das empresas que não cumprirem com a obrigatoriedade. “Agora, não será mais só multa. Nós vamos poder até suspender em definitivo a licença de funcionamento da empresa”, disse Dráusio Barreto, secretário municipal de Serviços. Desde 2002, quando a lei foi aprovada, a cassação da licença nunca foi aplicada. “É uma nova ferramenta que a cidade vai dispor para evitar que as empresas não cumpram a lei”.

De acordo com a prefeitura, das cerca de 12 mil toneladas diárias de lixo recolhidas na coleta pública domiciliar, aproximadamente 10% vêm de empresas.

Segundo a prefeitura, a medida responde a uma reivindicação das empresas contratadas para a coleta do lixo. Elas reclamam que têm de coletar resíduos que não são de sua responsabilidade, já que os contratos consideram apenas o lixo domiciliar, excluindo grandes geradores. O valor que essas empresas recebem é fixo, independentemente da quantidade coletada. Quanto mais lixo recolhem, menor é a margem de lucro delas, pois são necessários mais caminhões e mais funcionários.

Para fiscalizar o cumprimento da determinação, o Departamento de Limpeza Urbana da Prefeitura de São Paulo (Limpurb), obriga as empresas enquadradas na lei a contratar empresas privadas, com cadastro na prefeitura, para retirar e destinar corretamente o lixo que produzem, além de cadastrar seus contratos na prefeitura.

As empresas poderão fazer o cadastro nas Praças de Atendimento das Subprefeituras ou diretamente no Limpurb, na rua Azurita, 100, no Canindé, das 9h às 16h. Para isso, basta acessar o site do Limpurb, preencher e imprimir os formulários de cadastro. E apresentar os demais documentos exigidos, como IPTU e CNPJ.

O limite de 200 litros diários de lixo vale para empresas do setor comercial, como bares, hotéis, restaurantes, padarias e lojas. Para prédios em que funcionem empresas de serviços o limite é de mil litros de lixo por dia. Os órgãos públicos também terão de se enquadrar, exceto os da administração direta, como escolas municipais. Edifícios exclusivamente residenciais não são obrigados.

As visitas da fiscalização já começaram e estão a cargo dos agentes do Limpurb e fiscais das Subprefeituras. O prefeito Kassab nega que objetivo de seu decreto seja arrecadatório. “O nosso objetivo maior não é multar nem punir, mas sim educar. É evidente que, à medida que o tempo passar, os estabelecimentos que não fizerem suas adequações à lei deverão ser multados”, afirmou Kassab em visita a estabelecimentos comerciais na segunda-feira (10/01).

A Federação do Comercio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo (Sinhores) apoiam a obrigatoriedade. “Com a contratação de empresas de coleta, a separação dos resíduos sólidos, por meio da coleta seletiva, será alavancada, impulsionando a reciclagem de materiais e evitando o acumulo de resíduos nos aterros”, diz José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio. “É uma medida excelente que irá, inclusive, estimular o aparecimento de novas empresas, gerando emprego e renda”, conclui.

Sérgio Machado, diretor jurídico do sindicato dos hotéis e restaurantes, também defende a nova lei, mas critica o que chamou de falta de flexibilidade dos contratos. “As empresas são obrigadas a assinar contratos mínimos de um ano para a coleta e ficam presas a esses compromissos, mas a quantidade de lixo pode variar. Deveria ser permitida a assinatura de contratos mais curtos.”

Multas
Desde sexta-feira (07/01), o Limpurb aplicou 97 multas. Segundo a lei, na primeira autuação, a multa é de R$ 1.000. Na segunda, o alvará é suspenso por cinco dias, na terceira, por 15 dias e na quarta vez, o licenciamento é cassado.

Desde a promulgação do decreto em novembro de 2010, foram feitos 204 novos cadastros. Ao todo, são cerca de 10 mil empresas cadastradas, das quais, aproximadamente 5.000 em situação regular. As demais estão sendo analisados pela prefeitura.

1° Motel Ecológico é inaugurado no Brasil


O dia 12 de junho de 2010 - Dia dos Namorados, foi marcado pela inauguração do primeiro motel ecológico do Brasil. O grupo “Uau eu sou VIP” é o idealizador do empreendimento, Vitara Motel, construído em Taboão da Serra, grande São Paulo.

Com um investimento de R$ 3 milhões e um ano de planejamento, o motel exala sustentabilidade. O lixo é reciclado, a maior parte dos pisos tem certificação ecológica, a madeira do mobiliário também é certificada e de reflorestamento. As piscinas, duchas e hidromassagens são aquecidas à energia solar, os quartos e as luminárias foram desenvolvidos para gastar o mínimo de energia possível e toda a decoração remete a temas da natureza.

A escolha de seus funcionários também foi feita de forma consciente. A maioria dos contratados mora próximo ao estabelecimento, por isso não precisam utilizar transportes que poluem o ambiente, em seu trajeto para o trabalho.

O Vitara também oferece uma estrutura ideal para receber deficientes físicos. Existem banheiros adaptados e um elevador para conduzir os cadeirantes até uma das três suítes especiais. O motel conseguiu aliar conforto aos conceitos de sustentabilidade.

Fonte: CICLO VIVO

ESTAÇÃO NATUREZA


Criadas por iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e em parceria com O Boticário, as Estações Natureza são exposições interativas sobre a natureza brasileira.

Elas têm como objetivo sensibilizar a população urbana sobre a questão ambiental, possibilitando o contato com a natureza para as pessoas que vivem em ambientes urbanos.

Além disso, há um trabalho diferenciado para atendimento de escolas, incluindo fornecimento de material sobre a temática ambiental. Estão localizadas em Corumbá (MS) e São Paulo (SP).

Saiba como visitar as Estações Natureza acessando o site: www.fundacaoboticario.org.br, link “Educação e Mobilização”

Fonte: site O BOTICÁRIO

BIOCONSCIÊNCIA - O Boticário

O PLANETA ESTÁ EM NOSSAS MÃOS


É um programa de redução dos impactos ambientais pós-consumo, com base na responsabilidade compartilhada, por meio do qual envolve consumidores, franqueados, consultoras, colaboradores e fornecedores no ciclo de vida de todos os produtos.

O QUE É BIOCONSCIÊNCIA O BOTICÁRIO?

Você entrega as embalagens vazias dos produtos O Boticário em nossas lojas e elas são encaminhadas a empresas recicladoras. Essas empresas transformam as embalagens vazias em matéria prima para ser usada em outros ciclos produtivos.

Fonte: Folder promocional

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Telhados Brancos

O ministro de Energia do governo de Obama sugeriu que todos os telhados e coberturas do mundo deveriam ser pintados de branco como parte dos esforços para reduzir o aquecimento global



O Professor Steven Chu, ministro da Energia dos EUA, disse que a insólita proposta significaria lares nos países quentes, permitiria poupar energia e dinheiro em ar condicionado através do desvio dos raios solares.

Superfícies mais claras também poderiam abrandar o aquecimento global, refletindo calor para o espaço ao invéz de permitir que ele seja absorvido por superfícies escuras, onde é preso por gases do efeito de estufa e aumentem a temperatura.

Em uma discussão abrangente dos três dias do Simpósio do Prêmio Nobel em Londres, o professor descreveu as alterações climáticas como uma "situação de crise", e apelou para a introdução de uma série de medidas, desde a promoção da eficiência energética através das energias renováveis, tais como vento, ondas e solar.

O físico ganhador do Prêmio Nobel disse que os EUA não estavam considerando nenhum projeto de grande escala de "geo-engenharia" onde a ciência é usada para reverter o aquecimento global, mas foi à favor dos "telhados brancos em toda parte".

Ele disse que clareando todos os telhados e estradas em ambientes urbanos iria compensar os efeitos do aquecimento global de todos os carros do mundo durante 11 anos.

"Se você olhar para todos os edifícios e se você pintar os telhados de branco e tornar a pavimentação de ruas de concreto de cores variadas, ao invéz de só usar a cor preta, e fizer isso uniformemente, seria o equivalente a ... reduzir as emissões de carbono de todos os carros do mundo por 11 anos - apenas tirá-los de circulação por 11 anos ", disse ele.

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Ambientalistas insistêm que o mundo desenvolvido deve comprometer-se a cortar as emissões de carbono a fim de estabelecer um exemplo para os países mais pobres.

O Ministro Chu disse estar otimista de que os EUA poderiam indicar o caminho através de medidas de eficiência energética e impulsionar o uso de energias renováveis como solar, eólica, nuclear e carvão limpo.

"Os EUA irá caminhar, inevitavelmente caminhará em primeiro lugar, como um país mais desenvolvido devemos caminhar primeiro, e espero que a China nos siga", disse ele.

O Simpósio juntou cerca de 60 peritos científicos e 20 vencedores do Prêmio Nobel para falar sobre as alterações climáticas.

Nike lança tênis feitos de revistas recicladas


A famosa marca de esportes Nike Sportswear, lança uma coleção de tênis que alia moda à sustentabilidade. Os sapatos feitos a partir de materiais reciclados dão um toque diferenciado à coleção e impedem que diferentes resíduos sejam descartados inadequadamente.

O tênis é feito com papéis coloridos e estampas. Apesar de parecer estranho, o modelo é realmente construído por tiras de revistas recicladas, costuradas e reforçadas por um material transparente e resistente. O papel é tratado, para conferir resistência ao calçado; e as peças são exclusivas devido ao processo único envolvido; cada estampa é feita com a combinação de diversas impressões e com diferentres tipos de sequências.

Muito parecido com a coleção Nike Trash Talk, que inclui sapatos construídos por restos encontrados no chão de fábrica, a Nike Sportswear Premium Print Pack, nome dado à coleção, não deixa nada ir para o lixo e transforma velhas questões em novos lançamentos.

Esta não é a primeira incursão da gigante americana no assunto reciclagem. A empresa vem recuperando velhos tênis há décadas. O programa Reutilize um Calçado, que começou no início da década de 90, recolhe e processa o material transformando-os em Nike Grind, uma matéria-prima feita de papel reciclado e sucata de tênis, que pode ser usada em todos os tipos de superfícies desportivas. Para construir esses pisos, a multinacional trabalha com empresas líderes da indústria de pavimentação. Com essa política, a marca já reciclou 24 milhões de pares de sapatos até hoje, incluindo as doações de tênis de outras marcas.

A coleção ecológica de sapatos, feitos a partir de revistas recicladas, estreou em quantidades limitadas no primeiro dia de 2011, na Europa e China. No entanto, os tênis podem eventualmente tornar-se disponíveis nos EUA ou outros mercados selecionados, mas ainda não há previsão para a comercialização no mercado brasileiro. Acesse a galeria acima e confira os modelos.

Redação CicloVivo

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Urso polar símbolo da campanha One Degree Less

A MWM International Motores é a primeira empresa a receber o urso polar Celsius e aderir a campanha One Degree Less, lançada pela ONG Green Buiding Council - GBC Brasil . A empresa já iniciou o processo de pintura dos telhados de suas plantas no país. O objetivo é ajudar a diminuir a temperatura da Terra por meio da adoção dos “cool roofs”, uma prática simples que consiste em utilizar nas coberturas das edificações materiais e produtos com alta capacidade de refletir as radiações solares evitando a formação do efeito ilha de calor. Pintar telhados, coberturas e lajes de branco é uma das práticas a serem implantadas, pois captam menos calor do sol e assim auxiliam na redução da temperatura local e até no consumo de energia, já que diminui a necessidade do uso de ar-condicionado.

Hoje, a MWM International possui mais de 20 mil m2 de telhados pintados. A planta de Santo Amaro (SP) está na primeira etapa do processo com cerca de sete mil m2 e a unidade de Canoas (RS) com mais de 13 mil m2, o que ultrapassa 45% da área total da planta. De acordo com dados da Lawrence Berkeley National Laboratory, apoiadora da campanha, estima-se que para cada 100 m2 de forro pintado com cores claras são compensadas 10 toneladas de emissão de CO2.

O urso polar Celsius, de 12 metros de altura, que estava no Parque do Ibirapuera, agora está instalado na MWM International com o objetivo de chamar a atenção da comunidade, colaboradores, clientes e fornecedores sobre os riscos do aquecimento global.

A Segunda Fase da Campanha One Degree Less, além da iniciativa privada, conta com o apoio da mídia televisiva, esportista e social.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dinamarca quer só casas "verdes" feitas até 2020

A Dinamarca estuda beneficiar financeiramente quem construir casas "verdes". A ideia é que as pessoas que utilizarem painéis solares e sistema de reaproveitamento de água, por exemplo, paguem menos impostos.

Os dinamarqueses não são do tipo que abraça árvores, mas a preocupação ambiental está sendo incentivada pelo governo. Uma casa "verde" custa cerca de 5% a mais do que uma casa comum naquele país. A economia vem depois.

Num país frio como a Dinamarca, algumas tecnologias de construção podem reduzir significativamente os custos de aquecimento. Por exemplo, as janelas maiores (para entrar mais luminosidade) e com vidros três vezes mais grossos.

Esses vidros, aliados às paredes com cerca de 50 cm, funcionam como "cobertor" para a casa e reduzem os gastos com aquecimento.

Desde a crise do petróleo da década de 1970, a Dinamarca tem investido em energias alternativas, como biomassa, energia solar e eólica (que hoje representa cerca de 20% da matriz energética do país).

Fonte: Folha.com

2011 será o Ano Internacional das Florestas

Intenção da ONU é sensibilizar a sociedade mundial para preservação das matas, essenciais para a vida sustentável no planeta
Rogério Ferro, da equipe Akatu




Com o objetivo de sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação das florestas para uma vida sustentável no planeta, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), declarou 2011, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas. O tema da celebração é “Florestas para o Povo”.

Segundo a entidade, a intenção é promover ações que incentivem a conservação e a gestão sustentável de todos os tipos de floresta do planeta, mostrando à população mundial que a exploração das matas sem um manejo sustentável pode causar uma série de prejuízos, como a perda da biodiversidade, o agravamento das mudanças climáticas, migrações desordenadas para áreas urbanas e o crescimento da caça e do desmatamento ilegal.

A exploração predatória e o desrespeito ao ciclo de vida natural das florestas têm como consequência a ameaça da sustentabilidade econômica, das relações sociais e da vida humana no planeta. Isso acontece porque as floretas são a fonte, entre outros, de água potável e alimentos. Por outro lado, fornecem também matérias primas para indústrias essenciais como a farmacêutica e da construção civil, além de desempenhar um papel vital na manutenção da estabilidade do clima e do meio ambiente globais.

Atualmente, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), as florestas cobrem 31% da área terrestre total do planeta, abrigam o lar de 300 milhões de pessoas ao redor do mundo e têm responsabilidade direta na garantia da sobrevivência de 1,6 bilhão de pessoas e de 80% da biodiversidade da Terra. Só em 2004, o comércio mundial de produtos florestais movimentou US$ 327 bilhões (algo em torno de R$ 588,8 bilhões).

Para saber mais, consulte o site oficial do Ano Internacional das Florestas (sem versão em português). Lá, o consumidor é convidado a divulgar ações que pretende promover no próximo ano em defesa das florestas.

No Brasil
O Brasil abriga 60% dos aproximadamente 5,5 milhões de km² da área total da Floresta Amazônica, a maior do planeta. A mata se estende por mais oito países: Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. A Amazônia é também a maior floresta úmida e com maior biodiversidade.

Dentro do Brasil, ela se estende por nove Estados: Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Acre, Amapá, Maranhão, Tocantins e parte do Mato Grosso, representando mais de 61 % do Território Nacional.

Esta riqueza natural, no entanto, tem sido alvo de exploração predatória e ilegal, ameaçando assim o ciclo natural da reprodução dos recursos, bem como a subsistência das comunidades indígenas que habitam a região.

O estudo Quem se beneficia com a destruição da Amazônia, realizado em 2008 por iniciativa do Fórum Amazônia Sustentável e do Movimento Nossa São Paulo, mostrou que as populações urbanas são as que mais se beneficiam dos recursos extraídos da floresta.

O levantamento cita dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) que apontam o Estado de São Paulo como o principal comprador da madeira extraída legalmente da Amazônia: “os paulistas absorvem 23% (12,7 milhões de metros cúbicos de madeira) do total que se extrai na floresta. A quantidade representa mais do que a soma do volume adquirido pelos dois estados que aparecem em segundo lugar, Paraná e Minas Gerais, ambos com 11%”, diz o estudo.

No entanto, apesar dos esforços do poder público, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) estimou, em 2008, que o volume de madeira ilegal da Amazônia que abastece o mercado pode chegar a 90% do total consumido no país. A indústria da construção civil, segundo o estudo, é a que mais se beneficia dessa matéria prima.

O título de maior exportador mundial de carne do Brasil também acarreta problemas para as florestas nacionais, já que a expansão das pastagens é um dos principais motivos para a derrubada das matas nativas. De acordo com o levantamento, “entre dezembro de 2003 e o mesmo mês de 2006, apenas 4% dos 10 milhões de novos animais adicionados às fazendas do país não estavam pastando sobre terrenos que um dia já foram floresta”. Ou seja, “o crescimento da criação de bois fora da Amazônia é praticamente insignificante” conclui o levantamento.

Outra atividade listada por estar relacionadas ao desmatamento é o cultivo da soja. Na safra de grãos de 2008, a cultura de soja no país ocupou 21,3 milhões de hectares – o que corresponde a 45% de toda a lavoura brasileira de grãos – que também é formada por arroz, feijão e café, entre outros. No entanto, segundo o estudo, “5% da produção de soja brasileira era proveniente de terras localizadas no bioma amazônico”. Além disso, os prejuízos aos rios e transtornos à população indígena são outras consequências indesejáveis da ocupação sojeira na Amazônia.

A divulgação desses dados resultou na criação, em 2008, dos pactos empresariais da madeira, da carne e da soja, iniciativa desencadeada por entidades da sociedade civil organizada, visando o combate à degradação da floresta amazônica. Ao assinarem os pactos, as entidades assumem a responsabilidade de não se beneficiar nem comercializar produtos provenientes da exploração predatória da Amazônia, além de adotar ações de combate à exploração ilegal da floresta.

Para saber se determinado produto ou empresa assinou cada um dos pactos, o consumidor pode consultar a lista das empresas e entidades que assinaram os Pactos Setoriais da Madeira, da Soja e da Carne.

Outro problema relacionada à exploração da Amazônia diz respeito à utilização de mão-de-obra escrava. Para se informar se determinado produto envolve o trabalho escravo em sua cadeia produtiva, antes de comprar, o consumidor pode consultar a Lista Suja do Trabalho Escravo, do Ministério do Trabalho. A relação lista as empresas e pessoas autuadas por exploração do trabalho escravo.

O Pacto Nacional Pela Erradicação do Trabalho Escravo, formado por empresas, associações e entidades da sociedade civil, disponibiliza para consulta pública, uma lista das entidades que se comprometeram e não se beneficiar do trabalho escravo.

Primeira escola de garrafas PET é construída na Ásia

Fonte: CICLO VIVO


Construída em San Pablo, nas Filipinas, a escola feita com garrafas plásticas descartadas é a primeira deste tipo na Ásia. O projeto foi concebido por Illac Diaz, juntamente com a MyShelter Foundation (Fundação Meu Abrigo).

Quando Diaz percebeu a falta de escolas em pequenas províncias das Filipinas, pensou em uma maneira de resolver isso e criou o Bottle School Project (Projeto de Escolas de Garrafa). O objetivo do projeto é conscientizar a população sobre a importância da construção de novas escolas, além de dar novo uso a um material com descarte considerado problemático nos dias de hoje.



“É muito gratificante porque o que costumava ser um problema, hoje é considerado uma nova solução”comenta Diaz sobre o uso de garrafas na construção.

Illac Diaz já é conhecido mundialmente por seus projetos sociais inovadores. Em 2008, Diaz foi nomeado como “Jovem Líder Global” pelo Fórum Mundial Econômico em Genebra, na Suíça.

A escola foi construída com milhares de garrafas de 1,5 e 2 litros de refrigerante e água. As garrafas PET foram preenchidas com adobe líquido, que é constituído basicamente de terra crua, água, palha ou fibras naturais. A combinação, que é relativamente barata, chega a ser três vezes mais forte que o concreto.

Em Junho, a Fundação MyShelter organizou uma corrida para coletar as garrafas PET, a campanha foi considerada um sucesso. A escola foi construída com a ajuda de dezenas de voluntários. O terreno foi doado pelo governo local de San Plabo.

A escola é apenas a primeira de muitas, já que Diaz pretende continuar com seu projeto e disseminar a ideia para outros países.

Família britânica reduz praticamente a zero sua produção de lixo


Fonte: CICLO VIVO

Uma família britânica se tornou exemplo mundial ao divulgar que em um ano produziu apenas uma sacola de lixo. A iniciativa do casal Richard e Rachelle Strauss, juntamente com a filha Verona, de nove anos, mostra que é possível reduzir drasticamente a quantidade de resíduos que produzimos.

Para conseguir alcançar esse objetivo a família contou com diversas mudanças em seus hábitos tradicionais. Em um site criado para compartilhar a experiência com outras pessoas, a mãe, Rachelle, explicou que a ideia de reduzir a produção de lixo da família surgiu em 2008. Porém, a redução começou efetivamente em 2009, após seu marido ler diversas matérias que mostravam os impactos ambientais causados pelos plásticos, principalmente à biodiversidade marinha.

No primeiro ano em que o objetivo foi posto em prática, o lixo produzido pela família foi reduzido pela metade, no segundo ano, em 2010, todos os resíduos couberam em uma pequena sacola.

A família inglesa recicla praticamente tudo o que consome. Além disso, eles plantam grande parte do que comem, optam por comprar coisas de produtores locais, para evitar o excesso de embalagens, e transformam os restos de alimentos em adubo orgânico.

Em declaração feita à BBC, Rachelle explicou que a família está muito feliz com o resultado. A idealizadora do projeto também lembrou sobre a importância de estabelecer metas altas. Segundo ela, se não for assim, nunca saberemos o que podemos alcançar.

A família começou o desafio reduzindo a quantidade de plástico que utilizavam, o segundo passo foi colocar os outros dois R’s em prática: reciclar e reutilizar. Além disso, eles optaram por baterias recarregáveis e obtiveram energia através de uma fonte limpa, o sol.

O site criado por eles para divulgar a ideia se tornou referência e já alcança mais de 70 mil visitas por mês.



Com informações do Estadão

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Fragmentos plasticos ameaçam vida marinha

Bilhões de fragmentos plásticos no Mediterrâneo ameaçam vida marinha

Cerca de 250 bilhões de pedaços microscópicos de plástico flutuam no mar Mediterrâneo, representando uma ameaça à biodiversidade marinha, que reverbera na cadeia alimentar, segundo estimativas de especialistas.

O pronunciamento foi feito por biólogos marinhos da França e da Bélgica, que analisaram amostras de água coletadas em julho na costa da França, do norte da Itália e da Espanha a uma profundidade de 10 a 15 centímetros. Reportagem da France Presse.

“As estimativas grosseiras são de que haja uns 250 bilhões microfragmentos em todo o Mediterrâneo”, explicou François Galgani, do Instituto Francês de Exploração do Mar (Ifremer).

O número corresponde a 4.371 minúsculos pedaços de plástico –com peso médio de 1,8 miligrama– encontrados nas amostras, “que superam, grosso modo, as 500 toneladas em todo o Mediterrâneo”, disse Galgani.

Noventa por cento das amostras, coletadas por voluntários da Expedição Mediterrâneo em Perigo (MED, na sigla em inglês) em um iate de 17 metros, continham estes fragmentos.

A amostragem cobriu apenas as águas superficiais e deu apenas um avaliação preliminar. Coletas futuras, na costa de Gibraltar, Marrocos, Argélia, Tunísia, Sardenha e sul da Itália serão feitas em 2011 para uma análise mais abrangente.

Pequenos fragmentos plásticos são uma ameaça permanente no mar, pois se misturam ao plâncton, sendo então ingeridos por pequenos peixes que são comidos por predadores maiores, explicou a Expedição MED.

Há evidências acumuladas dos danos que isto provoca a maiores formas de vida marinha, incluindo focas e tartarugas.

“A única solução é conter os microfragmentos nas fontes”, disse o integrante da Expedição MED, Bruno Dumontet.

O grupo está lançando uma petição online para exigir da União Europeia (UE) o estabelecimento de regras sobre o descarte e a biodegradabilidade de bens de consumo.

Reportagem da France Presse, na Folha.com.

sábado, 1 de janeiro de 2011

A Carta da Terra



A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global justa, sustentável e pacífica que se preocupa com a transição para maneiras sustentáveis de vida e desenvolvimento humano sustentável. O projeto da Carta da Terra começou como uma iniciativa das Nações Unidas. Em 2000 a Comissão da Carta da Terra, uma entidade internacional independente, concluiu e divulgou o documento como a carta dos povos.

Conheça parte da Carta da Terra:

PREÂMBULO

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.

TERRA, NOSSO LAR

A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.

A SITUAÇÃO GLOBAL


Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.

Para saber mais: www.cartadaterrabrasil.org