domingo, 26 de dezembro de 2010

Ministérios ganharão reforma para se tornar edifícios "verdes"

Governo tem edital aberto para apresentação de projetos para tornar Esplanada uma avenida de blocos sustentáveis

Fonte: CBCS - Conselho Brasileiro de Construção Sustentável

O governo federal quer transformar todos os prédios da Esplanada dos Ministérios em edifícios sustentáveis. No "Diário Oficial" de hoje, está prevista a prorrogação para 2 de fevereiro da entrega de projetos para construção de prédio anexo e restauração do Bloco K, que abriga o Ministério do Planejamento. O bloco K será o projeto piloto para a reforma geral.

As obras, ainda sem prazo definido, serão tocadas por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP)e os empreendedores vencedores das licitações receberão como pagamento do governo terrenos no Distrito Federal, explica Paulo Safady Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Queremos trazer os 16 prédios para a modernidade”, afirma ele. A CBIC foi a autora da sugestão de revitalização dos prédios para o governo.

Para Simão, a transformação da Esplanada em um ambiente de edifícios "verdes" seria um grande estímulo para o desenvolvimento da construção civil sustentavel no pais e no mundo.

As reformas deverão manter a aparência externa dos blocos da Esplanada, projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, mas transformando as dependências internas, que têm mais de 50 anos de construção. “Aqueles prédios são bombas-relógio”, diz Simão, referindo-se à estrutura elétrica e outras precariedades dos blocos, construídos para a inauguração de Brasília, em 1960.

Nos itens chamados “sustentáveis”, os arquitetos poderão sugerir, por exemplo, estratégias de reuso de água e eficiência energética, e alterações como implantação de vidros que retêm raios solares e ajudam a não aquecer o ambiente ou tintas laváveis, que reduzem a necessidade de novas pinturas. “São coisas relativamente simples”, diz Simão.

Além de reformados os 16 blocos, está prevista a construção de sete prédios anexos desenhados inicialmente por Niemeyer, que não foram devidamente construídos na Esplanada na construção da Brasília. O bloco K, por exemplo, será o primeiro a receber um anexo construído.

Nas contas de Simão, a revitalização de cada bloco já construído custará cerca de R$ 60 milhões, a construção de prédios anexos, quando necessário, vai custar por volta de R$ 140 milhões. Os projetos, porém, deverão prever contrato para serviços de manutenção, operação de infraestrutura e gerenciamento dos imóveis por 15 anos, o que custaria algo superior a R$ 100 milhões também, prevê Simão.

Nessa conta, que prevê 16 revitalizações – com nome técnico de retrofitagem -, mais 16 contratos de manutenção e construção de sete novos prédios anexos, o total seria de cerca de R$ 3,5 bilhões para revitalização total da Esplanada dos Ministérios.

Os valores exatos, porém, deverão constar das propostas que serão apresentadas pelos grupos interessados até o dia 2 de fevereiro. Entre os escritórios interessados, estaria o do próprio arquiteto Oscar Niemeyer.

O projeto escolhido vai estruturar o termo de referência da PPP Esplanada Sustentável. Os documentos para apresentação de propostas de pessoas físicas ou jurídicas estão no site exclusivo do Comitê Gestor de PPP do Ministério do Planejamento.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Veja lança edição especial sustentável



O leitor de VEJA, a terceira maior revista de informação semanal do mundo em circulação, ganha a partir de hoje, 18 mais uma edição especial, desta vez, verde.

Em continuidade ao sucesso do ano anterior, a revista traz novamente uma edição sustentável, porém, com muito mais novidades, mostrando ao leitor todas as questões ambientais em discussão.

A Revista Veja abordará o esforço feito pelas pessoas para serem sustentáveis em casa, e como as empresas e indústrias têm se comportado diante do atual cenário, englobando quais as vantagens de exercerem ações que protegem e valorizam o meio ambiente.

Além disso, a revista trará matérias sobre os carros elétricos e sua presença no dia-a-dia dos consumidores, decisões sobre as mudanças climáticas das Nações Unidas no COP 10, realizado recentemente em Nagoya (Japão). E ainda, quais são as energias alternativas no maior parque eólico do Brasil.

A principal novidade desta edição especial de VEJA Sustentável é que será produzida inteiramente com tinta a base de óleo vegetal (capa e miolo da revista), além de ser impressa em papel 100% certificado.

Com circulação e tiragem nacional, VEJA Sustentável tem distribuição gratuita para assinantes e é vendida em bancas, livrarias, revistarias e redes de supermercados.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Segunda maior mina do mundo será transformada em cidade sustentável


A segunda maior mina já escavada pelo homem, em Mirny, no leste da Sibéria, tem cerca de 550 metros de profundidade e um quilômetro de diâmetro. Em breve essa área inutilizada será renovada por uma empresa de arquitetura da Rússia.

O Estudo de Arquitetura Russo (AB Ellis) acaba de tornar pública a ideia ambiciosa de transformar esta mina desativada em uma cidade subterrânea. A Eco-City 2020 pretende dar vida às regiões de condições metereológicas extremas tanto de inverno quanto de verão como as da Sibéria. O projeto, como o próprio nome diz, deverá ser entregue em 2020.

A mina de Mirny é a segunda maior cratera escavada pelo homem, trata-se de uma antiga mina de diamantes a céu aberto. Os planos recentemente revelados desta enorme cidade, contruída para ser ambientalmente correta, certamente vai chamar atenção dos ambientalistas.

Se a Rússia é conhecida por suas bombas, este novo projeto certamente vai renovar sua imagem. Esta cidade terá uma cúpula de vidro para cobri-la e para manter a temperatura constante durante todo o ano e proteger a metrópole dos invernos congelantes da Sibéria que chegam a atingir a temperatura de - 40º C. Esta proteção de vidro também está programada para ser coberta por células fotovoltáicas avançadas, capazes de coletar grande quantidade de energia solar para geração de energia.

De acordo com estimativas da empresa, a cidade verde pode atrair turistas e acomodar até 100 mil pessoas e casas de nível residencial. Todo o complexo se construiria na vertical, em três níveis principais, ao redor de um grande núcleo central, que abrigaria a maior parte das infraestruturas como fazendas verticais, florestas e áreas de lazer bem como o centro de investigação. A área residencial ficaria no primeiro nível e teria terraços exteriores com vistas para um bosque no centro da cidade, criando assim, um ambiente com total harmonia com a natureza construída. O deslocamento de um nível para o outro seria todo na vertical. A prioridade da Eco-City 2020 é a qualidade de vida dos habitantes. Com regras ambientais rígidas, tudo o que for porduzido ali será ambientalmente sustentável e reciclável.

A ideia de criar uma cidade como esta surgiu da necessidade de recuperar uma área devastada, sem utilidade e totalmente improdutiva com condições metereológicas extremas. A Eco-City 2020 será um exemplo mundial de recuperação e um incentivo aos esforços ambientais que o governo Russo está fazendo para recuperar a Sibéria, região de grande diversidade ambiental maltratada pelo governo socialista do Kremlin durante a guerra fria.

Fonte: CicloVivo

Sustentabilidade

Maioria desconhece o termo Sustentabilidade, revela pesquisa do Akatu
No entanto, mesmo não conhecendo, consumidores praticam ações que levam à sustentabilidade; 16% deram a definição correta do termo
Rogério Ferro, da equipe Akatu


A maioria da população brasileira (84%) sequer ouviu falar ou não sabe definir ou define errado o termo Sustentabilidade. Apenas 16% apresentam alguma definição correta ou aproximada para o conceito. Os dados são da pesquisa “O Consumidor Brasileiro e a Sustentabilidade: Atitudes e Comportamentos frente o Consumo Consciente, Percepções e Expectativas sobre a Responsabilidade Social Empresarial. Pesquisa 2010”, realizada por iniciativa dos institutos Akatu e Ethos.

Divulgado na terça-feira (14/12), o estudo foi feito com patrocínio de Santander, apoiador pioneiro do Akatu, Bradesco e Walmart, ambos apoiadores estratégicos, Faber Castell, apoiador benemérito, e executado pela GfK.

O conceito foi criado em 1987, por representantes dos governos membros da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU). Eles definiram ação sustentável como sendo aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem suas próprias necessidades.

Ou seja, sustentabilidade, é o equilíbrio na convivência entre o homem e o meio ambiente, ao mesmo tempo em que viabiliza aspetos sociais e econômicos, por meio de alternativas que busquem sustentar a vida na Terra sem prejudicar a qualidade de vida no futuro.

Grau de conhecimento do termo Sustentabilidade


Mesmo sem saber definir, consumidores contribuem para sustentabilidade

Ao discutir o termo sustentabilidade, a pesquisa aponta que há uma deficiência para o significado teórico e talvez de compreensão da interdependência de nossos atos no planeta, mas, na prática, os consumidores relatam já cuidar da sustentabilidade em ações simples cotidianas.

Sete em cada dez afirmam que fecham a torneira enquanto escovam os dentes e também apagam lâmpadas de ambiente desocupados em casa. Metade dos entrevistados diz que planeja a compra de alimentos; 46% planejam a compra de roupas; 36% sempre pedem nota fiscal em suas compras e 33% são atentos aos rótulos dos produtos. Um em cada quatro (24%) respondeu que separa o lixo para reciclagem.

Para Helio Mattar, diretor-presidente do Akatu, a dificuldade de definir o termo se deve ao fato de a Sustentabilidade ser um objetivo, um resultado, condicionado por diversas práticas conjugadas. “Por isso é compreensível que parte dos consumidores, mesmo aqueles considerados conscientes, ainda não tenha se apropriado do termo”.

Desafios

A pesquisa aponta que “para ganhar corações e mentes dos consumidores, a sustentabilidade precisa ser apresentada não como conceitos sofisticados, mas traduzidos em práticas e propostas concretas. Tem que ser vista como o caminho mais curto, barato e desejável rumo à felicidade”.

Neste sentido, ainda segundo o estudo, as empresas, os veículos de comunicação e as organizações da sociedade civil, todos, em conjunto com governos, precisam agir para que esse desafio ganhe apoio social maciço.

“O desafio é fazer com que esses termos não sejam vistos como imposições restritivas, mas sim desejadas como boas alternativas ao consumo exagerado e ao desperdício, bem como os problemas que surgem em decorrência dele”, conclui a pesquisa.

A pesquisa ouviu 800 mulheres e homens, com idade igual ou superior a 16 anos, de todas as classes sociais e regiões geográficas do país, nas seguintes localidades: regiões metropolitanas (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém), capitais (Goiânia e Manaus) e Distrito Federal.


Esta publicação integra a série sobre Responsabilidade Social e se soma à pesquisa “Práticas e Perspectivas da RSE no Brasil – 2008”, aos relatórios sobre “Percepção da RSE pelo Consumidor Brasileiro” (seis publicações, começando em 2000), e aos relatórios das pesquisas Akatu nºs 3, 4, 5, 6, 7 (desde 2003).

sábado, 11 de dezembro de 2010

Bombardeio Verde

Fonte: Bons Fluidos - Edição nº 141 - Dezembro / 2010

Uma idéia simples, criada há muito tempo pelo agrônomo japonês Masanobu Fukuoka, está ganhando espaço na cidades. São bolas ou bombas de sementes, feitas de argila, adubo orgânico e muitas, muitas sementes. Para prepará-las, basta misturar uma parte de sementes secas de várias espécies, três partes de composto vegetal (adubo orgânico), cinco partes de terra argilosa peneirada, e uma ou duas porções de água para agregar os elementos. Depois, é só fazer bolinhas de 2 a 3 cm de diâmetro, deixar secar à sombra por dois dias e pronto. Voce pode jogá-las em canteiros abandonados e terrenos baldios. Com a chuva, a argila se desfaz e as sementes começam a germinar (e ainda contam com energia extra fornecida pelo adubo). Não é demais?

O Futuro está no Sol



Fonte: Bons Fluidos - Edição nº 141 - Dezembro / 2010

A cidade cearense de Tauá deverá ser a primeira no Brasil a ter uma usina solar para a produção de energia elétrica. A central solar experimental custará R$ 12 milhões à empresa MPX Energia e deverá estar pronta até o fim do ano. Com capacidade para gerar um megawatt de energia, poderá abastecer, aproximadamente, 500 residências. Sem dúvida nenhuma, um empurrãozinho importante para o país, que tem boa insolação e a maior reserva de quartzo do mundo, mineral do qual se extrai o silício usado na fabricação de células fotovotáicas, ou seja, receptoras da energia solar.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Campanha Telhado Branco

Fonte: Green Building Council Brasil

A campanha One Degree Less incentiva a adoção de telhados brancos em casas, edifícios, lajes e galpões para ajudar a reduzir a temperatura do planeta. Toda a ação é feita por causa do aquecimento global, é lógico.

Agora, a campanha está em nova fase - que tem por objetivo disseminar mais amplamente os benefícios dessa prática e tem o slogan “Ajude a parar o aquecimento global. Pinte seu telhado de branco”. A campanha conquistou a participação de personalidades de diversas áreas, como o ex-jogador de futebol Raí, os atores Cristiane Torloni, Sérgio Marone e Fernanda Paes Leme, a atleta Fernanda Murer, a modelo Caroline Bittencourt, o cantor Toni Garrido e a consultora de moda Costanza Pascolatto.

De acordo com o GBC Brasil, estes são os benefícios dos telhados brancos:
- diminuição das ilhas de calor de prédios e casas;
- diminuição da emissão de CO2;
- ajuda a refletir os raios solares de volta para o espaço;
- fácil aplicação e pouca manutenção (existem tintas e materiais autolimpantes que facilitam a manutenção e evitam que as superfícies precisem ser pintadas novamente, por muitos anos);
- resultado imediato e alto impacto;
- reduz custos com ar condicionado e ventilador e
- ação eficiente no combate ao aquecimento global.

Para obter informações sobre a campanha One Degree Less, procure o Green Building Council Brasil: (11) 4191-7805.

Tags: aquecimento global, atores, celebridades, emissão de CO2, meio ambiente, personalidades, sustentabilidade, telhado branco
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Tinta branca nos telhados!
Terça-feira, Março 3rd, 2009
Uma campanha contra o aquecimento global: Tinta branca nos telhados!

“One degree less” (Um grau a menos!) é o nome da campanha do Green Building Council Brasil e tem como principal objetivo fazer com que as pessoas se conscientizem da importância de pintar os seus telhados. Pintar os telhados?É isso mesmo. A campanha incentiva e pede para que todos os telhados e tetos das grandes cidades sejam pintados de branco para diminuir os efeitos do aquecimento global.

Segundo estudos da Universidade de Berkeley (CA, USA), cerca de 25% da superfície de uma cidade é composta de telhados.A imensa maioria desses telhados são escuros e refletem apenas 20% da luz solar. Se fossem pintados de branco, compensariam 10t de emissão de CO2 a cada 100m2. O telhado branco reflete mais a luz solar e absorve menos calor.

Para se ter uma idéia da grandiosidade do projeto, se 70% dos telhados fossem pintados de branco, geraria uma compensação ambiental equivalente à emissão de 11 bilhões de carros por ano.Isso significaria tirar das ruas cerca de 600 milhões de carros por 18 anos!Se em 20 anos todos os telhados forem pintados, teremos o efeito de retirar metade dos carros que rodam em todo o mundo!

Com uma atitude extremamente simples podemos fazer alguma coisa. Esses dados foram pesquisados cientificamente.

Veja o vídeo:

Como fazer um telhado verde?



Antes de tudo, é necessário contratar uma empresa ou consultoria especializada
Por Yuri Vasconcelos

Revista Vida Simples - 12/2007

"Como o telhado verde requer infra-estrutura adequada, não basta subir em cima da casa e começar a plantar", afirma o engenheiro civil Paulo Renato Machado Guimarães, da empresa gaúcha Ecotelhado.

A obra exige a instalação de uma estrutura específica na cobertura da casa - se o telhado for simplesmente uma laje, é preciso impermeabilizá-la; se for feito de telhas de cerâmica, é preciso retirá-las e colocar placas de compensado que servirão de base para a cobertura vegetal. Ali serão colocados a terra e o adubo para o crescimento das plantas. Mantas onduladas, para impedir que o substrato escorra, e de impermeabilização, para evitar infiltrações na casa, e dutos de irrigação e drenagem também fazem parte do projeto de um telhado verde, que ajuda a reduzir o barulho dentro de casa e a manter a temperatura constante.

Além de grama, o telhado verde pode receber flores e arbustos. "Damos preferência a plantas locais mais resistentes à chuva e à estiagem e que exijam pouca rega e poda", diz Márcio de Araújo, diretor do Instituto para o Desenvolvimento de Habitação Ecológica (Idhea), de São Paulo. Plantas de porte baixo e crescimento lento também podem facilitar a manutenção, que é parecida com a de um jardim comum.

Nova certificação brasileira avalia se imóvel economiza energia

Consumidores poderão considerar a eficiência energética de prédios, casas e apartamentos na hora da compra
Rogério Ferro, da equipe Akatu



A partir de agora, a exemplo do que já existe para os eletrodomésticos, consumidores de todo o Brasil poderão considerar mais um critério na hora de comprar um imóvel: a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências, condomínios e suas áreas comuns. O certificado, que garante a eficiência energética de imóveis, foi lançado na segunda-feira (29/11) pela Eletrobrás e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), em São Paulo.

A certificação, que não é obrigatória, foi concebida dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e prevê que moradores de prédios com a etiqueta de eficiência energética possam reduzir de 30% a 40% a conta de luz no fim do mês.

Segundo Solange Nogueira, gerente da Divisão de Eficiência Energética em Edificações da Eletrobras, a avaliação das edificações residenciais considera aspetos do edifício que representam consumo significativo de energia elétrica. “Avaliamos, principalmente, o desempenho térmico de fachadas e coberturas, com ênfase na iluminação e ventilação naturais e a eficiência do sistema de aquecimento da água, sempre considerando as diversas estações do ano”, explica.

Para cada um dos pré-requisitos é dada uma classificação, que vai de "A" a "E", dependendo dos níveis de eficiência energética verificados. A média ponderada das categorias determina a nota final do prédio, que tem a mesma variação.

No caso de edifícios com várias residências, cada unidade de apartamento terá etiqueta individual correspondente ao seu nível de eficiência energética e o prédio como um todo receberá sua própria etiqueta com o número de unidades por estágio de eficiência e com a mesma variação. Também serão avaliadas e receberão etiqueta as áreas de uso comum dos prédios.

“Com base em outros produtos, a população já entende a etiquetagem, e as empresas da construção civil certamente vão querer obtê-la como um diferencial", diz Ubirajara Rocha Meira, diretor de Tecnologia da Eletrobras.

"Levando em consideração que o imóvel é, geralmente, o produto mais caro e mais duradouro que se adquire, o consumidor não deve se importar apenas com o custo da aquisição, mas com a economia obtida durante a vida útil da casa", afirma Marcelo Takaoka, presidente do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS).

Segundo a Eletrobrás, no Brasil, as edificações respondem por 45% do consumo nacional de energia elétrica, sendo as residências responsáveis por 22% desse total. A economia, que pode ser obtida a partir da redução do consumo – com imóveis planejados, construídos ou reformados de forma eficiente –, significa mais disponibilidade de energia para o crescimento rápido do país.

Como adquirir a etiqueta
Por enquanto, o único órgão que emite a certificação no Brasil é o Laboratório de Eficiência Energética da Universidade Federal de Santa Catarina (LabEEE), que teve o projeto piloto para desenvolvimento da tecnologia de avaliação financiado pela Eletrobras. O Inmetro deve credenciar novos laboratórios de medição.

O custo da certificação está sendo calculado pela Federal de Santa Catarina. O laboratório pode atender em qualquer lugar do Brasil, mas as construtoras que quiserem o selo deverão arcar com os custos da certificação e da logística de transporte dos técnicos.

De acordo com o engenheiro Roberto Lamberts, supervisor do LabEEE, prédios já construídos e aqueles que passarem por reformas também podem solicitar a etiqueta. Os pedidos podem ser feitos por pessoas físicas ou jurídicas.

“O projeto tem foco em prédios novos, mas nada impede que moradias já construídas ou aquelas que passaram por reformas visando atender às exigências da etiqueta possam solicitá-la. A ideia é que o Inmetro licencie mais laboratórios pelo país para facilitar a o processo e massificar a etiqueta”, explica.

Metodologia
A metodologia de avaliação foi definida a partir de 150 mil simulações feitas para os diferentes climas brasileiros. Os critérios são diferentes para as oito regiões bioclimáticas do país. “A etiquetagem está constituída de três índices, que avaliam o nível de eficiência do imóvel no verão, no inverno e o aquecimento de água nas diferentes estações do ano”, explica. Há também um índice para avaliar o desempenho da edificação quando refrigerada artificialmente.

Serviço:
Laboratório de Eficiência Energética da Universidade Federal de Santa Catarina (LabEEE)
Contatos: e-mail energia@labeee.ufsc.br
Telefones: (0xx48) 3721-5184 e 3721-5185.

Maioria da população urbana apoia o fim das sacolas plásticas no Brasil

Em pesquisa do Ministério do Meio Ambiente e do Walmart, consumidores dizem que buscariam alternativas

Rogério Ferro, da equipe Akatu

Pesquisa realizada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Walmart, apoiador estratégico do Akatu, em 11 capitais brasileiras mostra que 6 em cada 10 consumidores querem o fim das sacolas plásticas no varejo e até apoiariam uma lei que proibisse a distribuição gratuita dos saquinhos.

Segundo o levantamento, divulgado na quinta-feira (25/11), em São Paulo, a eliminação das sacolas plásticas tem o apoio de 60% da população das capitais, enquanto 23% são contra a proibição e 17% dos entrevistados não souberam opinar. “Há uma ampla inclinação da sociedade para programas e políticas públicas que inibam o uso das sacolas plásticas” afirma Daniela di Fiori, vice-presidente de sustentabilidade da rede Walmart.

A rede concede descontos de R$ 0,03 para cada sacola não utilizada, valor que representa o custo da embalagem. A executiva revela que “a iniciativa de retirar a sacola das lojas foi mal recebida pelo cliente em uma primeira fase. Mas com o tempo, as pessoas começaram a aderir ao programa de redução de embalagens quando foi ofertado um desconto nas compras por sacola recusada”, conta.

Clique aqui para ver a pesquisa completa.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou do lançamento, objetivo do estudo é entender os hábitos dos brasileiros sobre consumo, lixo, reciclagem e sua percepção dos impactos nos problemas ambientais. “Para alcançar metas ambiciosas como a erradicação de lixões e melhor aproveitamento dos materiais hoje jogados fora é preciso conhecer os hábitos de consumo, descarte e, sobretudo, a disposição da população em aderir às políticas públicas contidas na Política Nacional dos Resíduos Sólidos”, disse a ministra.

Alternativas
Ainda de acordo com o estudo, 70% dos consumidores entrevistados, disseram que passariam a carregar suas compras em sacolas feitas de outros materiais com menor impacto ambiental e 22% optariam por transportar suas compras em caixas. Nas residências, no entanto, permanece a necessidade de uma solução para o descarte do resíduo doméstico: 47% das pessoas disseram que de-positariam o material em lixeiras, latas ou latões, enquanto 21% usariam caixas, outros 21% não souberam dizer como acondicionar o lixo caseiro.

“Veja que esse dado revela certa perplexidade da população: ela aceita e apoia o fim das sacolas plásticas, mas acaba apontando soluções do passado. Precisamos avançar nas políticas públicas e dar alternativas para a coleta urbana”, comentou a secretária executiva do ministério Samyra Crespo.

Responsabilidade dos supermercados
Segundo o levantamento, os supermercados são vistos pela sociedade como um importante ator das ações de preservação ambiental.

Questionados sobre quais as ações mais importantes que estes estabelecimentos podem ou devem fazer a favor do meio ambiente, 27% dos entrevistados sugeriram não dar mais sacolinhas. Ter estações de coleta de resíduos recicláveis nas lojas foi apontado por 20% dos consumidores e comunicar quais os produtos que ajudam a preservar o meio ambiente e a saúde foi apontado por 16% dos entrevistados.

O levantamento foi feito pela empresa de pesquisas Synovate durante o primeiro semestre deste ano e ouviu 1.100 pessoas em 11 capitais: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

Dados do Ministério do Meio Ambiente indicam que cada brasileiro consome em média 800saquinhos plástico por ano ou quase 153 bilhões de sacolinhas no país inteiro.
O plástico é feito de petróleo, portanto aumenta o aquecimento global, leva centenas de anos para se degradar na natureza e, descartado errado, vai entupir bueiros e tubulações de esgoto provocando enchentes. No lixão ou aterro sanitário, por impedir a circulação de gases, também atrapalha a degradação de outros materiais.

Exposição em São Paulo discute relação do homem com a água

Consumo consciente do recurso é um dos temas expostos; mostra ficará aberta para visitação no prédio da Oca do Ibirapuera até maio de 2011
Por Rogério Ferro, da equipe Akatu




Sem água, não há vida. O recurso é tão fundamental para a existência humana e de todos os organismos vivos que representa 94% de um feto de cinco meses, ou então, 91% de um alimento saudável como o brócolis. Mas é finito.

“Expusemos esses dados porque, acima de tudo, eles celebram a água e, portanto, a vida”, afirma Marcello Dantas, curador da Exposição Água na Oca, que estará aberta para visitação até o dia 8 de maio de 2011, no prédio da Oca do Ibirapuera, em São Paulo.

A mostra tem origem na exposição “Water: H2O = Life”, apresentada em 2007, em Nova Iorque. No Brasil, o evento é realizado pelo Instituto Sangari, com a contribuição do Akatu, que forneceu conteúdos para a mostra.

“A exposição enfatiza o que a água representa para os brasileiros, que são os detentores do maior manancial do globo”, afirma Ben Sangari, presidente do Instituto Sangari.

No local, projeções e efeitos visuais e sonoros foram montados propositalmente para causar sensações de contato direto com a água e, ao mesmo tempo, conscientizar o público sobre o consumo consciente do recurso. O evento aborda as primeiras conquistas da exploração científica das profundezas dos grandes mares, exibindo espécies raras em formato de vídeos e fotos e, a partir desses elementos, promove uma discussão sobre os efeitos da pesca predatória, a poluição das águas, o desperdício do recurso, entre outros.

Os estados e o ciclo da água, bem como os problemas relacionados à qualidade e à disponibilidade desse recurso nas sociedades e nos ecossistemas mundiais também são abordados na exposição.

Evitar seis descargas desnecessárias, por exemplo, resulta em uma economia de água suficiente para um banho, mostra um dos dispositivos interativos da mostra. “A questão da sustentabilidade é uma das abordagens da amostra, que é bem mais ampla. Trouxemos informações que esperamos serem capazes de provocar reflexões sobre a importância de tratar esse recurso com o carinho que ele merece” explica Dantas.

“É fundamental que eventos grandiosos como este se proponham a levar a mensagem do consumo consciente para os consumidores”, afirma Camila Mello, gerente de mobilização comunitária do Akatu. “Queremos que todos saibam que ameaçar a existência desse recurso, é ameaçar a nossa própria existência”, completa.

“Tenho 38 anos, adoro arte e já visitei muitas exposições aqui no Brasil e em outros países também. Nunca imaginei que seria possível fazer uma exposição sobre algo tão essencial para nós”, conta a arquiteta Júlia Washington. “Todos que visitarem a exposição vão sair daqui respeitando um pouco mais a água”, aposta a professora de música, Ana Liz Varca, 31 anos.

Na exposição, a representação de uma realidade que faz parte da vida cotidiana de muitos brasileiros, revela a força da fúria da água: uma casa construída na base de madeira e papelão, erguida em local impróprio sofre risco de desabamento devido à chuva forte. “É uma mostra integralmente concebida no Brasil e para o Brasil”, explica Dantas.

Segundo a organização do evento, todos os 15 mil litros de água usados para montar a exposição, serão reaproveitados.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

São Paulo terá de cortar 28,6 toneladas de gases-estufa

Por Andréa Vialli, estadao.com.br

Para cumprir a lei estadual de mudanças climáticas, São Paulo terá de reduzir em torno de 28,6 milhões de toneladas de gases que provocam o efeito estufa nos próximos dez anos. É o que aponta o primeiro inventário de emissões desses gases no Estado de São Paulo, divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SMA) e pela Cetesb, a agência ambiental paulista.

O levantamento que servirá de base para a elaboração de metas para reduzir a produção de gases em cada um dos setores da economia foi construído com informações de 20 relatórios que mapearam emissões em áreas como resíduos, agropecuária, transportes e indústria, entre outros.

Em 2005, ano-base para a elaboração da lei, São Paulo emitiu 143,4 milhões de toneladas de gases-estufa. Os dados apontam que o setor de energia, que abrange geração de energia e o uso de combustíveis, responde por 57% das emissões um total de 81,2 milhões de toneladas de carbono. A produção agropecuária representa 20% das emissões, e mudanças no uso da terra e desmatamento respondem por 9% dos poluentes. Já as atividades industriais representam 8% das emissões e resíduos, que inclui gases como o metano de aterros sanitários, são 6%.

De acordo com Fernando Rei, presidente da Cetesb, o perfil das emissões do Estado de São Paulo é diferente do do território nacional. No País, o desmatamento responde por mais de 70% do total das emissões brasileiras. 'Em São Paulo, o grande vilão é o setor de transportes. O desafio será reduzir essas emissões, o que implica em mudanças na logística de cargas e também de passageiros', diz.

As emissões do setor de transportes, que são contabilizadas dentro do relatório do setor de energia, são da ordem de 39,8 milhões de toneladas de carbono e representam mais do que a meta inteira de redução das emissões proposta para 2020. Segundo Rei, o objetivo da secretaria é que as metas específicas para transporte sejam negociadas junto com o setor.

'Isso vai demandar um esforço de política pública para incentivar, no transporte de cargas, o uso de ferrovias e hidrovias. E, no transporte de passageiros, incentivos à ampliação da rede metroviária e do transporte coletivo como um todo', diz Rei. 'Sem o envolvimento do setor de transportes, a lei de mudanças climáticas corre o risco de não sair do papel', enfatiza.

Para Stela Goldenstein, ex-secretária de Meio Ambiente de São Paulo, será preciso um plano para tornar o setor de transportes mais sustentável. Ela faz parte de um comitê gestor criado pela secretaria para articular que a lei de mudanças climáticas seja cumprida. 'O próximo passo é definir uma meta setorial.'

Fósseis

Como o Estado antecipou em novembro, as emissões de gases de efeito estufa derivadas da queima de combustíveis fósseis, como o diesel e a gasolina, cresceram 39% entre 1990 e 2008, dado que compõe o inventário divulgado ontem. A contribuição do diesel no consumo paulista é da ordem de 15% do total de fontes de energia.

Fábio Feldmann, um dos responsáveis pelos programas que culminaram na lei estadual de mudanças climáticas, avalia que os dados do inventário sinalizam que há oportunidades para promover uma economia mais limpa no Estado, com incentivo às energias de origem renovável. 'Mais cedo ou mais tarde teremos de caminhar para uma economia de baixo carbono. São Paulo avançou na criação da lei, que já está sendo copiada por Estados como o Espírito Santo. '

No entanto, alguns setores, como a indústria, se mostram reticentes a assumir metas. 'É uma visão equivocada dizer que o Estado perde competitividade por causa da lei.'

Brasil pode ter 93% da matriz energética limpa até 2050

Por Afra Balazina, estadao.com.br

Cancún - Um relatório do Greenpeace demonstra que o País pode ter 93% da energia elétrica com origem em fontes renováveis, como eólica, biomassa e solar, sem deixar de ter crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O documento foi apresentado ontem durante a Conferência do Clima da ONU de Cancún, a COP-16.

O aumento da energia limpa é chamado pela ONG ambientalista de revolução energética. Haveria benefício ao ambiente com a redução do uso de combustíveis fósseis para gerar energia, já que eles contribuem para as mudanças climáticas. Também seria uma forma de garantir a geração de 3 milhões de empregos.

Segundo Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energias renováveis do Greenpeace, foram consultados especialistas de diversas instituições para a elaboração do relatório, como a Universidade de São Paulo (USP) e a União da Indústria da Cana-de-Açúcar.

No cenário da revolução energética, as hidrelétricas responderiam por 45,6% da matriz, a eólica por 20,3%, a biomassa por 16,6% e a solar por 9,26%. Considera-se que é possível aumentar até 2050, nesse quadro, em até três vezes a taxa de consumo de energia e em até 4% o PIB. E não haveria necessidade de usar termelétricas a carvão, óleo diesel ou usinas nucleares. O gás natural, considerado 'fonte de transição', corresponderia a 7,3% da matriz. A energia oceânica teria 0,77%.

Como comparação, o cenário que usa dados do governo, menos ambicioso, aponta que em 2050 a eólica seria 6% da matriz, a biomassa 8,85% e a solar, menos de 1%. A fonte hidrelétrica seria a maioria (56,3%), gás natural seria 15,9%, óleo combustível, 5,35% e nuclear, 5,31%.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Greenbuilding Brasil

Senado Verde lança sua Cartilha durante o "Greenbuilding Brasil"



O Programa Senado Verde preparou uma cartilha sobre edifícios públicos sustentáveis e apresentou durante a primeira edição da Conferência Internacional do Green Building Council Brasil, realizada em São Paulo nos dias 01, 02 e 03 de Setembro.

O evento reuniu mais de 40 palestrantes e se destinou a debater a aplicação de conceitos de sustentabilidade na área da construção civil. Foram abordados temas como sustentabilidade, estudos de casos, tecnologia e novas alternativas para a construção civil.

A cartilha, desenvolvida pelo arquiteto e servidor do Senado Mario Viggiano, aborda temas específicos como a questão das compras sustentáveis e a importância do gestor público conhecer o conceito das construções verdes. A publicação também mostra como os investimentos em sustentabilidade podem se reverter em economia para o órgão público.

O Green Building Council é uma entidade internacional que promove as boas práticas ambientais na construção civil. Segundo especialistas, o movimento chamado "construções verdes" vem se consolidando no mercado global da construção civil e apresenta números promissores para os próximos anos.

Fonte: GREEN BUILDING COUNCIL - GBC BRASIL

Lei Telhados Brancos

Numa época em que o ecologicamente correto dita a moda em diversos aspectos, morar também deve estar inserido nessa nova ordem. As variadas formas de sustentabilidade, desde o reaproveitamento da água até formas alternativas de energia para a casa, juntam-se a uma forma natural de conter o calor e, ao mesmo tempo, decorar o imóvel. Cada vez mais comuns nas cidades, os telhados brancos – ou até de outras cores, mas sempre com tonalidade clara – ganham o gosto e a casa de gente com preocupação não apenas em ornamentar o lar, mas também de cunho ambiental.

É que a cor branca absorve os raios solares em menor quantidade, combatendo as chamadas “ilhas de calor” – fenômeno climático comum em concentração de asfalto e concreto – e minimizando as altas temperaturas também dentro das casas.

A adesão pode ser constatada com um simples passeio pela cidade, repleta de casas, principalmente as novas construções, com telhados brancos ou demais tonalidades claras. A ideia ganhou ainda mais força nesta semana, na capital do Estado.

Os vereadores paulistanos aprovaram, semana passada, um projeto de lei que obriga as novas construções a adotar a pintura branca dos telhados como padrão.

Segundo o vereador Antônio Goulart (PMDB), autor da proposta, que ainda depende da sanção do prefeito Gilberto Kassab (DEM), a temperatura em São Paulo poderia ser até 2ºC menor, se toda a cidade adotasse os telhados brancos.

Além do projeto paulistano, a própria Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) mantém parceria com a ONG Green Building Council Brasil para a construção de casas populares nesses moldes.

Em Bauru, entretanto, de acordo com o setor de engenharia do escritório regional da companhia estatal, ainda não há projetos nesse sentido.

Segundo estudos da ONG, divulgados semana passada pelo jornal O Estado de S.Paulo, os telhados correspondem a 25% dos terrenos das cidades.

Contudo, bauruenses também já optam pelas coberturas mais claras. Numa loja de construções da cidade, é grande a procura por impermeabilizantes que clareiem as telhas e, respectivamente, refresquem o ambiente nas residências.

“Telhado claro repele o calor e temos procura por produtos agora já fabricados a base de água”, comenta Fábio Rogério de Souza e Silva, vendedor de um estabelecimento do ramo de construção em Bauru.

Fonte: GBC Brasil

domingo, 28 de novembro de 2010

Supermercados querem reduzir 40% das sacolas plásticas até 2015

A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) anunciou ontem a meta de reduzir em 40% o uso de sacolas plásticas nos supermercados de todo o País até 2015.

Segundo a entidade, a iniciativa faz parte de um plano em consonância com a Política Nacional de Resíduos Sólidos e visa a promover o consumo consciente. A Abras defende uma lei federal única para restringir o consumo das sacolas.

'Vamos fazer a nossa parte. Mas é preciso que o Poder Público também faça a dele, criando uma lei federal única para disciplinar a utilização das sacolinhas e ações efetivas para incentivar a reciclagem', diz Sussumu Honda, presidente da Abras.

Por O Estado de S. Paulo

Máquina de venda reversa chega ao Brasil em 2011


A máquina consegue identificar, coletar e compactar diversos materiais recicláveis. (Imagens:Divulgação)

A Susten Trading, representante da multinacional Tomra no Brasil, trouxe para o mercado nacional a Máquina de Venda Reversa (RVM). Através do uso de uma tecnologia avançada a máquina consegue identificar, coletar e compactar diversos materiais recicláveis. Capacitado para receber todo o tipo resíduo, o equipamento foi lançado no Brasil durante a XII FIMAI - Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade.

O aparelho, de origem norueguesa, é utilizado em países que adotam a legislação de Depósitos de Sentido Único e que estabelecem um depósito monetário para cada engarrafado que for comprado. Quando o consumidor retorna com os recicláveis ele recebe um vale-desconto. A máquina imprime um recibo com o valor que o consumidor tem a receber ou abater de sua compra do estabelecimento. “Como no Brasil não há a lei do depósito, as empresas podem associar sua marca nas máquinas nos quiosques de coleta, premiando seus consumidores com descontos em seus produtos ou até programas de acumulo de ponto”, explica Felipe Kurc, diretor comercial da Susten Trading.

Cada máquina recebe um tipo de programação para reconhecer qual resíduo será inserido e assim armazenado em diferentes compartimentos, deixando-os prontos para o transporte seletivo. A RVM aceita latas de alumínio e metal, garrafas PET, plásticos, vidros e embalagens de produtos de beleza e de limpeza. “Nosso objetivo é conscientizar os brasileiros sobre a importância da reciclagem, não só das latinhas que já têm um índice altíssimo de reciclagem no Brasil, mas também de outros recipientes que os consumidores não sabem que são retornáveis. Esta ação pode reduzir os custos de energia, água e também a redução de CO2 na atmosfera”, afirma Kurc.

O lançamento da máquina no Brasil pode colaborar com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, legislação que obriga as empresas a estabelecerem ações como o sistema de logística reversa, em que os fabricantes são obrigados a darem a destinação adequada aos itens produzidos. A previsão é de que a máquina seja instalada em supermercados, shoppings, metrôs, parques, faculdades e lojas de conveniência. Kurc explica que a meta para novembro de 2011 é de que o Brasil tenha aproximadamente 130 máquinas espalhadas por todo o país.

Fonte: CICLO VIVO - Plantando Notícias

“Juventude, Consumo e Política”

81% dos jovens brasileiros compram sem levar em conta a sustentabilidade



A pesquisa “Juventude, Consumo e Política”, divulgada no início de novembro, mostrou que 81% dos jovens brasileiros nunca se baseiam em critérios sustentáveis ao fazer compras. Mesmo assim, boa parte dos 457 entrevistados acredita que optar por empresas responsáveis pode causar mudanças na sociedade.

O estudo realizado pelo Centro de Altos Estudos, da Escola Superior de Propaganda e Marketing (CAEPM), em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro e com o Banco Santander, teve como objetivo verificar a prática do consumo sustentável entre os jovens de 16 a 25 anos. Entre os itens analisados estão: participação e engajamento ambiental e social, nível de informação, instituições consideradas responsáveis por melhores condições de vida, participação política, entre outras coisas.

A conclusão obtida a partir da pesquisa é de que por mais que a juventude brasileira acredite que os ideais de sustentabilidade possam causar mudanças na sociedade, poucas pessoas usam o poder de compra para que as empresas sintam a necessidade de ter práticas sustentáveis.

Um dos motivos causadores dessa falta de preocupação no momento da compra é a diferença nos valores dos produtos fabricados por empresas que seguem padrões ambientalmente corretos, em relação aos outros que não seguem normas sustentáveis. Essa foi a razão apontada por 45% dos entrevistados. Outros 39% dos jovens relacionaram também a dificuldade em obter informações acerca do serviço ou do processo de fabricação do produto, para que a partir daí seja possível julgar e fazer uma escolha mais consciente.

A diretora da pesquisa, Lívia Barbosa, informou que “os dados da pesquisa confirmam o que já ocorre na sociedade brasileira como um todo, ou seja, há uma disposição considerável em praticar boas ações. As pessoas, incluindo os jovens que foram pesquisados, sabem claramente o que é certo e o que é errado, entretanto há uma certa dificuldade na hora de praticar a ação concreta em benefício do bem”.

Mesmo que os resultados da pesquisa não pareçam tão animadores, eles foram encarados de forma positiva, como uma amostra de que é possível ter boas perspectivas para o futuro a partir desses números atuais.

Fonte: Instituto Akatu

terça-feira, 23 de novembro de 2010

27 de novembro é dia Mundial Sem Compras

Data instituída no Canadá nos anos 1990 já é comemorada em mais de 60 países
da equipe Akatu



Você consegue se lembrar do último dia em que não comprou nada?...
E sabia que existe um dia mundial dedicado a isso, literalmente o “dia de não comprar nada”?

Sim, atualmente mais de 60 países comemoram o “Buy Nothing Day” ou, como é chamado nos países de língua portuguesa, Dia Mundial sem Compras, que, pelo mundo, é celebrado no último sábado de novembro; nos EUA e no Canadá, um dia depois do Dia de Ação de Graças.

Portanto, o próximo sábado, dia 27 de novembro é o Dia Mundial sem Compras. Assim como no Brasil, na maior parte do planeta, o sábado é um tradicional dia dedicado às compras, daí o desafio da comemoração. Aliás, mais que uma comemoração, é um dia de reflexão, assim como é o Dia Mundial sem Carro, comemorado em 22 de setembro.

“O modelo econômico, desde o pós-Guerra, tem sido baseado no aumento constante da produção de bens e serviços e na obsolescência programada de produtos, muitas vezes sem uma preocupação mais detida com o real bem-estar das pessoas”, alerta Helio Mattar, presidente do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

“Mais que isso, trata-se de um modelo que ignora os limites ambientais e a justiça social, o que resultou em um mundo em que praticamente se vive para consumir, em vez de consumir para viver. Nesse processo, o consumo tornou-se um fim em si mesmo, deixando de ser o que realmente é: um instrumento de bem-estar”, completa Mattar.

E o resultado disso é um padrão de produção e consumo insustentável: concentrado e excessivo. Segundo o relatório “Estado do Mundo – 2010”, a humanidade já consome 30% a mais de recursos naturais que a Terra consegue repor; e apenas 16% da população mundial (pouco mais de 1 bilhão de pessoas) abocanham 78% desses recursos, restando apenas 22% dos recursos para 84% da população (os 5,8 bilhões de pessoas restantes).

Sustentabilidade implica em garantir acesso justo a bens e serviços a todos hoje e no futuro. Portanto o acesso deve ser estendido aos que estão de fora hoje, sem, no entanto, comprometer a vida das gerações futuras.

Daí a profunda reflexão sobre a necessidade de mudança no estilo de vida das pessoas. Se o padrão de consumo daquele 1 bilhão de pessoas que consomem fosse estendido a toda a população, seriam necessários cinco planetas.

O Dia Mundial sem Compras e o movimento mundial pelo Consumo Consciente não são contra o consumo. Consumir conscientemente não é não consumir, mas consumir menos e diferente.

Mas um dia só faz alguma diferença? Os ativistas britânicos do Buy Nothing Day explicam que a intenção não é mudar o estilo de vida do planeta num único dia. A ideia é despertar a consciência das pessoas para que percebam os impactos de seu consumo no meio ambiente.

“Todo consumo causa impacto – positivo ou negativo – na economia, nas relações sociais, na natureza e em cada indivíduo”, diz o presidente do Akatu.

“Ao ter essa consciência, o consumidor pode buscar aumentar os impactos positivos e diminuir os negativos de seu consumo na hora de decidir por que comprar e de escolher o que comprar, de quem comprar, como comprar e de definir a maneira de usar e, depois, descartar o que não serve mais”, explica Mattar.

O Dia Mundial sem Compras busca, portanto, contribuir para a construção de uma sociedade que promova um maior sentido de vida para as pessoas e o respeito aos recursos naturais e sociais.

A ideia do Dia Mundial sem Compras, ora atribuída ao artista Ted Dave, ora à ONG Adbusters Media, veio do Canadá, no início dos anos 1990, como uma forma de protesto contra o consumismo que assola a sociedade contemporânea.

Desde então, são realizadas manifestações em todo o mundo contra os males do consumo exagerado ao bolso e à saúde de quem consome, à sociedade e ao meio ambiente. Ativistas fazem “tours de zumbis” em shoppings e supermercados - caminhando pacificamente em grupos de pessoas fantasiadas e com olhar perdido pelos corredores –, destroem seus próprios cartões de crédito em praça pública, promovem feiras de trocas... Os mais dedicados, além de não fazer compra alguma, consomem o estritamente necessário de água, ainda evitam ligar aparelhos elétricos, fazer ligações telefônicas e usar carros.

Veja mais em:
- http://www.buynothingday.co.uk
- http://www.adbusters.org/campaigns/bnd

Isopor - O Impacto no Meio Ambiente

O isopor é um produto sintético proveniente do petróleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cerâmica e os metais.

O isopor é um produto sintético proveniente do petróleo e deriva da natureza, tal como o vidro, a cerâmica e os metais.

Na natureza o isopor leva 150 anos para ser degradado, conforme estimativas. Na natureza, pelotas de isopor são confundidas com organismos marinhos, como o plástico, e ingeridas por cetáceos e peixes, afetando-lhes o sistema digestivo.

Quimicamente, o isopor consiste de dois elementos, o carbono e o hidrogênio. O isopor não contem qualquer produto tóxico ou perigoso para o ambiente e camada de ozônio (está isento de CFCs). O gás contido nas células é o ar.

Por se tratar de um plástico e de ser muito leve, o processo de fabricação consome pouca energia e provoca pouquíssimos resíduos sólidos ou líquidos. O gás expansor incorporado na matéria prima (o poliestireno expansível) é o pentano.

O isopor pode ser considerado um produto ecológico, já que não contamina o solo, a água e o ar e é 100% reciclável e reaproveitável.

A utilização do isopor como isolamento térmico permite poupar energia que, durante a vida útil do edifício, pode chegar a ser centenas de vezes superior à energia consumida durante o seu fabricação. Esta economia de energia significa que, para além preservar os recursos energéticos, o uso de isopor reduz a emissão dos gases poluentes e dos gases que contribuem para o efeito estufa na atmosfera.

Redação Ambiente Brasil

sábado, 20 de novembro de 2010

Aprenda como fazer uma técnica simples de compostagem

Fonte: CICLOVIVO

Separar o lixo que é encaminhado para a coleta seletiva é um ótimo início, mas não é a única coisa que podemos fazer para diminuir a quantidade de resíduos destinados aos aterros sanitários. A maior parte do lixo orgânico produzido em uma residência por ser reaproveitada de maneira simples e bastante útil.

As cascas e talos de alimentos, folhas, flores, pó de café, saquinhos de chá e até a casca de ovo, podem ser destinados à compostagem. Apesar de o nome passar a ideia de que seja um trabalho difícil, fazer o reaproveitamento desses alimentos é bem simples e não necessita de muito espaço. A dica é viável até mesmo para quem mora em apartamento.

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, a consultora ambiental da ONG Ecomarapendi, Érica Sepúlveda, explicou como passo a passo o processo de compostagem.

A primeira coisa a ser feita é a separação do lixo orgânico, eles correspondem a cerca de 60% dos resíduos produzidos em uma casa. Após ser separado, o ideal é que todo o material orgânico seja picado, para acelerar o processo de decomposição.

Para que seja feita a compostagem é preciso uma caixa plástica com tampa. Érica explica que o ideal é que a caixa tenha de 30 a 40 cm e devem ser feitos furinhos no fundo da caixa. Assim haverá troca de oxigênio e o líquido não ficará acumulado no recipiente.

O preparo da caixa deve ser feito em camadas alternadas, primeiro a de terra e depois o material orgânico. O húmus também é uma ótima alternativa como fonte de microorganismos e pode ser a terceira camada a ser depositada da caixa de decomposição. Minhocas também são ótimas alternativas para serem colocadas na terra.

A dica para evitar o mau cheiro é utilizar a borra do café, que também serve para espantar formigas e outros insetos. Após serem feitas as diversas camadas, a caixa deve ser fechada e é preciso revirar o composto a cada três dias. Se forem usadas minhocas essa etapa não é necessária.

Então é só esperar e em três meses a terra estará adubada e pronta para servir de vitamina para outras plantas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

‘Rumo à Credibilidade 2010’

Notícias / Sustentabilidade - AKATU
Projeto ‘Rumo à Credibilidade 2010’ elege os melhores relatórios de sustentabilidade do Brasil
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Acaba de ser lançado o relatório Rumo à Credibilidade 2010, que coloca em evidência os melhores relatórios empresariais de sustentabilidade do país lançados no período entre 2009 e julho de 2010. Publicado pela Global Reporters, esta segunda edição do projeto contou com Hélio Mattar, diretor-presidente do Instituto Akatu, no conselho consultivo. A primeira edição do relatório é de 2008. Mattar foi um dos responsáveis por supervisionar grande parte do processo de pesquisa do documento. “Verificações externas contribuem para aumentar a credibilidade dos relatórios e consequentemente, a confiança do público interessado”, diz Mattar.

Os outros avaliadores de Rumo à Credibilidade 2010 foram Celso Funcia Lemme, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cristina Montenegro, representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) no Brasil, Gláucia Térreo, representante da Global Reporting Initiative (GRI) no Brasil, e Pedro Mäder Meloni, principal advisor do International Finance Corporation (IFC) na América Latina e Caribe.

A empresa que obteve a primeira colocação entre os dez melhores relatórios do Brasil foi a Natura, preenchendo 65% dos requisitos para se alcançar a excelência em credibilidade exigida pela Global Reporters. Atrás da empresa de cosméticos aparecem Sabesp (51%), Celulose Irani (50%), EDP (49%), Vale (46%), Coelce (45%), Itaú (44%), Ampla (43%), Even (42%) e Light (42%).

As corporações foram avaliadas em 29 quesitos, divididos em quatro dimensões: governança e estratégia; gestão; apresentação do desempenho; e acessibilidade.

Apenas 16 relatórios dos 137 documentos recebidos foram submetidos aos quesitos da Global Reporters. Os documentos descartados não corresponderam a um dos diversos critérios da pré-seleção, como declaração da alta administração e avaliação de desempenho em desenvolvimento sustentável.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Técnica que transforma microalgas em biodiesel recebe prêmio nacional

Fonte: CicloVivo

Desenvolver uma técnica orgânica capaz de extrair óleo de microalgas e transformá-lo em biodiesel rendeu ao engenheiro Aderlânio da Silva Cardos, da Universidade Federal do Tocantins, o 3º lugar no prêmio Jovem Cientista.

A técnica tem dupla função, reaproveitar um tipo de resíduo que seria descartado e produzir combustível. A invenção foi criada quando Cardoso ainda estava na graduação e conseguiu produzir, com sucesso, biodiesel a partir de algas usadas no tratamento de esgoto da cidade de Palmas, no Tocantins.

As algas reaproveitadas pelo estudante seriam descartadas em um córrego da região e, ao invés disso, renderam sete mil reais ao jovem cientista. As microalgas produzem moléculas de gordura e têm óleo em 16% de sua composição. A novidade trazida por Cardoso, no entanto, não está no estudo sobre a alga, mas sim na maneira que ele desenvolveu de transformá-las em biodiesel.

Após serem coletadas, as algas foram misturadas a diferentes solventes orgânicos, responsáveis pela separação do óleo. A água que sobra do processo é evaporada e o que resta é transformado em biodiesel. A tecnologia é muito mais simples e ecológica do que as tradicionais, que precisam cultivar as algas e ainda necessitam de outros equipamentos, como centrífugas, tanques e reatores.

A alternativa oferecida por Cardoso é mais barata e capaz de suspender o uso do óleo vegetal, que é a atual fonte do biodiesel. O inventor explica também, que a tecnologia envolvendo as algas pode ser usada para produzir etanol, biogás e hidrogênio. Após receber o prêmio Jovem Cientista ele espera conseguir patrocínios para que a sua ideia ganhe espaço no mercado.

domingo, 7 de novembro de 2010

A Milagrosa Jornada da Sacola Plástica

Fonte: CicloVivo

Tradução livre
Hoje vamos explorar o ciclo de vida dessa criatura curiosa - A Sacola Plástica - e a sua viagem ao seu habitat, o oceano Pacífico.
Uma vez solta no mundo selvagem, a sacola plástica não sabe qual será seu destino.
Ela se arrasta no inicio, mas em breve, com a ajuda do vento, a sacola será liberada para uma longa jornada até seu destino final – O grande trecho de lixo do Pacífico.
Utilizando o vento como guia, a sacola plástica se movimenta pela cidade e pelo ar.
Um parque da cidade.Este parque pode parecer um lugar seguro para a sacola plástica, mas o perigo mora ao lado. Aqui a sacola encontrará muitos perigos, incluindo um dos mais perigosos: Os garis.
Coitadinho. Parece que sua jornada acaba por aqui.
Enquanto isso, nossa pequena sacolinha encontra um dos animais mais perigosos da natureza, o Yorkshire.
Uma vez que o York morde sua vitima, será difícil sobreviver. Mas, usando seu tamanho superior, nossa sacolinha plástica escapa das garras do Yorkshire e voa pela sua vida.
No caminho de sua milagrosa viagem a sacola correrá vastas distancias por bairros, parques e cidades.
Chega a noite. Nossas câmeras noturnas captam pela primeira vez na história a sacola plástica na escuridão. Fenomenal.
Os vastos rios canalizados da Califórnia, casa para dezenas de animais, literalmente. Muitas sacolas plásticas não conseguirão escapar. Os galhos das árvores não permitirão.
Tanto na água como no ar, a capacidade natural de flutuação da sacola a torna uma excelente nadadora. Agora está perto, ela pode sentir. Enfim, a sacola passa pelos portões do mar aberto. Muito cuidado para escapar das centenas de animais que se alimentam de sacolas.
A sacola viajará centenas de milhas para se juntar a comunidade do plástico, conhecida como: O grande trecho de lixo do Pacífico. O trecho de lixo é um oásis para o plástico. Milhões de toneladas de lixo plástico ficam encurralados ali, pela correnteza.
Seu tamanho é duas vezes maior que o estado do Texas. Quase nunca biodegradável, o plástico pode viver indefinidamente e pacificamente, convivendo com outras milhões de espécies derivadas do petróleo, até se quebrarem em pequenas partículas de plástico, assim, completando o seu ciclo de vida.
Sacolas plásticas não fazem parte do Pacífico.
Ajude a parar nosso consumo de 19 bilhões de sacolas plásticas por ano na Califórnia.

Produtos e Serviços Ecologicamente Corretos



Grande parte das tintas vendidas nos mercados apresentam em sua composição os chamados compostos orgânicos voláteis (VOCs) e metais pesados que prejudicam a saúde e o meio ambiente. As tintas convencionais são, geralmente, a parte mais poluente da construção. Pensando nisso e na procura por empreendimentos sustentáveis, a indústria de tintas começou a investir em produtos considerados “amigos do meio ambiente”.

Existem diversas opções de tintas menos agressivas, como as sem cheiro ou as fabricadas com utilização de garrafas PET para a produção de resina, que por sua vez é usada em tintas e vernizes.

A Suvinil recolheu cerca de 20 mil toneladas de garrafas PET, que haviam sido descartadas, para produção de esmalte. Segundo eles, para fabricar 3,6 litros de esmalte ou verniz são necessárias cinco garrafas. Foram desenvolvidas também tintas destinadas a áreas externas, contra microfissuras, mofo e maresia, de acordo com Francisco Verza, diretor de tintas da Basf, um terço das tintas produzidas é destinado a estas áreas e 40% das construções sofrem com estes tipos de danos.

Ainda assim, existem alternativas mais sustentáveis também disponíveis no mercado, como o caso da tinta de caseína, que é uma mistura de pigmentos com a proteína do leite; tintas feitas com cal e pigmentos naturais e tintas naturais ou orgânicas que utiliza como matéria-prima extratos vegetais e minerais misturados com óleos e resinas naturais. Este tipo de tinta pode ser feita com a utilização de cascas de frutas e verduras. Outras tintas disponíveis são as livre de COVs que, apesar de serem mais caras que as convencionais, são quase idênticas a elas em sua função.

Algumas tintas levam terra em sua composição. Este material tem a função de deixar a parede respirar, garantindo assim o controle da umidade relativa do ar e impede o desbotamento. Outras usam materiais minerais, devem ser diluídas em água antes do uso e não contêm substâncias tóxicas.

Por serem naturais, esses produtos não possuem conservantes. Isso faz com que a data de validade seja menor e, não tendo produtos químicos em sua composição, demoram mais tempo para secar depois da aplicação. O ponto positivo é que elas podem ser descartadas com o lixo comum, sem causar contaminação. Já as tintas à base de solventes devem ser encaminhadas para serviços especiais de coleta de produtos químicos.

Fonte: CicloVivo

Dia da Mãe Natureza



A festa será uma grande feira no Clube Thermas de Piratininga nos dias 7 e 8 de maio. Serão distribuidas 100 camisetas fio pet ( modelo ilutrativo abaixo ) para todos aqueles que se registrarem em nossa comunidade e até a data do evento tiverem mais amigos. Não é sorteio e sim um agradecimento a nossos membros mais ativos.

Informações para expositores pelo email e-correto@hotmail.com ou Skype : ecorreto


O dia das Mães de 2011 será também o Dia da Mãe Natureza.

AFINAL, O QUE SÃO PRODUTOS E SERVIÇOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS?

Há consenso entre as propostas de inúmeros movimentos de consumidores preocupados com a origem dos produtos e serviços que consomem. Para esse consumidor consciente e crítico, os produtos e serviços ecologicamente corretos são não tóxicos, feitos de materiais recicláveis ou biodegradáveis, duráveis e com um mínimo de embalagem. Não existem produtos completamente verdes, pois todos usam energias e recursos naturais em sua manufatura, distribuição, utilização ou consumo, gerando resíduos e poluição. Portanto, o termo "verde" é relativo, descrevendo produtos com menor impacto e menos nocivos ao meio ambiente e à saúde humana do que a maioria dos produtos industrializados que usualmente consumimos hoje em dia.
Além disso, produtos ecologicamente corretos, são aqueles produzidos por EMPRESAS SOCIALMENTE RESPONSÁVEIS, o que significa dizer que a empresa trabalha para minimizar ou eliminar os impactos provenientes de seus processos produtivos, considerando os interesses de seus funcionários e da comunidade onde está inserida.

Para avaliar se uma empresa realmente atua de maneira ecologicamente correta, devemos questionar:

Os passivos trabalhistas são altos e freqüentes?
O pessoal trabalha em condições adequadas de saúde, higiene, segurança?
A empresa realiza atividades ou ações ligadas ao bem estar da comunidade que a cerca?
As atividades da empresa, tanto em nível local como global são social e culturalmente aceitos pelo ambiente humano em que está inserida?
A ética das ações e a aceitação dos processos produtivos da empresa se adéquam completamente ao corpo de leis da comunidade na qual atua?
A empresa respeita a ética dos acordos trabalhistas, considerando-os em sua totalidade?
A empresa respeita os Direitos Humanos?
A empresa respeita todos os Tratados de Paz Internacionais?
A empresa respeita os Tratados Internacionais pelo Desarmamento?

Não é possível afirmar que uma empresa é socialmente responsável, se ela se utiliza de trabalho infantil, se colabora com o contrabando, se discrimina racialmente, religiosamente ou etariamente seus possíveis colaboradores ou se mantém relações com outras empresas que o façam.

Além desses critérios, em âmbito internacional, associações de consumidores organizados em torno dos pressupostos da sustentabilidade, consideram que um produto ecologicamente correto:

NÃO DEVE utilizar alimentos geneticamente modificados.
NÃO DEVE utilizar animais para testar seus produtos.
NÃO DEVE ter qualquer relação com a produção da indústria de tabaco, com a indústria bélica ou de armamentos nucleares.
NÃO DEVE, em função de seu óbvio poder econômico, sob qualquer argumento, exercer lobby político para favorecer seus interesses.

Com o ideal de que a sustentabilidade está ao alcance de todos, nossa iniciativa propõe ampliar o diálogo entre empresa e consumidor, direcionando o consumo para produtos eco-sustentáveis. Nossa proposta se baseia ainda na inclusão digital de micros empreendedores, que a partir de agora, tem um espaço justo para a difusão e comercialização de suas produções. Com ferramentas que permitem uma fácil navegabilidade permitindo a comparação entre as mais diversas posturas das empresas fornecedoras, nossa intenção é criar uma base de dados que oriente o consumidor na hora de sua escolha. Todos os sites exibidos em nosso Guia são considerados Sites Ecorretos.

Fonte: ECORRETO - Produtos e Serviços Ecologicamente Corretos

Jundiaí - Abandonaram as Sacolas Plásticas




Os supermercados da cidade de Jundiaí, no interior paulista, abandonaram de vez as tradicionais sacolas plásticas. A iniciativa é fruto de uma parceria entre os comerciantes e a prefeitura e só foi possível após um intenso planejamento.

Apesar de não ser uma lei, a maioria dos mercados apoiaram a ideia e trocaram as sacolas plásticas por caixas e sacolas retornáveis e, em alguns casos, pelas sacolas biodegradáveis, feitas com amido de milho. O prefeito Miguel Haddad, atribuiu o sucesso da iniciativa à forte campanha de conscientização feita antes da implantação do projeto.

Os comerciantes explicam que a maior parte dos clientes já está acostumada com as mudanças e que mesmo as sacolas biodegradáveis, que são vendidas pelo preço de custo (R$ 0,19), quase não têm sido usadas. Os estabelecimentos também disponibilizam gratuitamente as caixas de papelão, que antes eram destinadas à reciclagem, para que os clientes possam carregar suas compras.

A ação de sucesso em Jundiaí é somente o início de um movimento que aos poucos tem se espalhado pelo país, a exemplo de outros países, como Alemanha, Polônia, Argentina, China e Irlanda, onde as sacolas plásticas não são distribuídas gratuitamente, com o objetivo de diminuir o consumo.

O vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Edivaldo Bronzeri, explica que outras quatro cidades paulistas estão prestes a aderir à iniciativa. Ele também apresentou o projeto em Belo Horizonte, MG.

As sacolas biodegradáveis, comercializadas em Jundiaí, são conhecidas como compostáveis, já que podem se transformar em adubo e se desfazem em apenas 180 dias, conforme especificações da empresa fabricante. Porém, mesmo causando impactos muito menores na natureza, ela ainda possui em sua composição alguns derivados do petróleo.

A mudança agradou a maior parte da população, que aproveitou a ocasião para mudar outros pequenos hábitos rotineiros, como trocar o carro por uma caminhada. Mesmo que algumas pessoas ainda reclamem da “falta de praticidade”, a quantidade de pessoas que aderiram e o benefício da mudança para o meio ambiente são muito maiores.

Com informações do Estadão


Visite FÓRUM EMPRESARIAL DE RESPONSABILIDADE SOCIAL E SUSTENTABILIDADE em: http://fersbauru.ning.com/?xg_source=msg_mes_network

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Os catadores de materiais recicláveis criticam incineração do lixo

Notícias / Resíduos - INSTITUTO AKATU
28/10/2010

Argumentam que “queimar gera energia, mas perde-se material para reciclagem”

As propostas para a criação de usinas incineradoras de lixo que produzem energia têm gerado polêmica. A cidade de São Bernardo, no ABC paulista, começará em breve a construção da primeira usina termelétrica movida a lixo do país. O governo do Distrito Federal já estuda um projeto para a queima de resíduos com o objetivo de acabar com lixões e aterros. E, na cidade mineira de Unaí, uma empresa, em parceria com a prefeitura local, criou uma usina de pequenas proporções, que transforma o produto do descarte em carvão para siderúrgicas. O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), apoiado pelo Instituto Pólis, pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) entre outros, se posiciona contra a implantação das usinas.

Gilberto Warley Chagas, um dos líderes da comissão nacional do MNCR, alega que a incineração poderá absorver material que poderia ir para a reciclagem, tirando o trabalho de muita gente. Segundo o MNCR, entre independentes e cooperativados, atualmente, há quase 1 milhão de catadores espalhados pelo Brasil. “Somos contra a incineração porque vai absorver material reciclável. Não acreditamos que vá haver uma usina de triagem para gerar emprego, porque o material reciclável misturado no lixo orgânico é justamente o que tem maior poder de queima, portanto vão querer queimar tudo para aumentar o rendimento da usina”, argumenta Chagas.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionado em agosto, faz 11 referências à participação dos catadores no país, colocando em evidência a inclusão social e a emancipação econômica destes trabalhadores. Por outro lado, para aprovar o documento, em julho deste ano, o Senado retirou o trecho que garantia que a incineração do lixo para a geração de energia só seria possível no caso de se esgotarem todas as outras opções de reciclagem. A única queima expressamente proibida no PNRS é aquela feita a céu aberto. A incineração com fins energéticos é realizada em ambiente fechado, e os gases são expelidos por chaminés com filtros.

O outro ponto abordado pelo Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis para o posicionamento contrário às usinas é o ambiental. “Toda incineração libera gases. Monóxido de carbono, toxinas, dioxinas... É totalmente nocivo”, alerta Chagas. Em um artigo publicado pelo “O Estado de S. Paulo”, o colunista Washington Novaes considera a queima uma solução perigosa em razão da emissão de gás furano, expelido na incineração de material orgânico, e da liberação de metais pesados e outros poluentes na atmosfera. Em 2005, cinco anos antes da aprovação do PNRS, o governo brasileiro promulgou o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos, da ONU, por meio do decreto 5472/05. O documento fez com que o Brasil reconhecesse os problemas ambientais e de saúde provocados pelos poluentes orgânicos persistentes (Pops) e passasse a adotar medidas para controlá-los. Entre os geradores reconhecidos de Pops levantados na carta da Organização estão justamente os incineradores de resíduos.

Os responsáveis pela usina de pequeno porte de Unaí, em Minas Gerais, que transforma lixo em carvão, dizem que a fumaça da queima passa por um processo de destilação, que transforma o gás tóxico em líquido, gerando quatro subprodutos: óleo vegetal, alcatrão, lignina e água ácida, usados na produção de biodiesel, cosméticos, abrasivos, entre outros. Este processo retiraria a periculosidade do gás emitido pela chaminé na atmosfera.

Em relação à futura usina de incineração de São Bernardo, no ABC paulista, a prefeitura local não se posiciona quanto à toxicidade do gás, mas afirma que o modelo de São Bernardo segue as diretrizes estaduais para o tratamento térmico de resíduos sólidos. O ambientalista e presidente do Movimento em Defesa da Vida do ABCD, Virgílio Alcides Faria, é a favor da implantação da usina. “Está dentro do que se chama de ação sustentável. Mas é preciso manter um monitoramento contínuo e seguir as normas existentes de controle, principalmente na emissão de gases”, diz.

Diante da polêmica

O representante da MNCR acredita que “a melhor solução é a implantação da coleta seletiva, com incentivo aos catadores e às indústrias de recicláveis”. No Brasil são gerados 183,5 mil de toneladas de lixo por dia, e o movimento dos catadores alega que apenas 12% desse total são reciclados. A Política Nacional de Resíduos Sólidos cria a logística reversa, obrigando fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a recolher os seguintes tipos de produtos descartados pelo consumidor final:

1. agrotóxicos e seus resíduos e embalagens;
2. pilhas e baterias;
3. pneus;
4. óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
5. lâmpadas fluorescentes e
6. produtos eletrônicos e seus componentes.

O que é reciclável
Na hora de separar o material para reciclagem sempre aparece a dúvida do que é e do que não é reciclável. Nem todo papel, plástico, metal e vidro pode ser reaproveitado. Saiba como fazer a separação correta:

Papel
Separe para reciclagem:
- caixas “longa vida” (são recicláveis e descartadas como papel), papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens, listas telefônicas, livros
Jogue no lixo, pois não é reciclável:
- papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou plastificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesivas

Plástico
Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:
- sacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, garrafas de refrigerante PET, canos e tubos, plásticos em geral e isopor.
Jogue no lixo, pois não é reciclável:
- plásticos termofixos (usados na produção de computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (as de salgadinhos).

Metais
Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:
- latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados.
Jogue no lixo, pois não é reciclável:
- clips, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos.

Vidros
Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira:
- garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios e copos.
Jogue no lixo, pois não é reciclável:
- espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Aquecimento custará 1 ano de crescimento ao Brasil

GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA
Fonte: Folha de S. Paulo, por Rafael Garcia



Em 2050, cada cidadão brasileiro perderá de R$ 534 e R$ 1.600 de sua renda anual por causa da mudança climática, indica um estudo feito por 11 instituições de pesquisa. A redução no PIB nacional será de 0,5% a 2,3%, o equivalente a perder um ano de crescimento.

O trabalho, divulgado nesta terça-feira (24), mostra que Norte e Nordeste tendem a ser mais afetados pelo aquecimento global daqui a quatro décadas, e que o aumento das desigualdades sociais e regionais será o legado mais cruel da crise do clima no país.

Coordenado pelos economistas Jacques Marcovitch, da USP, Sérgio Margulis, do Banco Mundial, e Carolina Dubeux, da Coppe/UFRJ, com financiamento do governo britânico, o estudo "Economia do Clima" pôs o problema em perspectiva nacional pela primeira vez.

Ele é inspirado no Relatório Stern, o primeiro grande cálculo do impacto da mudança climática na economia global, feito em 2006.

Para chegar aos valores finais, os pesquisadores aglutinaram estimativas de perdas econômicas como a da agropecuária, que sofrerá mais com secas, e das áreas costeiras, que sofrerão mais com ressacas e o aumento do nível do mar.

O trabalho simula dois cenários de crescimento econômico para Brasil: um baseado em uma economia "limpa", que respeita o ambiente e emite menos CO2, e outro em uma economia suja. O resultado mostra uma solução para o problema expresso há pouco pelo presidente Lula, de que a crise do clima se deve ao fato de que "o mundo é redondo".

"Se o Brasil fizer um esforço muito grande para reduzir a emissão dos gases do efeito-estufa, mas os outros países não fizerem nada, o clima vai mudar aqui de um jeito ou de outro", explica Dubeux. "Só a totalidade dos países pode mitigar a mudança do clima."

Contudo, se o Brasil adotar uma economia mais limpa, sairá ganhando de um jeito ou de outro, pois o modelo ecologicamente correto também é economicamente mais robusto. "O recado é que existe espaço para crescer limpo e crescer firmemente", diz Margulis.

A diferença entre os dois modelos é que o limpo prevê uma ação mais eficiente para conter o desmate, mais investimento em transporte público em detrimento do individual, adoção de uma matriz energética com menos termelétricas, adoção de processos industriais ambientalmente corretos, mais transporte ferroviário de carga contra caminhões e outras medidas.

Foi estipulado também um investimento maior em educação. "É um jeito de simular que a população passa a ter uma maior consciência ambiental", explica o economista.

Na projeção feita pelos pesquisadores, o PIB do país em 2050 seria de R$ 15,2 trilhões, no cenário sujo, contra R$ 15,6 trilhões no cenário limpo. Essa diferença tende a se ampliar muito na segunda metade do século, mas fazer previsões para depois disso envolve muita incerteza, e os cientistas trataram de apenas alguns aspectos nesse segundo período.

Sofrimento desigual

Um dos problemas mais claros é o estresse hídrico, que afeta tanto a agropecuária quanto a geração de eletricidade, principalmente no Nordeste. Nessa região, a bacia do rio Parnaíba, com importantes hidrelétricas, pode perder 90% da vazão até 2100. A capacidade de pastoreio do gado de corte na região pode cair em 25%.

Segundo Margulis, a desigualdade entre regiões no impacto da mudança climática tende a ser agravada por uma desigualdade entre setores. Enquanto a agricultura deve sofrer muito, sobretudo no Centro-Oeste, o setor de serviços -bancos, principalmente- não perderia quase nada.

O novo estudo traça também um panorama das oportunidades em investimentos que ajudem o país a se adaptar à mudança do clima e a minimizar suas emissões de gases-estufa.

Neste segundo item, como esperado, o combate ao desmatamento ganha papel crucial. Segundo Margulis, se pecuaristas na Amazônia recebessem apenas US$ 3 por tonelada de carbono que o desmatamento emite ao abrir pastos, derrubar árvores já não traria compensações para o agronegócio.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novas Perpectivas

Reportagem sobre "Construção Sustentável" de Giuliana Capello
Revista Arquitetura e Construção - Outubro/2010

Materiais convencionais e baixa tecnologia pode virar passado nas moradias populares brasileiras graças à atuação de alguns estados, além da Caixa Econômica Federal e do programa Minha Casa Minha Vida. São Paulo lidera as frentes de ação. A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) firmou protocolos de cooperação técnica com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), e deve lançar em breve um plano estadual. No que diz respeito à qualidade arquitetônica, a CDHU e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) divulgaram no mês passado o resultado do concurso Habitação para Todos. "Os premiados poderão ter seus projetos contratados e isso irá incentivar novas tipologias para casas populares sustentáveis", diz Gil Scatena, assessor da Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo. Na categoria edifícios de seis e sete pavimentos, a idéia vencedora é do escritório paulista Estúdio América, em parceria com o colombiano Daniel Bonilla. "Partimos do princípio de que esses conjuntos não devem isolar-se da cidade", ressalta o arquiteto Mario Figueroa, um dos autores da proposta.

sábado, 16 de outubro de 2010

SP é o 1º Estado a aprovar meta de mudança climática

Fonte: Conselho Brasileiro de Construção Sustentável
Texto prevê reduzir emissões de CO2 em 20%; projeto segue para sanção.
Afra Balazina e Alexandre Gonçalves

A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou ontem à noite a Política Estadual de Mudanças Climáticas. A lei prevê que o Estado reduza em 20% suas emissões de gás carbônico (CO2) até 2020, em relação aos níveis de 2005. A cada cinco anos, até 2020, o governo poderá fixar metas intermediárias para atingir o objetivo. O projeto segue para sanção do governador José Serra (PSDB).

Essa é a primeira lei estadual com meta de corte de gases de efeito estufa aprovada no País. A lei municipal de mudança climática, aprovada em junho na capital paulista, tem meta mais ambiciosa: cortar, até 2012, em 30% as emissões de gases-estufa, em relação aos valores verificados em inventário concluído em 2005.

O secretário do Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, considerou a aprovação uma vitória e ressaltou que houve oposição do setor industrial à lei, em razão da imposição do corte de CO2, principal gás causador do aquecimento global. Para ele, o Estado saiu na frente dos demais e do governo federal na questão e pode agora ser "copiado". "Agora São Paulo tem uma lei moderna, com compromissos. O Estado não tem medo da agenda de mudança do clima. Entendemos o desafio como oportunidade para construir uma economia verde."

O maior foco do governo para a redução das emissões será o setor de transporte. A lei prevê, por exemplo, a adoção de metas para a implantação de rede metroferroviária, de corredores de ônibus e de um bilhete único para incentivar o uso do transporte público.

O deputado estadual Vaz de Lima (PSDB), líder do governo na Assembleia Legislativa, acredita que o Estado dá um exemplo para o Brasil de como atacar de forma efetiva o problema das emissões. "São Paulo vai levar essa experiência para Copenhague no início de dezembro", afirma Vaz de Lima. Lá acontecerá a conferência do clima da ONU, na qual os países industrializados precisam definir que metas de redução de emissão de gases de efeito estufa adotarão a partir de 2013. Países em desenvolvimento, como o Brasil, não precisam ter metas obrigatórias, mas devem agir para alterar a curva de crescimento das emissões.

A lei estadual também estipula que sejam adotadas metas de eficiência para os diversos setores da economia e que, a cada cinco anos, seja publicado um inventário de emissões discriminado por fontes de emissão. O primeiro deverá ser comunicado até dezembro de 2010.

CONVERSA MOLE

O deputado estadual Adriano Diogo (PT), que já foi secretário municipal do Meio Ambiente em São Paulo, chamou a legislação de clima do Estado de "lei chuchu". "É incolor, inodora e insípida - e muito vaga. Não fala na queima da palha da cana e não acena com a implantação da inspeção veicular nem com a redução da poluição dos combustíveis." Para ele, a lei não passa de "conversa mole". Em sua avaliação, pelo fato de o Estado ainda não ter inventário e não sabe quanto é sua emissão, a meta é vazia.

AÇOES PREVENTIVAS

Meta: Reduzir em 20% as emissões de CO2, relativas a 2005, em 2020. O Executivo pode fixar metas intermediárias a cada cinco anos

Inventário: O Estado deve publicar um inventário das emissões de gases-estufa em dezembro de 2010, que vai nortear as metas

Transporte: Um plano de transporte sustentável deve ser apresentado em até um ano

Licitação: Deve ser organizado um modelo de licitação pública sustentável em até um ano

Adaptação: Deve ser elaborado um plano participativo de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas, contemplando catástrofes de origem climática, em até dois anos

Carros: O Estado tornará públicos, em até seis meses, os dados sobre emissões de gases-estufa e outros poluentes dos veículos homologados pelo Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve)

Zoneamento: O governo tem até dois anos para implantar o Zoneamento Econômico Ecológico

Lixo que vira energia

Unaí (MG) experimenta com sucesso a transformação de resíduos em combustível e prevê queimar 100% da coleta diária até 2012



Fonte: Instituto AKATU

Quase tudo vira lixo, e o lixo vira o quê? Com a recém-aprovada Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), grande parte do material jogado fora poderá ser queimado como combustível e se tornar uma nova fonte de energia para o país. Atualmente, o Brasil produz 183,5 mil toneladas de lixo por dia e ainda não dispõe de tecnologia em larga escala para transformar esse lixo em energia elétrica.

Mas a cidade mineira de Unaí já vem experimentando com sucesso o uso do lixo na geração de energia e, até o fim de 2011, deve queimar 100% do lixo coletado diariamente, acabando com o aterro sanitário local.

Pelo Projeto Natureza Limpa, a prefeitura implantou em parceria com um empresário local uma miniusina de carbonização do lixo. O processo ainda não produz energia elétrica, mas transforma o lixo em combustível para as siderúrgicas do Estado e matéria prima para indústrias químicas.

Na miniusina de Unaí, o lixo é depositado em um forno, sem nenhuma separação. O material orgânico e outros combustíveis como plástico viram carvão; produtos de origem mineral não combustível, como vidro, permanecem intactos. Cerca de 90% do material carbonizado são vendidos a siderúrgicas mineiras, e os 10% restantes são usados na fornalha da própria usina. Já os materiais que ficam intactos seguem para a reciclagem.

O chamado chorume, aquele líquido escuro e espesso que sai do lixo se transforma em vapor no forno, mas não volta a poluir o ar. Esse vapor é canalizado para um destilador que expele apenas água e oxigênio. No destilador o vapor de chorume é transformado em quatro subprodutos: óleo vegetal, alcatrão, lignina e água ácida, usados na produção de biodiesel, cosméticos, abrasivos, entre outros.

O sistema mineiro já recebeu a licença ambiental e pode se tornar uma boa opção para fechar os lixões de todo o país. Esse tipo de depósito de lixo não tem nenhum tratamento ambiental e polui ar, água, solo, subsolo e o lençol freático. A Política Nacional de Resíduos Sólidos obriga os municípios a acabarem com os lixões em até quatro anos.

Sérgio Guerreiro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Conselho de Pesquisa em Tecnologia de Geração de Energia a Partir de Resíduos (WTERT Brasil), diz que a experiência na Comunidade Europeia deu certo. Em 2009, 60 milhões de toneladas de lixo foram incineradas na Europa.