segunda-feira, 19 de julho de 2010

Manejo Florestal

Arquitetura e Construção - Julho/2010
Reportagem de Giuliana Capelo

Viabilizar a extração sustentável da madeira é a chave para o combate ao desmatamento, que em 2009, atingiu mais de 7.400 km² da Amazônia Legal. O dado vem do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), responsável pelo monitoramento oficial da região. A entidade está investindo em espiões aéreos de alta tecnologia para aprimorar as informações fornecidas por satélites, aviões israelenses não tripulados e até chips de identificação por radiofrequência. Mas é preciso ir além e mudar o comportamento os fornecedores e consumidores de madeiras nativas. Pela lei, a extração só pode ocorrer após o Ibama aprovar um plano de manejo, conjunto de técnicas para retirar as árvores mantedo a floresta em pé e saudável (caso da reserva da Precious Woods, em Itacoatiara, AM). "Estabeleceram-se procedimentos e limites para o corte, que, em alguns casos, não passa de cinco exemplares por hectare", explica Leonardo Sobral, coordenador de certificação florestal do Imaflora. Parece pouco mas não é: "Em média, uma árvore uma árvore nativa oferece de 10 a 15m³ de madeira, enquanto um eucalipto gera de 0,30 a 0,50m³, compara. Para Geraldo José Zenid, diretor do Centro de Tecnologia de Recursos Florestais do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), o problema é concentrar a exploração em poucas espécies. "Temos que incentivar o mercado e os consumidores a buscar informações sobre madeiras alternativas e tirar proveito da diversidade que a natureza nos oferece", afirma.

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