sábado, 25 de fevereiro de 2012

Falsos vilões - A indústria do papel



Fonte: SUPER INTERESANTE - dez / 2011
por Maurício Horta

Falsos vilões

Cortar árvores, eliminar carbono, sacos plásticos: tudo isso faz mal para o planeta. Mas a história não acaba por aqui

A indústria do papel

Derrubar um campo de futebol de floresta equivale a emitir 500 toneladas de CO2. Mas reflorestar esse mesmo terreno para produzir madeira e papel limpa a atmosfera. A lógica é simples: ao crescer, a árvore absorve CO2, fazendo o famoso sequestro de carbono, que é armazenado na celulose usada para a produção do papel. No Brasil, a indústria de celulose emite 21 milhões de toneladas de CO2, mas as florestas plantadas de pinus e eucalipto sequestram 64 milhões de toneladas de CO2. Ou seja, essa conta dá superávit - a plantação limpa mais do que polui. E tem um detalhe, enquanto cresce, uma floresta capta muito mais CO2 do que quando chega à maturidade. Por isso, em termos de limpeza de carbono, é até melhor derrubar e plantar uma floresta nova do que deixar uma sempre de pé. Além disso, a indústria do papel garante que sempre exista uma cobertura de árvores em seus terrenos - afinal, mesmo quando ela está cortando um lote de floresta para produzir papel, há um outro que está de pé (e respirando) . E o melhor para a sua consciência é que o papel utilizado no Brasil não vem do desmatamento de mogno na Amazônia, mas da colheita de eucalipto e pinus de florestas plantadas no sul do país (veja quadro).

Mais limpo que sujo

Cortar árvores é ruim. Mas replantá-las o tempo todo limpa a atmosfera.

21 milhões de toneladas de CO2 é o que emite a indústria do papel.

64 milhões de toneladas de CO2 é quanto absorvem as árvores da mesma indústria.

É pinheirinho

Veja os estados que mais produzem papel no Brasil.

44% - São Paulo

21% - Paraná

19% - Santa Catarina

4% - Bahia

4% - Minas Gerais

8% - Outros*

O papel produzido na região Norte é usado em embalagens e papel higiênico para consumo local

Veja também Guia verde politicamente incorreto

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