sábado, 10 de maio de 2008

Uma Questão de Consciência



A tempos que a sacola plática me incomoda. Quando vou ao supermercado falo sempre para o caixa: "Por favor, se couber coloque tudo em um saco só. E sempre o mesmo olhar de surpresa.
Hoje, como a compra era bem pequena, passei pelo caixa, retornei toda a compra para o carrinho de supermercado e descarreguei tudo no porta mala do meu carro.
Mas quando comentei com a cobradora do supermercado que me incomodava a quantidade de sacola plática que ia para o lixo, ela me disse que vai ser proibido o uso de tais sacolas e que o supermercado já estava se adequando a isso.
Quando cheguei em casa comentei com a minha empregada, e para a minha surpresa ela também já tinha escutado essa notícia numa rádio local da nossa cidade.
E EU NEM SABIA!!!...Mas fiquei feliz com a notícia.

Vale lembrar que:

"Os sacos pláticos são feitos de resinas sintéticas originadas do petróleo, e que esses sacos não são biodegradáveis e levam séculos para se decompor na natureza. Usando a linguagem dos cientistas, esses saquinhos são feitos de cadeias moleculares inquebráveis, e é impossível definir com precisão quanto tempo levam para desaparecer no meio natural. No caso específico das sacolas de supermercado, por exemplo, a matéria-prima é o plástico filme, produzido a partir de uma resina chamada polietileno de baixa densidade (PEBD). No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que já representa 9,7% de todo o lixo do país.
Abandonados em vazadouros, esses sacos plásticos impedem a passagem da água, retardando a decomposição dos materiais biodegradáveis, e dificultam a compactação dos detritos. Essa realidade que tanto preocupa os ambientalistas no Brasil, já justificou mudanças importantes na legislação - e na cultura - de vários países europeus.

No Brasil, já existe tecnologia para a fabricação de plástico biodegradável. Existe até uma usina fabricando matéria-prima, no município de Serrana, pertinho de Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Lá, a cana vira açúcar, e o açúcar vira plástico biodegradável.

“Se for colocado no lixo, em até 180 dias ele desaparece totalmente, se transformando em gás carbônico e água”, garante o fabricante de plástico biodegradável, Sylvio Ortega.

Mas, por enquanto, tudo o que a usina produz vai para o exterior. No Brasil, ainda usamos o velho plástico, aquele feito a partir do petróleo, que leva séculos para se degradar.

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